Primeiro concerto da banda britânica aconteceu exactamente há meio século.Hoje em dia é uma sucursal de um banco, mas há precisamente 50 anos, o número 165 em Oxford Street, no centro de Londres,
recebeu aquela que viria a ser uma das mais importantes estreias na história do rock.
Foi há 50 anos. A
12 de julho de 1962, a banda que poucos dias antes tinha encontrado o
seu nome no momento em que telefonava para combinar o seu primeiro
concerto, fazia a sua estreia em palco.
Foi no mítico Marquee, em Londres, e nessa noite tocaram cinco
canções.
Ainda não tinha sequer a
formação com que se estrearia um ano depois em disco. Mas estavam já por
lá Mick Jagger (voz), Keith Richards (guitarra) e Brian Jones
(guitarra). Com eles estavam Ian Stuart (piano) e Dick Taylor (baixo).
Os relatos dividem-se quanto a quem terá sido o baterista. Bill Wyman,
que meses depois seria o baixista do grupo, recorda que terá sido Mick
Avory. Mas este diz antes que o mais provável é que tenha sido Tony
Chapman.
As várias alterações no elenco de músicos que dele fizeram parte. Após a
saída de
Brian Jones em 1969 (guitarrista e
compositor que viria a morrer tragicamente nesse mesmo ano), a segunda
guitarra dos Rolling
Stones ainda passou pelas mãos de Mick
Taylor durante algum tempo, mas seria Ron Wood a tornar-se em definitivo
no quinto
membro da formação clássica da banda,
juntando-se a Jagger (voz), Richards (guitarra), Charlie Watts (bateria)
e Bill Wyman
(baixo).
O quinteto de ouro viria mais tarde a ser reduzido oficialmente a quarteto com a saída de Wyman, em 1993.
A
convivência entre músicos que começaram a
banda ainda adolescentes e que hoje são quase sexagenários também não
tem sido fácil.
Ainda recentemente, em 2010, a
autobiografia de Keith Richards confirmou as desavenças entre o
enigmático guitarrista e o
animal de palco chamado Mick Jagger.
Richards criticou a aceitação do vocalista do título de Cavaleiro
atribuído pela Rainha
Isabel II e chegou mesmo a insinuar que
Jagger compensava com o ego o tamanho diminuto do seu órgão sexual.
Mas
falemos
de música, que é isso que realmente
importa nesta história. São mais de 70 discos, entre álbuns de estúdio,
gravações ao vivo
e compilações, que marcam as cinco décadas
de vida dos Rolling Stones. Canções que marcaram e continuam a marcar
gerações
- basta irmos ao YouTube e depressa
percebemos que temas como «(I Can't Get No) Satisfaction», «The Last
Time» e «Wild Horses»,
êxitos das décadas de 1960 e '70, têm
atualmente milhões e milhões de visualizações.
O último registo
de originais,
«A Bigger Bang», data já de 2005, e sete
anos volvidos muito se especula sobre a possível gravação de um novo, e
provavelmente
derradeiro, álbum.
50 anos e mais de 200 milhões de discos vendidos depois os
Rolling Stones assinalam hoje o seu aniversário com a inauguração de uma
exposição na Somerset House, em Londres, que ali estará patente até
finais de agosto.
O livro Rolling Stones 50, com imagens da carreira da
banda e textos de Mich Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood
tem hoje lançamento mundial.
E a caminho poderão estar novos concertos.
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