Adaptações de BD do século XXI:
– 300 (2006), de Zack Snyder
blockbuster no sentido literal da palavra deste lote, 300 mereceria um lugar nele apenas pelo que fez em termos visuais, mesmo que não fosse um bom filme. Por vezes demasiado leal à BD de Frank Miller – inclusivamente no seu aspecto, filmado em grande parte através da técnica chroma key e com uma quantidade de slow-motions propositadamente exagerada -, uma modernização ultra-estilizada da mítica Batalha de Termópilas.
– ICHI THE KILLER (2001), de Takashi Miike
Ichi the Killer é algo saído directamente da mente depravada e brilhante de Takashi Miike, mas na realidade é uma adaptação de uma manga de Hideo Yamamoto, repleta de tudo aquilo em que o filme é igualmente rico: violência, sangue, sexo, drogas, tortura e gore. Um filme chocante e depravado, segundo mesmo os critérios de alguém com um estômago forte, e nada recomendado àqueles susceptíveis a imagens gráficas, segue um homem sádico, Ichi (Nao Ohmori), cuja única gratificação provém do sofrimento dos outros.
– AMERICAN SPLENDOR (2003), de Shari Springer Berman & Robert Pulcini
Em meados dos anos 70, Harvey Pekar, um anónimo e misantropo funcionário público de Cleveland, Ohio, decidiu escrever uma BD sobre a sua vida. Chamava-se American Splendor e era sobre tudo e ao mesmo tempo nada, retratando o dia-a-dia de Pekar, rico em situações caricatas e relações atribuladas com amigos, colegas e a sua terceira esposa, Joyce. O sucesso da BD, publicada em intervalos irregulares ao longo de mais de 30 anos, fez de Pekar uma celebridade,
– ROAD TO PERDITION (2002), de Sam Mendes
Muito mais perto de um noir americano das décadas de 40 ou 50 do que algo nascido na forma de uma novela gráfica, Road to Perdition era já algo tremendamente cinemático antes de existir. A série de livros criados por Max Allan Collins e publicados pela DC Comics no final dos anos 90 baseavam-se fortemente na influente e revolucionária manga Lone Wolf and Cub e pareciam um The Godfather da BD, com temas como a vingança, o crime, a lealdade, o pecado e a redenção examinados de perto com a Grande Depressão americana como plano de fundo.
– AZUMI (2003), de Ryûhei Kitamura
Adaptado da manga de Yu Koyama, publicada pela primeira vez em 1994, e realizado por Ryûhei Kitamura (autor do filme de culto Versus), Azumi centra-se exactamente nos mesmos temas que a manga, passando-se igualmente no Japão Feudal e seguindo um grupo de órfãos criados com o objectivo de se tornarem assassinos,
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