Morreu o "inventor" , o "pai" dos Sex Pistols, o pai do punk, e não apenas o empresário e produtor musical da cena punk, mas também foi um dos maiores nomes do movimento e, ao lado de sua então namorada Vivienne Westwood – que coincidentemente era o dia do seu aniversário.
O antigo agente dos Sex Pistols e uma das figuras de referência da música punk, Malcolm McLaren, morreu na quinta-feira, aos 64 anos de mesotelioma, uma forma rara de cancro.
A dupla Malcolm McLaren & Vivienne Westwood foi tão importante para a moda que até deixou um herdeiro! Joseph Ferdinand, o único filho do casal,e fundador da Agent Provocateur (mas não único de Vivienne, o filho mais velho de Vivienne, Ben Westwood, lançou uma linha de roupas masculinas. Ben é fotógrafo e o seu trabalho é todo em cima de imagens eróticas. Antes dessa novidade, o primogénito de Dame West lançou lancheiras-fetiche, em protesto contra a nova lei britânica que proíbe o uso de pornografia extrema, o que afecta directamente o seu trabalho.
Conhecido por Joe Corre, pormenorizou que o seu pai faleceu em resultado de uma forma extremamente agressiva de cancro, sem revelar a localização exacta para evitar a presença da comunicação social.
Malcolm McLaren "foi o original músico punk que revolucionou o mundo", disse Corre, em conversa telefónica com a Associated Press.
"Sou mais mágico do que músico", disse Malcolm McLaren numa entrevista em 1985, agora citada no obituário do New York Times. "Roubo as canções de outras pessoas e tento melhorá-las".
Na década de 1970, e após ter chegado a trabalhar como manager dos New York Dolls nos Estados Unidos, o inglês regressou a Londres onde abriu uma loja de roupa chamada Let It Rock, depois baptizada de Sex, um ícone londrino dos anos 70 que vendia roupas em clima sadomaso.
O início da “Sex” foi simultâneo ao começo dos Sex Pistols – eram consumidores da loja, que na época tinha o nome provisório de “Too Fast to Live Too Young to Die“
Era muito provável você ouvi-lo chamar de charlatão. Esse era o tipo de reacção que McLaren parecia dar, cheio de alegria eufórico, para tentar ganhar a atenção ou elogios.
Com os Sex Pistols, de que foi o ideólogo, há um antes e um depois na vida de Malcolm McLaren. Antes dos Sex Pistols, o empresário inglês foi manager dos New York Dolls e acompanhou o nascimento do movimento punk em Nova Iorque. Depois dos Sex Pistols, Malcom McLaren ligou-se aos Adam & The Ants e engendrou a criação dos Bow Wow Wow.
McLaren (com as mãos nos bolsos) presente na assinatura dos Sex Pistols com a A&M, em 1977.
A curta vida dos Sex Pistols (1976-78) foi o auge da sua atitude controversa. Como manager, incentivava a banda de Johnny Rotten a causar danos em lojas. Esteve por trás da ideia de assinar o contrato com a editora A&;M em frente ao Palácio de Buckingham. Magicou a actuação dos Sex Pistols num barco do rio Tamisa durante as Bodas de Prata do reinado da Rainha Isabel II. Preferiu que os Sex Pistols fizessem a digressão americana nos estados mais conservadores do sul, com fim idealizado na capital dos hippies, São Francisco. E já com a banda a metade, levou os Sex Pistols a gravarem no Rio de Janeiro com o maior fugitivo da história da justiça britânica, Ronnie Biggs - gravações que estão registadas no documentário de Julien Temple "The Great Rock 'n' Roll Swindle" (estreado em 1980).
Vinte anos depois, o outro documentário de Julien Temple sobre os Sex Pistols, "The Filth and the Fury", conta a versão da banda, em especial do vocalista John Lydon, que é arrasadora para com o tipo de influência que Malcolm McLaren tinha na banda.
McLaren alcançou a fama como agente dos Sex Pistols, mas este aluno de Artes que abandonou os estudos também ficou conhecido pela polémica loja de roupas -pro visual punk-fetiche, que abriu na londrina King's Road com a sua então namorada, Vivienne Westwood, em 1971.
Ligado ao mundo da moda, McLaren foi sócio e esteve casado com a estilista Vivienne Westwood na década de 70. Fruto desta relação nasceu Joseph Corré. Foi com as roupas criadas pela sua [na altura] esposa que o artista vestiu os Sex Pistols, sendo até apontado como o homem que «fabricou» ideológica e visualmente a banda.
A loja mudou de nome e ramo várias vezes, estando aberta como SEX, World's End e Seditionaries, antes de o casal se separar.
O jornalista de música Jon Savage, que escreveu "England's Dreaming", uma história dos Sex Pistols e da era punk, disse que "sem Malcolm McLaren não teria havido qualquer punk britânico".
