10/11/2010

RIVOLI TEATRO MUNICIPAL


Foi no Rivoli, nessa noite mágica que dançou Bill T Jones.
Numa época em que o Rivoli era um teatro Municipal aberto a todas as artes... antes do actual presidente de câmara Rui Rio.

Em 1913 era inaugurado, no centro da cidade do Porto, o então chamado Teatro Nacional. Um enorme edifício que prometia tornar-se um pólo privilegiado da vida cultural e social local.

Em 1923, mudanças no centro urbano obrigaram a repensar e modernizar o imóvel, o Teatro Rivoli, aparecia remodelado, adaptado ao cinema e com melhores capacidades técnicas, recuperando a programação - de ópera, de dança, de teatro e de concertos - com importância reconhecida a nível internacional.

Na década de 70, a imagem do Teatro sofreu um revés, provocado por uma má situação financeira. O Rivoli começou a degradar-se. Nessa altura, a Câmara Municipal do Porto decidiu comprar a estrutura. Fechou por três anos, durante os quais sofreu uma total remodelação interna.

O plano desenhado pelo arquitecto Pedro Ramalho, apostou na funcionalidade, mas também na qualidade de uma estrutura pensada para responder a todos os públicos, aos criadores, às linguagens múltiplas das expressões artísticas.

Em 1992 Teatro fechou para uma total remodelação com projecto do arquitecto Pedro Ramalho. A área existente de 6.000 m² foi ampliada para mais de 11.000m2, criando-se um Auditório Secundário, um Café-concerto, uma Sala de Ensaios e um Foyer de Artistas.

Em Outubro de 1997, com gestão e programação da Culturporto, o Rivoli Teatro Municipal reabre as suas portas, como um teatro para «visitar, discutir, criticar» mas, sobretudo, «usufruir», através dos seus diferentes espaços.

O acolhimento, no Rivoli, de grande parte da programação da Porto 2001.
2003: O difícil equilíbrio ou um ferrari sem gasolina
2005: O fim anunciado de um projecto cultural.Rui Rio, que veria o seu mandato renovado com maioria absoluta, dava o “mote” para este fim anunciado. Com o título “Rio quer Rivoli próximo da população”.

É a partir destas declarações que se começa a construir, repito, a construir, aquilo a que poderíamos chamar o “mito dos 30 espectadores” que serviria de pretexto para a entrega do Rivoli, como é sabido, a uma gestão privada.(…)Isabel Alves Costa.

A par com a violência do espectáculo [vsprs, de Alain Platel] -(foi um dos melhores espectáculos que já vi ao vivo) convivia a violência da decisão da entrega do teatro a uma gestão privada. Sabia que, a partir dali, se interromperia, com Alain Platel, um vínculo que havíamos construído ao longo dos anos.(..) Isabel Alves Costa..

Isabel Alves Costa dirigiu artisticamente o Rivoli Teatro Municipal até à sua entrega, pela Câmara Municipal do Porto, a uma empresa privada em 2006.

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