Falso Alarme [Paulo Pedro Gonçalves] – guitarra, voz
Carlos Maria [Carlos Maria Trindade] – órgão, voz
Choque Eléctrico [Rui Freire] – sintetizador, voz
Dedos Aires [Pedro Ayres Magalhães] – baixo, voz
Flash Gordon [Emanuel Ramalho] – bateria, percussão, voz
Ultravioleta [Carlos Gonçalves] – voz principal
produção – João Henrique e António Sérgio
Os Corpo Diplomático surgiram em 1979, logo depois de Paulo Pedro Gonçalves e Pedro Ayres Magalhães enterrarem os Faíscas – dizem os compêndios que foi a primeira banda punk portuguesa – e reconverterem a energia crua do punk em electricidade espasmódica new-wave.
E o facto é que, actualmente, quem fala sobre Corpo Diplomático quase não tem outro assunto senão sublinhar que mais new wave não podiam ser. Ora, se é verdade que a carapuça lhes serve, há um mar de distância entre este new wave e o de outras bandas que, poucos anos depois, foram assim rotuladas (Táxi, por exemplo) quando seguiram à risca a cartilha dos Blondie ou os riffs mais óbvios dos Talking Heads.
Os Corpo Diplomático podiam sê-lo, mas o seu new wave só encontra reflexo no dos Pere Ubu ou dos Devo dos primórdios, ou seja, nas bandas new wave que ainda não sabiam que o eram e que, por isso, encontravam nesse limbo um espaço de liberdade.
Clássico entre os clássicos dos discos presos ao vinil, o LP dos Corpo Diplomático continua a fazer correr tinta aos analistas da história rock nacional e a emagrecer os bolsos dos coleccionadores que se esmifram por um exemplar.
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