Prostitutas que ficaram na História- a revista Mental Floss fez uma selecção dos 10 mais ilustres representantes da classe.
Em Outubro de 1917, Mata Hari a espia alemã - havia rodado o ambiente militar da Tríplice Entente e comprometido segredos de guerra importantes, como a nova arma inglesa: o tanque de guerra.
Aileen Wuornos: uma prostituta que matava homens, camionistas, a mãe abandonou-a em criança, o pai foi preso por prática de pedofilia. Sete assassinatos depois, Aileen foi presa e passou mais de uma década no corredor da morte. Até que, um dia, demitiu todos seus advogados e disse que queria morrer. “Eu sou uma pessoa que odeia profundamente a vida e mataria de novo” disse. Charlize Rheron interpretou a personagem no filme Monstro.
Carol Leigh: a sindicalista.A activista Carol Leigh conquistou direitos para as prostitutas em São Francisco, na Califórnia. Desde os anos 70, sob o sobrenome Scarlot Harlot, trabalha como advogada, prostituta e vídeo artista. Hoje, é consultora internacional em direitos das profissionais do sexo para África do Sul, Tailândia, Hungria, entre outros países.
Ana Bolena: amante religiosa.Foi amante - o que, para a sociedade da época, não era muito distante de prostituta, do Rei Henrique VIII e depois tornou-se Rainha de Inglaterra.
As vítimas de Jack, o estripador - são quase mártires da categoria, o serial killer estrangulou prostitutas e, depois, desfigurava os seus rostos, genitais e retirava os órgãos entre 1888 e 1891.
Jim Carroll: poeta, prostituto e astro de rock
Leonardo DiCaprio interpretou sua autobiografia. No filme, Carroll prostituía-se para sustentar o vício. Apesar disso era um escritor genial, músico brilhante e até argumentista de alguns dos filmes de Andy Warhol. Em toda a década de 80 e 90, o seu livro foi leitura obrigatória para os jovens.
Geórgia Beyer: primeira prefeita transexual do mundo
George nasceu em 1957 e cresceu como um garoto do campo na Nova Zelândia. Quando completou 17 anos, descobriu o mundo das drag queens e passou a fazer shows e prostituir-se.Em 1995 foi eleita a primeira prefeita, em quatro anos, chegou ao Parlamento, onde lutou pelos direitos dos gays até 2007, quando se aposentou.
Belle de Jour :Em 2003, um blog incomum foi eleito o melhor da blogosfera pelo jornal inglês The Guardian. No “Diário de uma garota de programa londrina”, Belle de Jour, uma prostitua de luxo, descrevia como os seus clientes a tratavam e levavam a sair. Escreveu livros, tornou-se colunista do Sunday Telegraph.
Sua identidade permaneceu em segredo até Novembro de 2009, quando um ex namorado ameaçava expô-la. Antes que ele fizesse isso, ela veio a público contar a verdade. Era a Dra. Brooke Magnanti, uma loira bela que passava dias pesquisando o câncro infantil. Explicou a todos que se prostituíra para conquistar a estabilidade financeira que lhe permitisse escolher a área científica de que mais lhe agradasse.
Mike Jones: herói dos homossexuais
Este foi o justiceiro da causa gay no Colorado, EUA. Mike era amante de muitos homens importantes, entre eles um que ele chamava carinhosamente de Art – e todos o conheciam como o reverendo Ted Haggard, líder do movimento cristão evangélico. Art era também uma dos cabeças no protesto anticasamento gay, que seria votado no Colorado em Novembro de 2006.
Valerie Jean Solanas(1936-1988, morreu aos 52 anos,de enfisema pulmonar e pneumonia):a quase-assassina de Warhol.feminista radical e de acentuada misandria, famosa por atentar contra a vida de Andy Warhol em 1968. A sua obra mais difundida é o Manifesto da Organização para o Exterminio do Homem, conhecido também como Manifesto SCUM, um ensaio sobre a cultura patriarcal de marcado carácter supremacista feminino, misandrico e violento para com o sexo masculino.
Durante a década de 60, a “Factory” de Andy Warhol - no estúdio do artista transformou-se em refúgio para excêntricos e aqueles que só queriam curtir uma viagem de anfetaminas – estava a toda produção e de portas abertas a quem interessasse. Até que uma dessas excêntricas, a ex-estudante de psicologia e prostituta Valerie, apareceu na sua porta com uma peça chamada Up your ass (Mete pelo cu) sobre uma prostituta que odiava os homens e um mendigo. Warhol achou que a peça era chocante demais até para ele. O escrito era tão pornográfico que Warhol pensou que se tratava de uma armadilha policial. Anteriormente, muitas produções da Factory tinham sido censuradas pelo seu conteúdo obsceno. O rascunho da obra nunca foi devolvido a Solanas.
Quando Warhol admitiu que o tinha perdido, ela começou a exigir dinheiro como compensação. Warhol não fez caso, mas lhe ofereceu um papel numa cena do seu filme I, The Man (1968-1969), e pagou-lhe US$ 25 pelo serviço.
Depois disso, Valerie chegou ao pico da sua loucura. Em Junho, deu um tiro em Warhol que quase lhe tirou a vida. Warhol nunca se recuperou completamente, teve que usar um espartilho durante o resto da sua vida para evitar que as lesões piorassem. Ela se entregou no mesmo dia, passou três anos presa e muitos indo e voltando de manicómios. Em liberdade, infernizou Warhol por telefone até o fim dos seus dias, quando foi encontrada em decomposição no seu quarto alugado.
Quanto à Factory, infelizmente nunca mais foi tão aberta às massas absurdas que inspiravam a pop art de Wahrol. Com o seu corpo para sempre danificado pelo tiro, Warhol achou melhor dedicar sua atenção a alguns amigos ricos e celebridades – que provavelmente não atirariam nele.
* Em 1996, o filme I Shot Andy Warhol, é baseado na vida de Solanas e protagonizada por Lili Taylor como Solanas e Jared Harris como Andy Warhol.
* O amigo de Warhol, Lou Reed, nunca perdoou a Solanas pelo ataque, e gravou uma canção sobre ela: I Belive, para o álbum Songs For Drella.
* O grupo Matmos, no álbum The Rose Tens Teeth in the Mouth of a Beas, inclui uma canção titulada Tract for Valerie Solanas, que tem extractos do Manifesto SCUM.
* A escritora Sara Stridsberg recebeu em 2007 o Prêmio da literatura do Conselho Nórdico por sua biografia semi-ficticia da vida de Valerie Solanas titulada The Dream Faculty.
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