Nos últimos cinco anos Bradford Cox lançou seis discos, sozinho como Atlas Sound, ou com a sua banda, os Deerhunter.
Bradford, Atlas Sound, as canções que começaram a ser escritas há duas décadas. "Tinha um gravador e fazia umas coisas muito amadoras em cassete", recordou numa entrevista dada em 2008 à MTV. Mas estes não eram os resultados de uma infância feliz, rodeada de estímulos criativos, guitarras e amplificadores. Pelo contrário. As guitarras eram emprestadas - "de outros miúdos, ricos, que não ligavam a estas coisas" -, o ambiente em casa era mau (os pais divorciaram-se) e Bradford desistiu do liceu. Sem amigos e com os sintomas da doença a manifestarem-se cada vez mais, o adolescente encontrou refúgio na música. "Devo ter em casa centenas de cassetes desses tempos, coisas muito ingénuas", contou à "Pitchfork".
Há uma série de coisas que Bradford Cox não consegue fazer: correr, fumar e parar de fazer música. Os dois primeiros impedimentos são causados pela síndrome de Marfan, doença diagnosticada durante a infância que o faz ter a aparência de um esqueleto e sofrer de complicações cardíacas. Quanto a não conseguir parar de gravar discos, isso deve-se à criatividade torrencial deste músico norte-americano de 27 anos.
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