17/04/2011

POLLY STYRENE

Enquanto Karen O gatinhava e Beth Ditto não passava ainda de um projecto, já Polly Styrene examinava a sociedade britânica com a bandeira do punk. Era a resposta londrina a bandas como os Blondie.

35 anos depois de ter brincado à revolução (e 30 após uma primeira aventura a solo 1981, ano em que lançou «Translucence».
Este não é o seu primeiro álbum a solo. Antes tinha feito os EPs «Flower Aeroplane» (2004) e «God's & Goddesses» (1986). Polly Styrene regressa quando já sabe que sofre de um cancro na mama mas num tom optimista lança aquele que é o álbum mais comercial da sua carreira a solo, «Generation Indigo».

Depois de alguns bons anos sem um lançamento retorna para a linha de frente com um álbum que combina a sua visão do mundo muito pessoal com um grande alcance de temas poderosamente produzidos a partir do baixista dos Killing Joke, Youth.

Geração Indigo não é nem o estridente, punk rock conduzido pelo sax da sua juventude ou a viagem espiritual dos seus lançamentos ocasionais a solo, mas tem momentos de pop, punk rock enérgico que fez o seu nome na era do punk, mas há também dub, reggae, electro, mantras e pop bubblegum para a sua voz que continua em bom estado.

As canções vêm completas com letras que ainda são tão afiados como sempre, combinando num assunto sério, a perspectiva de futuro de "Generation Indigo" vê Poly lidar com canções sobre a cultura pop, roupa, amor, guerra, e terrorismo. A faixa título do álbum celebra o idealismo de uma nova geração.

A inesquecível vocalista dos X Ray Spex com a sua forte imagem, guarda-roupa excêntrico, imaginativa, brilhantes letras e uma poderosa presença, Poly foi uma das poucas originais e genuínas do punk.

Os X-Ray Spex foram uma das bandas-chave da revolução punk.

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