Quinto filme de Paul Thomas Anderson,(Boogie Nights, Magnolia, Punch-Drunk Love) There Will Be Blood, 2008, provocou opiniões bem divididas, mas todas as avaliações concordaram em dois pontos: a actuação de Daniel Day-Lewis e todo o seu aspecto técnico, como magnata do petróleo, e a banda sonora de Jonny Greenwood (o guitarrista dos Radiohead, venceu o prémio " Outstanding Artistic Contribution 2008 " no festival de cinema de Berlim) são extraordinários. Lewis domina o filme, aparecendo em todas as cenas, e a música de Greenwood é usada com muito mais moderação, não menos indelével.
Através do filme ficamos a saber da dificuldade dos primeiros exploradores de petróleo na América e a que ponto chegavam para conseguir seus objectivos gananciosos.
A abordagem tradicional do rock foi usar cordas para ampliar a melodia e opulência, Greenwood usa-as para criar discórdia e ambiente, em outras palavras, tocou uma orquestra como toca a sua guitarra. Este filme uma adaptação livre de Upton Sinclair Oil!- é definido por piano, percussão, mas para Greenwood sempre foram os vocais as suas criações, inspirações, e por trás de muitas das suas técnicas (Penderecki, Gorecki, Messiaen), está o som exploratório de There Will Be Blood - os arranjos de cordas de vanguarda, espreitam sensibilidades permitindo entregar-se a um nível de experimentação e de complexidade.
A maioria do anterior disco Bodysong, 2003, jazz de câmara, o trabalho discreto da guitarra apresenta-se em duas faixas, mas a maioria é composto pelo ambiente luxuriante de cordas, do The Emperor Quartet.
No palco, Greenwood alternando entre agachado em frente ao seu variado arsenal de efeitos especiais ( inclui um transistor de rádio, um painel de conectores vintage, um laptop e uma série de pedais de guitarra. Jonny Greenwood deixou a sua marca na história da música,e mostrou que toma as formas tradicionais da música orquestral muito a sério também.
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