"As Portas da Percepção / Céu e Inferno" editado em Portugal pela Via Óptima em 2008. É um livro de 1954, escrito por Aldous Huxley, onde o autor pormenoriza as suas experiências alucinatórias quando tomou mescalina. O título provém de uma citação de William Blake:
"Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito."
Dois importantes ensaios sobre o efeito da ingestão de drogas e suas implicações mentais e éticas. Nas portas da percepção, de 1954, o romancista inglês descreve suas experiências pessoais com mescalina, alcalóide extraído de um cacto mexicano, sob supervisão médica, enquanto que em céu e inferno, de 1956, faz uma análise crítica do uso de drogas.
A sua principal impressão será a de que os objectos do nosso quotidiano perdem a sua funcionalidade, passando a existir "por si mesmos". O espaço e as dimensões tornam-se irrelevantes, parecendo que a percepção se alarga de uma forma espantosa e mesmo humilhante já que o ser humano se apercebe da sua incapacidade para fazer face a tantas impressões. Além de drogas como a mescalina, o LSD, a psilocibina, etc, outras formas citadas para se abrir as portas da percepção seriam:
* Períodos prolongados de silêncio e isolamento.
* Jejuns prolongados.
* Auto-flagelação.
Huxley explica que uma das razões porque as portas da percepção normalmente ficam semi-cerradas seria para a própria protecção do indivíduo, que de outra forma se distrairia com a enxurrada de estímulos desnecessários para a sobrevivência.
"If the doors of perception were cleansed everything would appear to man as it is, infinite"
Esta teoria foi fundamental para o movimento hippie e foi também a inspiração de Jim Morrison para o nome – The Doors.
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