12/07/2012

ROLLING STONES- 50 ANOS

Primeiro concerto da banda britânica aconteceu exactamente há meio século.Hoje em dia é uma sucursal de um banco, mas há precisamente 50 anos, o número 165 em Oxford Street, no centro de Londres, recebeu aquela que viria a ser uma das mais importantes estreias na história do rock.

Foi há 50 anos. A 12 de julho de 1962, a banda que poucos dias antes tinha encontrado o seu nome no momento em que telefonava para combinar o seu primeiro concerto, fazia a sua estreia em palco.

 Foi no mítico Marquee, em Londres, e nessa noite tocaram cinco canções.

 Ainda não tinha sequer a formação com que se estrearia um ano depois em disco. Mas estavam já por lá Mick Jagger (voz), Keith Richards (guitarra) e Brian Jones (guitarra). Com eles estavam Ian Stuart (piano) e Dick Taylor (baixo).

 Os relatos dividem-se quanto a quem terá sido o baterista. Bill Wyman, que meses depois seria o baixista do grupo, recorda que terá sido Mick Avory. Mas este diz antes que o mais provável é que tenha sido Tony Chapman.

 As várias alterações no elenco de músicos que dele fizeram parte. Após a saída de Brian Jones em 1969 (guitarrista e compositor que viria a morrer tragicamente nesse mesmo ano), a segunda guitarra dos Rolling Stones ainda passou pelas mãos de Mick Taylor durante algum tempo, mas seria Ron Wood a tornar-se em definitivo no quinto membro da formação clássica da banda, juntando-se a Jagger (voz), Richards (guitarra), Charlie Watts (bateria) e Bill Wyman (baixo).

O quinteto de ouro viria mais tarde a ser reduzido oficialmente a quarteto com a saída de Wyman, em 1993.

A convivência entre músicos que começaram a banda ainda adolescentes e que hoje são quase sexagenários também não tem sido fácil. Ainda recentemente, em 2010, a autobiografia de Keith Richards confirmou as desavenças entre o enigmático guitarrista e o animal de palco chamado Mick Jagger. Richards criticou a aceitação do vocalista do título de Cavaleiro atribuído pela Rainha Isabel II e chegou mesmo a insinuar que Jagger compensava com o ego o tamanho diminuto do seu órgão sexual.

Mas falemos de música, que é isso que realmente importa nesta história. São mais de 70 discos, entre álbuns de estúdio, gravações ao vivo e compilações, que marcam as cinco décadas de vida dos Rolling Stones. Canções que marcaram e continuam a marcar gerações - basta irmos ao YouTube e depressa percebemos que temas como «(I Can't Get No) Satisfaction», «The Last Time» e «Wild Horses», êxitos das décadas de 1960 e '70, têm atualmente milhões e milhões de visualizações.

O último registo de originais, «A Bigger Bang», data já de 2005, e sete anos volvidos muito se especula sobre a possível gravação de um novo, e provavelmente derradeiro, álbum.

 50 anos e mais de 200 milhões de discos vendidos depois os Rolling Stones assinalam hoje o seu aniversário com a inauguração de uma exposição na Somerset House, em Londres, que ali estará patente até finais de agosto.

O livro Rolling Stones 50, com imagens da carreira da banda e textos de Mich Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood tem hoje lançamento mundial.

E a caminho poderão estar novos concertos.

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