O Brasil celebrou, em 2011, os 55 anos do lançamento da obra-prima de João Guimarães Rosa Grande Sertão: Veredas, terceiro livro do escritor mineiro que revolucionou a moderna literatura ficcional brasileira. Lançado em maio de 1956, GSV expressa toda a inventividade e a criatividade de Rosa ao reinventar uma linguagem literária peculiar e é considerado como um dos mais importantes livros do século XX no país.
Publicada em 1956, inicialmente chama atenção por sua dimensão – mais de 600 páginas – e pela ausência de capítulos. Guimarães Rosa fundiu nesse romance elementos do experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo e a temática regionalista da segunda fase do movimento, para criar uma obra única e inovadora.
O foco narrativo de Grande Sertão: Veredas está em primeira pessoa. Riobaldo, na condição de rico fazendeiro, revive suas pelejas, seus medos, seus amores e suas dúvidas. A narrativa, longa e labiríntica, por causa das digressões do narrador, simula o próprio sertão físico, espaço onde se desenrola toda a história.
A obra, na verdade, apresenta o diálogo entre Riobaldo e um interlocutor, que não se manifesta diretamente. Portanto, só é possível identificá-lo e caracterizá-lo por meio dos próprios comentários feitos por Riobaldo.
Duas grandes guerras são narradas em Grande Sertão: Veredas.
A primeira é protagonizada pelos líderes Joca Ramiro, Sô Candelário, Titão Passos, João Goanhá, Ricardão e Hermógenes contra Zé Bebelo e os soldados do governo.
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