A partir da referência anterior, Sandy Dillon, fui parar a uma outra voz feminina, Karen Dalton.
Uma mulher bonita, amazônica Cherokee de ascendência irlandesa, tinha uma devoção por Bob Dylan, Tim Hardin, Neil Fred e os Holy Modal Rounders na cena folk de Nova York. Actualmente é especificamente comentada pelo grupo dissidente de nu-folk - Devendra Banhart, Joanna Newsom, Cat Power e Lucinda Williams.
Nos últimos anos, a reputação de Karen Dalton transformou-se de uma cantora de folk obscura dos anos 60, lembrada apenas por coleccionadores e colegas músicos, para um gênio tragicamente mal interpretado. Assombrada por drogas pesadas e álcool, uma situação que a deixou sem-tecto, e desdentada. Com o fracasso dos álbuns desistiu da música para a batalha contra a dependência da heroína, perdeu a guarda dos seus dois filhos e morreu nas ruas de Nova York em 1993, com 55 anos.
Nunca Karen Dalton encontrou o sucesso comercial em vida, mas o seu legado de gravação extremamente pequeno, apenas dois álbuns It's So Hard to Tell Who's Going to Love You Best, 1969 (gravado secretamente enquanto estava a tocar no estúdio) e In My Own Time, 1971, justifica totalmente essa reavaliação crítica, e os fãs desses registos seriam bem aconselhados para desenterrar todo e qualquer gravação acidental de Dalton, que possa vir a ser encontrada. Cotton Eyed Joe: The Loop Tapes, gravado no Joe Loop Attic Club em Boulder, Colorado, captura um par de actuações ao vivo a partir de 1962, é mais uma revelação influente da junkie folk diva.
Durante uma hora e meia, Dalton faz uma mistura de esquecidas canções antigas de blues, espirituais e temas bem conhecidos, como Ray Charles "It's Alright" e Fred Neil "Red Are the Flowers", e uma canção de origem desconhecida, chamada "Every Time I Think of Freedom".
COTTON EYED JOE: THE LOOP TAPES LIVE IN BOULDER, 1962
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