Ja todos devem saber da polémica do momento, a organização do Festival de Cannes expulsou o realizador dinamarquês que recebeu a Palma de Ouro em 2000 pelo filme "Dancer in the Dark". Trata-se de um acontecimento inédito em 64 anos de festival.
Polêmico, Von Trier foi um dos fundadores do Movimento Dogma, que impunha diversas regras para a produção de longas-metragens. Entre os seus trabalhos estão "Europa" (91), "Os Idiotas" (98), "Dogville" (2003) e "Anticristo" (2009).
"Lamentamos profundamente que este espaço tenha sido utilizado por Lars Von Trier para proferir palavras inaceitáveis, intoleráveis, contrárias aos ideais de humanidade e de generosidade que presidem à existência do festival", lia-se no comunicado. "A direcção do festival condena estes comentários e declara Lars Von Trier persona non grata no Festival de Cannes." Apesar da expulsão, o filme "Melancholia", com Kirsten Dust, Charlotte Gainsbourg e Kiefer Sutherland, mantém-se em competição.
Ao ver a entrevista colectiva na televisãoo que mais me chamou atenção o rosto da actriz, e o terror da Kirsten Dunst, o barómetro da catástrofe em pessoa. A actriz mordia os lábios incrédula, olhava para os lados sem saber o que fazer. Só devia estar a pensar...... "isto não vai acabar num instante" ??.... " vai continuar com as insinuações" ??....Mas não. O comboio descarrilou.
O que começou como espanto disfarçado, numa espécie de "não acredito que ele acabou de dizer que é nazi", culminou num indignado "Oh Meu Deus".
O realizador dinamarquês prosseguia em direcção ao abismo mediático:e complicou ao falar da influência germânica na sua vida. “Eu achava que era judeu, era muito feliz por isso. Mas descobri que era nazi, quer dizer, minha família era alemã”, disse, "O que posso dizer, eu compreendo Hitler". Neste momento, Kirsten já devia estar á procurava uma saída de emergência e não escondia a revolta. "Sei que ele fez umas coisas erradas, claro, mas consigo imaginá-lo no bunker sozinho ".
A Argentina reagiu rápido ao incidente. A Distribution Company (DC), distribuidora responsável por exibir "Melancolia" no Conesul, afirmou que desfez o contrato com a produtora de Von Trier e não vai mais promover o filme no país.
A culpa é dos jornalistas, o estilista John Galliano já tinha aprendido a lição: não se fazem comentários anti-semitas em público ou com telemóveis por perto. Lars Von Trier, de 55 anos, deve ter esquecido tudo isso e no final até fez a graçola de que os jornalistas mereciam a "Solução Final".
Mas mas isto é típico dos dinamarqueses...não foi um dinamarquês que caricaturou o alá dos muçulmanos ???.
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