1. Conjunto de idéias que tem por base uma teoria política ou econômica.
2. Modo de ver próprio de um individuo ou de uma classe.
Para o senso comum, ideologia pode significar duas coisas:
1. Visão política ou partidária.
2. Visão de mundo.
Ora, podemos
ver que há uma correspondência entre o que o senso comum entende por
ideologia. Nesse contexto podemos dizer
que a ideologia (visão política) de fulano tende para a esquerda ou que
as ideologias (modos de ver o mundo) de duas pessoas podem ser
diferentes. Entretanto, quando tentamos significar o refrão de Cazuza
com essas duas definições, algo parece estar fora do lugar.
O termo
‘ideologia” surgiu, segundo Marilena Chauí, com o filósofo Destutt de
Tracy em uma teoria que buscava analisar, com métodos rigorosos,
científicos, a faculdade de pensar. Com Napoleão, “ideologia” passou a
ter um significado pejorativo visto que ele criticava os ideólogos
franceses (pensadores da ideologia) por conferirem um risco ao poder,
desconhecendo os problemas concretos e sendo abstractos, nebulosos
demais.
Em Marx e
Engels, o conceito de ideologia ganha bastante força e continua
carregado de um significado negativo. Tal como Napoleão criticara os
ideólogos franceses, Marx e Engels criticavam os filósofos alemães pela
“maneira de ver abstrata e ideológica”.
Aqui, a ideologia é
“identificada com a separação que se faz entre a produção das idéias e
as condições sociais e históricas em que são produzidas”.
Em outras
palavras, a ideologia seria a produção de idéias, “visão de mundo”,
desvinculada da realidade material, concreta.
Um exemplo é quando
dizemos que uma coisa “na teoria é muito bonita, mas na prática não
funciona”. Ou seja, estamos a dizer que a teoria ficou tão abstracta que
só no campo das idéias faz sentido, pois fugiu da realidade.
Deveria Cazuza ser considerado um símbolo do combate contra a SIDA? Por
que não um que levasse uma "vida certinha", sem vícios? portador do vírus HIV, o artista permaneceu na sua vida boémia. Também
sabemos que este estilo de vida é considerado como uma desistência por
aqueles que se encontram bastante doentes e próximos da morte, uma forma
de aproveitar os últimos dias e diminuir a dor. Neste ponto, é possível
cair no pensamento de que, ao continuar bebendo, fumando e consumindo
drogas, Cazuza estaria "entregando os pontos".Cazuza nunca parou!
Mesmo doente, sem muitas
forças, o artista continuou a compor, cantar e fazer shows até seus
últimos momentos. Numa época que ninguém sabia do que se tratava a SIDA, motivo pelo qual muitos doentes davam as suas vidas por encerrada, o
compositor mostrou a todos que um sero-positivo pode ter uma vida boa e
útil. Não fácil, mas repleta de bons momentos.
Ao continuar com sua "vida" e
produção artística Cazuza tentava mostrar que a doença não
alterava em nada a sua vida. Poderia destruir o corpo, mas não a sua
alma.
É inegável o crescimento de Cazuza como poeta e músico nos seus
últimos anos de vida. O artista passou a circular por vários estilos
musicais e as letras mostram-se bem mais trabalhadas do que quando
ainda cantava no Barão Vermelho.
“Meus heróis morreram de overdose. Os meus inimigos estão no poder.”
Com música de Roberto Frejat e letra de Cazuza, Ideologia é a faixa-título do terceiro álbum solo de Cazuza. Considerada a melhor canção da sua carreira a solo, Ideologia levou o prémio de música do ano, em 1988.
Tudo o que acontecia no Brasil, no mundo e principalmente na vida de Cazuza está em Ideologia. O garoto que queria mudar o mundo agora se vê frágil, diante de um país sem ideologia definida. A crise dos partidos políticos e a queda da ditadura militar aparece já nos primeiros versos da letra.
Toda a ideologia pregada por Cazuza, como sexo, drogas e Rock n’ Roll vai por água abaixo, quando ele percebe que é impossível viver assim As pessoas que Cazuza via como heróis agora foram deixados para trás e o garoto que sonhava em ser herói agora tem de conviver com uma das maiores doenças da década de 80, a SIDA.
A queda do Muro de Berlim, um ano depois da música, provou que as ideologias realmente estavam mudando.
O que mais chama atenção na letra da música é o verso “meu prazer agora é risco de vida”. Com esse verso, Cazuza, pela primeira vez, assume que a doença mexeu com a vida dele e que o sexo, que ele sempre declarou ser o maior prazer do mundo, não pode mais fazer parte de sua vida.
Com música de Roberto Frejat e letra de Cazuza, Ideologia é a faixa-título do terceiro álbum solo de Cazuza. Considerada a melhor canção da sua carreira a solo, Ideologia levou o prémio de música do ano, em 1988.
Tudo o que acontecia no Brasil, no mundo e principalmente na vida de Cazuza está em Ideologia. O garoto que queria mudar o mundo agora se vê frágil, diante de um país sem ideologia definida. A crise dos partidos políticos e a queda da ditadura militar aparece já nos primeiros versos da letra.
Toda a ideologia pregada por Cazuza, como sexo, drogas e Rock n’ Roll vai por água abaixo, quando ele percebe que é impossível viver assim As pessoas que Cazuza via como heróis agora foram deixados para trás e o garoto que sonhava em ser herói agora tem de conviver com uma das maiores doenças da década de 80, a SIDA.
A queda do Muro de Berlim, um ano depois da música, provou que as ideologias realmente estavam mudando.
O que mais chama atenção na letra da música é o verso “meu prazer agora é risco de vida”. Com esse verso, Cazuza, pela primeira vez, assume que a doença mexeu com a vida dele e que o sexo, que ele sempre declarou ser o maior prazer do mundo, não pode mais fazer parte de sua vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário