" Fui a um ensaio dos Clash. Depois daquilo nunca mais fui a mesma", contou a John Robb no livro Punk Rock - An Oral History. "Voltei para casa, cortei e pintei todas as minhas roupas. Eu era rápida e selvagem ", Ari Up.
Em seguida aprende a tocar com a guitarra de Joe Strummer e, após um show de Patti Smith, Ari conhece a baterista Palmolive. "Nós começamos a conversar e ela convidou-me para cantar na sua banda". Era o embrião das The Slits, uma das mais originais bandas do post-punk. Juntaram-se ás duas, Viv Albertine e Tessa Pollitt.
Enquanto as Runaways eram uma banda de garotas feitas das idéias de um empresário, sob uma óptica de banda de rock masculina, as Slits eram femininas e buscavam sua própria identidade. "Queriamos rítmos femininos e a coisa tribal se desenvolveu. Era uma mistura de tudo que escutavamos, o dub era a grande influência". Tessa gostava de Van Morrisson, Viv Albertine de Sandie Shaw, e Palmolive de música Indiana.
No caldeirão das Slits entra o dub, punk e a pop dos 60's. Na curta carreira o quarteto lançou a obra-prima Cut, em 1979. Uma música avançada para época, com ritmo selvagem, contra-baixo de reggae, grave e pesado à frente de guitarras punk. Posição contrária à desejada por Malcolm McLaren que não consegue mudá-las - foi seu empresário por duas semanas.
A banda acabou em 1981 com Ari unindo-se a Mark Stewart (The Pop Group) e dois membros dos Rip, Rig & Panic no supergrupo criado pelo mago do Dub, Adrian Sherwood, New Age Steppers. Na receita, mais dub, agora psicadelico e experimental.
Em 2005, Ari voltou com as Slits ao lado de Tessa Pollitt. Em 2009 lançou Trapped Animal. Este ano apresentaram -se no Primavera Sound em Barcelona e Ari deu uma aula de presença de palco. Actualmente estava à frente da banda Ari Up and the True Warriors.
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