Fundado em 1957 para exibir o melhor do cinema mundial ao público britânico, o festival tem procurado nos últimos anos conquistar um lugar no calendário internacional de mostras cinematográficas, com filmes de maior cartaz e um desfile de estrelas que fazem as capas das revistas.
O London Film Festival, festival de cinema internacional inaugurou no dia 12, com "360", um drama do brasileiro Fernando Meirelles, que decorre à volta do globo, percorrendo Londres e Viena, Rio de Janeiro ou Denver, no Colorado.
O filme do realizador de "A Cidade de Deus" tem como principais actores Anthony Hopkins, Jude Law e Rachel Weisz, numa cadeia de histórias de amor que se interligam, baseada na peça centenária de Arthur Schnitzler "La Ronde".
Durante as duas semanas do festival serão apresentadas mais de 300 longas e curtas metragens de 55 países. E promete algo, tanto para os cinéfilos como para os seguidores das celebridades - incluindo duas comparências de George Clooney, que dirigiu e foi principal actor de "Os Idos de Março" ("The Ides of March") e tem um importante papel em "The Descendants" ("Os Descendentes"), de Alexander Payne.
Entre as estrelas que deverão pisar a passadeira vermelha contam-se Seth Rogen e Michael Fassbender (ambos com papéis de viciados sexuais em "Shame"/"Vergonha", de Steve McQueen) e Carl Jung, actor principal no drama psicoanalítico de David Cronenberg "A Dangerous Method" ("Um Método Perigoso").
Entre os filmes com raízes literárias contam-se "Coriolanus", a estreia na realização de Ralph Fiennes, "O Monte dos Vendavais", de Andrew Arnold, e "Trishna", de Michael Winterbottom, baseado em "Tess dos D'Ubervilles", de Thomas Hardy, que tem Freida Pinto no principal papel.
Apesar de a maioria dos filmes já ter estreado em Sundance, Cannes, Toronto ou Veneza, há 13 estreias mundiais na programação, sobretudo britânicas.
Entre os destaques, contam-se "The Kid with a Bike" ("O Miúdo com uma Bicicleta"), dos irmãos belgas Dardenne, a sátira ao Vaticano de Nanni Moretti "We Have a Pope" ("Temos Papa"), o êxito de Sundance "Martha Marcy May Marlene", com Elizabeth Olsen no papel de uma traumatizada e arrependida de um culto, e a homenagem ao cinema mudo do realizador francês Michael Hazanavicius "The Artist" ("O Artista").
A controvérsia poderá surgir, por exemplo, com "W.E.", o filme de Madonna sobre o romance entre o rei Eduardo VIII e a divorciada norte-americana Wallis Simpson, arrasado pela crítica na estreia em Veneza, ou com "Anonymous", de Roland Emmerich, em que o ator principal, Rhys Ifans, interpreta o papel do alegado verdadeiro autor das peças do bardo.
A 26 de Outubro, o festival anunciará o prémio para o melhor filme de uma lista que inclui "The Artist", "The Descendants", "Faust", de Aleksandr Sokurov, vencedor do Festival de Veneza, e "We Need to Talk about Kevin" ("Temos que falar de Kevin"), de Lynne Ramsay, sobre o massacre num liceu.
O festival encerra a 27 de Outubro com "Deep Blue Sea" ("O Mar Profundo e Azul"), que tem nos principais papéis Rachel Weisz, Tom Hiddleston e Simon Russel Beale, na adaptação de Terence Davies da peça de Terrence Rattigan sobre um triângulo amoroso no pós-guerra.
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