15/09/2010

ARTHUR RUSSEL + ALLEN GINSBERG

Foi descoberta uma colaboração inédita entre o poeta Allen Ginsberg e o músico avant-garde Arthur Russell, nos arquivos pessoais deste último.

A canção tem como título “Ballad of the Lights”, e foi gravada em 1977. A gravação foi sujeita a pós-produção por Chris Taylor, dos Grizzly Bear, que também produziu o álbum póstumo de Russell, “Love Is Overtaking Me”.

A canção será lançada a 19 de Outubro, digitalmente no serviço Audika, e fisicamente, numa edição limitada em vinil de 10 polegadas da editora Press Pop. O lançamento será acompanhado por “Pacific High Studio Mantras”, colaboração de Ginsberg e Russell de 1971.

Quando Arthur Russell morreu em 1992, deixou um arquivo impressionante de mais de mil fitas que revelam o gênio sublime de um dos músicos mais importantes dos últimos 25 anos. Desafiador,contemporâneo, atitude e coração aberto coração para a música estava muito à frente do seu tempo, e agora qo tempo é nosso.

Como violoncelista, compositor, disco e visionário Russell sempre andou por linhas turvas nas nossas expectativas do que há música pop pode ser. Originalmente de Iowa, Arthur viajou para o oeste, em 1970, para estudar composição clássica indiana com Ali Akbar Khan. Torna-se amigo de Allen Ginsberg, toca com Alice Coltrane, e então se muda-se para New York em 1973 para estudar na Manhattan School of Music.

Rapidamente gravita na então florescente cena downtown, escreveu e interpretou as suas minimalistas composições(capturado em Instrumentals, e Tower Of Meaning, re-editados por Audika) e colaborou com alguns dos artistas mais influentes de Nova York- Rhy´s Chatham, Ernie Brooks, David Byrne, Phillip Glass, Laurie Anderson, Jon Gibson, Robert Wilson, Christian Wolff, John Cage, Arnold Dreyblatt, e Phill Niblock.


Allen Ginsberg (1926-1997) foi o grande rebelde romântico da segunda metade do século XX. O maior dos poetas-anarquistas contemporâneos. Promoveu, em parceria com Kerouac, Burroughs, Corso, Ferlinghetti, Snyder e outros, uma revolução na linguagem e nos valores literários que se transformou em rebelião colectiva, na série de acontecimentos - agora, com a perspectiva, á distância de várias décadas, é possível fazer uma afirmação dessas - mais revolucionários do período: o ciclo da geração Beat na década de cinquenta, e da contra-cultura e rebeliões juvenis nos anos sessenta e setenta. Inegavelmente, consequência do impacto provocado pelo lançamento de Uivo e outros poemas em 1956, e, logo em seguida, de On the Road de Kerouac, e de Kaddish e outros poemas, do próprio Ginsberg.

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