29/01/2012

FRANK ZAPPA

A música e o bom humor andam de mãos dadas. Frank Zappa (1940-1993), um dos maiores génios da música, sabia como ninguém ao longo de 30 anos de carreira e mais de 60 álbuns, produzir pérolas como a letra de “Bobby Brown Goes Down”, que conta de forma rufia a história de um garoto americano que faz de tudo para se dar bem, sem medo de encarar pelo caminho lésbicas, sadomasoquismo, e o diabo.

As letras bem sacadas de Zappa serviam de porta de entrada para seu universo musical altamente sofisticado, muitas das suas fotos Zappa aparece em situações meio absurdas, entre as mais famosas há imagens dele sentado no “trono”, enfiando o dedo no nariz, fumando uma boneca pelo rabo ou ainda vestido de mulher. O compositor levantou a questão do humor no álbum que gravou ao vivo em 1984, “Does Humor Belong in Music?”.

Enquanto nos EUA Zappa cantava que “virou gay depois de fazer sexo com uma lésbica”, o Brasil também ganhava sua primeira banda de rock a focar no humor e na provocação.

Os Mutantes, trio paulistano nascido em 1966, no bairro da Pompéia, que tinha como integrantes os irmãos Arnaldo e Sérgio Baptista e a cantora Rita Lee. Já no primeiro disco, “Os Mutantes”, lançado em 1968, o grupo mostrava que não ia se encaixar facilmente no padrão da época, dominado pelo bom comportamento da Jovem Guarda.

Letras doidas como a de “Senhor F” (o Senhor F vive a querer ser Senhor X, mas tem medo de nunca voltar a ser o Senhor F outra vez), e um visual totalmente maluco foram fundamentais para atrair a atenção do público. E como se tratava de uma banda realmente genial, era preciso convencer todos de que aquilo era música de excelente qualidade.

Com uma história de sucesso meteórica e fim trágico, os Mamonas Assassinas deixaram o seu nome na história como a banda mais divertida que o Brasil já viu tocar. Misturando forró, heavy metal, rock progressivo e até fado na base, os Mamonas, representados pela figura carismática do vocalista Dinho, fizeram rir senhoras fãs do Programa do Gugu até criancinhas.

A morte trágica dos cinco integrantes do grupo, num acidente com o jacto particular que os levava de Brasília a São Paulo, em 2 de Março de 1996, chocou o Brasil e o mundo.

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