A artista portuguesa mostra o seu trabalho no
Palácio e Jardins de Versalhes. A exposição
prevê a apresentação de obras emblemáticas e a criação de inéditos.
Desde 2008 que o Palácio de
Versalhes, em Paris, convida artistas contemporâneos a exporem no
espaço. Jeff Koons foi o primeiro, seguiram-se Takashi Murakami, Xavier
Veilhan e, este ano, Bernar Venet. A próxima é Joana Vasconcelos.
Jardins e palácio acolhem o trabalho da artista portuguesa que apresenta o sapato Marilyn (feito de panelas de aço inoxidável) e o lustre "Noiva" (em que foram usados tampões).
Irreverência, tradição, cor e muito de Portugal. A exposição de Joana Vasconcelos em Versalhes abriu esta terça-feira ao público e estará patente até 30 de Setembro, com as suas 17 obras, em diálogo e confronto da arte contemporânea com a arquitectura do palácio do século XVII.
Entre as obras escolhidas para a exposição contam-se «Mary Poppins», peça de 2010 feita em crochet e tricô, «Marilyn», de 2011, dois sapatos gigantes compostos por panelas e tachos portugueses, e «Coração independente», em vermelho (2005) e em negro (2006), feito de colheres de plástico.
A artista plástica rodeou-se de várias personalidades para a inauguração da exposição, decorrida na segunda-feira, como a fadista Mariza, o escritor Valter Hugo Mãe, que assina o texto do catálogo oficial, os designers de moda Storytailors, Dino Alves e Filipe Faísca, e o chefe de cozinha José Avillez - uma estrela Michelin no currículo e dois restaurantes referenciados como tesouros de Lisboa num artigo recente do The New York Times.
E será servido pão. “Os franceses são tarados com o pratinho do pão? É um pratinho bué estúpido. Vocês têm?” Vocês é a Vista Alegre. É preciso cuidar do pratinho do pão. Do tamanho. E dos pratos, travessas, saladeiras, terrinas. “Uma bela terrina para fazer vista na mesa de apoio.” Um serviço inteiro, que de momento “está com um ar chato como o raio”. Demasiado clássico. Versalhes é Versalhes, dourado, vetusto, imponente. E Joana Vasconcelos é Joana Vasconcelos, exuberante, irreverente, iconoclasta. Capaz de meter o isomorfismo de Escher e o kitsch na mesma peça. Nas calmas.
O serviço Vista Alegre em que será servido o jantar de inauguração incorpora os elementos de Perruque, a peça mais icónica da exposição em Versalhes. Aquela que evoca as perucas escultóricas de Marie Antoinette e que ficará no quarto desta. Aquela que se inspira vagamente num ovo Fabergé e que é chamada por todos, no atelier e na Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, onde foi feita, “o ovo”. Os pratos têm folhas pretas (em ébano, na Perruque) e desenhos a ouro. A responsável da Vista Alegre trouxe um exemplar de cada peça.
Joana usa uma caneta de feltro para desenhar directamente num prato. Daqui a pouco mais de uma semana será servido o banquete na Orangerie. “Um dos luxos que ela curtia era laranjas.” Marie Antoinette mandou vir de Portugal centenas de laranjeiras e no jardim, ainda hoje, há áleas de laranjeiras. La reine por estes dias será a artista plástica portuguesa. Foram enviados 300 convites.
A artista portuguesa, a primeira mulher a ser convidada por Versalhes, viajou pelo universo feminino para criar algumas das peças que leva para esta exposição. Talvez por ter estudado na école française. Talvez por ter nascido em Paris. Talvez porque tem mais sainete dizer Versailles. O mais certo: porque os interlocutores dela dizem Versailles. Versailles é universal. Versalhes, não
Referências e homenagens às mulheres e amantes da monarquia francesa, sem esquecer as artes mais rurais de Portugal.
Para "tapar" o erro, esquecimento??? não!!!!.......a secretaria de Estado da Cultura convidou-a para representar Portugal na bienal de Veneza no próximo ano.
Jardins e palácio acolhem o trabalho da artista portuguesa que apresenta o sapato Marilyn (feito de panelas de aço inoxidável) e o lustre "Noiva" (em que foram usados tampões).
Irreverência, tradição, cor e muito de Portugal. A exposição de Joana Vasconcelos em Versalhes abriu esta terça-feira ao público e estará patente até 30 de Setembro, com as suas 17 obras, em diálogo e confronto da arte contemporânea com a arquitectura do palácio do século XVII.
Entre as obras escolhidas para a exposição contam-se «Mary Poppins», peça de 2010 feita em crochet e tricô, «Marilyn», de 2011, dois sapatos gigantes compostos por panelas e tachos portugueses, e «Coração independente», em vermelho (2005) e em negro (2006), feito de colheres de plástico.
A artista plástica rodeou-se de várias personalidades para a inauguração da exposição, decorrida na segunda-feira, como a fadista Mariza, o escritor Valter Hugo Mãe, que assina o texto do catálogo oficial, os designers de moda Storytailors, Dino Alves e Filipe Faísca, e o chefe de cozinha José Avillez - uma estrela Michelin no currículo e dois restaurantes referenciados como tesouros de Lisboa num artigo recente do The New York Times.
E será servido pão. “Os franceses são tarados com o pratinho do pão? É um pratinho bué estúpido. Vocês têm?” Vocês é a Vista Alegre. É preciso cuidar do pratinho do pão. Do tamanho. E dos pratos, travessas, saladeiras, terrinas. “Uma bela terrina para fazer vista na mesa de apoio.” Um serviço inteiro, que de momento “está com um ar chato como o raio”. Demasiado clássico. Versalhes é Versalhes, dourado, vetusto, imponente. E Joana Vasconcelos é Joana Vasconcelos, exuberante, irreverente, iconoclasta. Capaz de meter o isomorfismo de Escher e o kitsch na mesma peça. Nas calmas.
O serviço Vista Alegre em que será servido o jantar de inauguração incorpora os elementos de Perruque, a peça mais icónica da exposição em Versalhes. Aquela que evoca as perucas escultóricas de Marie Antoinette e que ficará no quarto desta. Aquela que se inspira vagamente num ovo Fabergé e que é chamada por todos, no atelier e na Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, onde foi feita, “o ovo”. Os pratos têm folhas pretas (em ébano, na Perruque) e desenhos a ouro. A responsável da Vista Alegre trouxe um exemplar de cada peça.
Joana usa uma caneta de feltro para desenhar directamente num prato. Daqui a pouco mais de uma semana será servido o banquete na Orangerie. “Um dos luxos que ela curtia era laranjas.” Marie Antoinette mandou vir de Portugal centenas de laranjeiras e no jardim, ainda hoje, há áleas de laranjeiras. La reine por estes dias será a artista plástica portuguesa. Foram enviados 300 convites.
A artista portuguesa, a primeira mulher a ser convidada por Versalhes, viajou pelo universo feminino para criar algumas das peças que leva para esta exposição. Talvez por ter estudado na école française. Talvez por ter nascido em Paris. Talvez porque tem mais sainete dizer Versailles. O mais certo: porque os interlocutores dela dizem Versailles. Versailles é universal. Versalhes, não
Referências e homenagens às mulheres e amantes da monarquia francesa, sem esquecer as artes mais rurais de Portugal.
Para "tapar" o erro, esquecimento??? não!!!!.......a secretaria de Estado da Cultura convidou-a para representar Portugal na bienal de Veneza no próximo ano.
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