O trabalho de João Paulo Feliciano,(Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Linguísticos de Português e Inglês),Universidade Clássica de Lisboa, 1985)apresentado hoje no Porto, que graças à realidade aumentada coloca várias pinturas nas paredes da Casa de Serralves, provocou uma série de manifestações indignadas nas redes sociais.
A ilusão era para ser presencial: aponta-se o telefone ou o tablete para a casa que o Conde de Vizela mandou construir, que hoje é a sede da Fundação de Serralves, e sobre as paredes cor-de-rosa começam a aparecer dizeres tão absurdos como "vende-se" com o respetivo número de telefone, "kalinka" ou uns coloridos "cash" e "muda de vida".
Mas imagem da simulação da exposição que reproduzia estes dizeres acabou por transpirar para as redes sociais e foi num instante até crescerem os comentários, condenando os "vândalos" que haviam feito estas "pichagens" num imóvel classificado de "interesse público". Mesmo quando a discussão se atenuou, seguiu-se uma outra sobre o que eram os "grafittis" e a sua validade enquanto obra de arte.
"A imagem acabou por ser muito mais realista do que a experiência de estar com o tablete lá fora a apontar para a casa, porque nessa altura as pessoas já sabem a história toda", afirmou o artista João Paulo Feliciano que se mostrou "absolutamente espantado pela quantidade de comentários" nas redes sociais.
"As pessoas não se dão sequer ao trabalho de ver aquilo para que estão a olhar", afirmou, considerando que a discussão acabou por se tornar "num bónus" em relação ao projeto apresentado na quarta-feira.
O projeto designado "Walls to the people" foi possível graças a uma parceria entre a Fundação de Serralves e a Samsung, uma empresa fabricante de telefones e de material informático, que disponibilizou a tecnologia para que João Paulo Feliciano pudesse trabalhar.
Apesar do culto que haviam gerado há mais de uma década, os Sonic Youth só chegaram a Portugal, para um concerto na Praça de Touros do Campo Pequeno, em 1993.O concerto foi gravado em vídeo por José Pinheiro (realizador do programa de televisão Pop Off) e foi projectado no dia 4 de Novembro,no Pequeno Auditório da Culturgest, em Lisboa, integrado na exposição The Possibility of Everything de João Paulo Feliciano.
Moore actuou com uma T-shirt dos Lulu Blind, teceu comentários Money Land Records e toda a banda se prestou a uma conversa com João Paulo Feliciano (Tina & the Top Ten), Mário Feliciano (Red Beans), Rafael Toral e Jorge Ferraz (Santa Maria, Gasolina em Teu Ventre!).
Mais abriram as portas do palco a um colectivo nacional intitulado We Want Electricity, que não era mais do que os Tina & the Top Ten reforçados por Rafael Toral.
Na noite memorável, tocaram ainda os Lulu Blind de Tó Trips mas ali o que interessava mesmo era o primeiro grande ajuntamento da juventude sónica portuguesa
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