28/07/2010

MIKE OLDFIELD

O multimilionario Richard Branson, é o patrão companhia aérea, Virgin Airlines, tem uma empresa de viagens espaciais e está na lista dos homens mais ricos do mundo.

Aos 16 anos, em 1966, Branson lançou a revista, chamada Student. Em 1970, abriu um pequeno negócio de vendas de discos. Mike Oldfield, menino-prodígio dos anos 70, encheu os bolsos ao patrão da Virgin à custa do megasucesso “Tubular Bells”, transformou-se nos últimos anos num dos gurus da “new age”.

Sem o monstruoso sucesso editorial que serviu na época para lançar a editora Virgin, talvez não tivesse sido possível a gravação posterior, nesta mesma editora, de nomes como Henry Cow, Hatfield and the North, Robert Wyatt, Slapp Happy, David Vorhaus, Gilgamesh, Comus ou, do continente, Gong, Faust, Clearlight, Tangerine Dream, Klaus Schulze, Ashra e Wigwam. Mas o tempo passou e Mike Oldfield, ultrapassado um ciclo que ainda proporcionou obras de nomeada como “Hergest Ridge” e “Ommadawn”, decidiu que ele e “Tubular Bells” constituem um casamento para a eternidade.

Branson conheceu o músico e compositor Mike Oldfield e ajudou-o a gravar o álbum "Tubular Bells". Mas devido ao fracasso do disco mostrou-o a varias editoras, mas todas recusaram, Branson decidiu montar a sua própria, a Virgin Records e lançou "Tubular Bells" em 1973.Foi então que o multiinstrumentista se lembrou da galinha dos ovos de ouro, partindo para um “Tubular Bells 2” de má memória que, mesmo assim, lhe terá feito reembolsar mais alguns milhões.

O disco acabou por vender quase 20 milhões de cópias. O dinheiro foi suficiente para que Richard Branson, sempre com visão empresarial, investisse na Virgin Megastores, a rede de lojas de discos. Mais de 35 anos depois de ter atingido o sucesso, a obra-prima "Tubular Bells", inclui um extracto de 4 minutos da película de terror de William Friedkin "O Exorcista ", foi reeditada em 2009 com edições luxuosas.


Eu lembro-me quando ouvi Tubular Bells, não só estava animado e inspirado em ouvir e descobrir o album, feito por um garoto de 19 anos, e que tocou todos os instrumentos. Hoje em dia, é uma coisa muito fácil. Você pode ter o seu próprio lap top, um pequeno estúdio, e fazer a produção de bandas, com um equipamento barato. Mas na altura precisaria de milhares de dólares. Então, naquela época foi super inspirador descobrir o que o garoto fez.

Hoje é muito normal um adolescente poder brincar com o seu computador e fazer o que pode ser chamado de uma espécie de coisa avantgarde ou tapes colages, porque eles já ouviram essas coisas e querem experimentar. Então agora, a resposta é que é muito mais fácil para as pessoas ouvirem, e da sua cabeça dizer "Claro, esta música, eu entendi." Se olharmos hoje para a definição do que significa vanguarda, é diferente, mudou, estas técnicas têm sido tão popularizadas e espalhadas por toda parte. Com o advento do MP3 há possibilidade de qualquer um poder adquirir música gratuitamente através da Internet. O ouvinte médio está exposto muito mais há musica, e não só é mais fácil fazer qualquer tipo de música como é muito mais fácil ouvir qualquer tipo de música que se deseja.

Se clicar ao redor das páginas no Myspace, as bandas estão apenas a um clique de distância para ouvir algo que há 20 anos atrás só teria encontrado se fosse a uma loja de discos, ou tocasse numa grande estação de rádio, mas se você não tinha uma perto então esqueça. Agora, a quantidade de coisas e ideias diferentes que as pessoas estão expostas - a política, arte, cultura, música e cinema, é fascinante. É um mundo totalmente diferente.

Conheça alguns discos recomendados da Virgin Records:

Mike Oldfield - Tubular Bells (1973)
Henry Cow - Legend (1973)
Tangerine Dream - Phaedra (1974)
Faust IV (1973)
Devo - Q: Are We Not Men? A: We Are Devo! (1978)
Gong - Gazeuse! (1976)
Sex Pistols - Never Mind The Bullocks (1977)
XTC -Drums And Wires (1979)
Magazine -Real Life (1980)
Bauhaus -Mask (1981)

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