Ele foi, acrescentou, "um dos raros indivíduos que teve um grande impacto na vida social e cultural da nação".
A criação dos Sex Pistols pelo Malcolm foi um misto de estratégia, de estética e de marketing que transformou John Lydon em Johnny Rotten e quem engendrou aparições como as da banda de "God Save The Queen" a bordo de um barco no Rio Tamisa, frente às Houses of Parliament, aventura abortada pela polícia britânica.
Apesar de os Sex Pistols se terem separado depois de sair o seu único álbum, "Never Mind the Bollocks", de 1977, os seus cânticos bizarros, roucos e rebeldes inspiraram muitas bandas posteriormente.
O seu baixista, Sid Vicious, morreu de uma dose excessiva de heroína em 1979, depois de ter sido acusado de assassinar a namorada, Nancy Spungen, em Nova Iorque, em 1978.
A carreira de McLaren na música foi mais do que gerir os Sex Pistols: Já na década de 80, o ex-empresário musical britânico decidiu investir na sua própria carreira como músico, teve uma carreira a solo, e canções marcantes no hip-hop.
Produziu vários álbuns e assinou vários hits em nome próprio, como “Madame Butterfly”, que em 1984 chegou ao top 20 no Reino Unido, 'Buffalo Gals', e 'Double Dutch'.
«Duck Rock» foi o seu álbum de estreia, do qual se destacava o tema «Buffalo Gals», também trabalhou na música electrónica, pop, na ópera, e com house music em 1989, no álbum Waltz Darling. O seu último trabalho, Shallow: Musical Paintings, é do ano passado.
Além da música e da moda, McLaren também esteve no jornalismo e na produção de filmes, trabalhando com realizadores como Quentin Tarantino e Steven Spielberg.
A banda sonora que compôs para a recente colecção Outono/Inverno 2010-20111 para Dries Van Noten mostra outro exemplo da sua fusão intelectual, combinando punk vocal dos Mekons e o hitchcockiano "Love Suite" a música elegante de Bernard Herrmann para "Vertigo", Swiss yodeling, The Raincoats, sons ambiente do Roxy c. 1977, e batidas do Burundi. Infelizmente, ele não estava a sentir-se bem, para poder saboreá-lo em pessoa.
Refrescante, perverso, tinha a capacidade de nos levar imediatamente no seu mundo exuberante.Era um demónio eloquente, perito em fazer ligações aleatórias para criar uma imagem do tipo que recebe o medieval e o pós-moderno no mesmo quadro.
Seu fascínio permanente com a cultura de rua, certamente introduziu um público mais amplo, abriu a porta ao hip-hop, double dutch, sampling, e ao voguing (um ano antes de Madonna).
Malcolm McLaren, de guarda aos Sex Pistols. Da esquerda para a direita: Steve Jones, Jim Fetter, Paul Cook e Ronald Biggs
Corre, que é o filho resultante da relação com Westwood, continua a tradição familiar de misturar choque com sucesso, ao ser um dos fundadores da cadeia de lingerie Agent Provocateur.
O filho de McLaren acrescentou que este desejava ser incinerado no cemitério de Highgate, a norte de Londres, perto do local onde nascera.
O antigo agente dos Sex Pistols e uma das figuras de referência da música punk, Malcolm McLaren, morreu na quinta-feira, aos 64 anos de mesotelioma, uma forma rara de cancro.
A dupla Malcolm McLaren & Vivienne Westwood foi tão importante para a moda que até deixou um herdeiro! Joseph Ferdinand, o único filho do casal,e fundador da Agent Provocateur (mas não único de Vivienne, o filho mais velho de Vivienne, Ben Westwood, lançou uma linha de roupas masculinas. Ben é fotógrafo e o seu trabalho é todo em cima de imagens eróticas. Antes dessa novidade, o primogénito de Dame West lançou lancheiras-fetiche, em protesto contra a nova lei britânica que proíbe o uso de pornografia extrema, o que afecta directamente o seu trabalho.
Conhecido por Joe Corre, pormenorizou que o seu pai faleceu em resultado de uma forma extremamente agressiva de cancro, sem revelar a localização exacta para evitar a presença da comunicação social.
Malcolm McLaren "foi o original músico punk que revolucionou o mundo", disse Corre, em conversa telefónica com a Associated Press.
"Sou mais mágico do que músico", disse Malcolm McLaren numa entrevista em 1985, agora citada no obituário do New York Times. "Roubo as canções de outras pessoas e tento melhorá-las".
Na década de 1970, e após ter chegado a trabalhar como manager dos New York Dolls nos Estados Unidos, o inglês regressou a Londres onde abriu uma loja de roupa chamada Let It Rock, depois baptizada de Sex, um ícone londrino dos anos 70 que vendia roupas em clima sadomaso.
O início da “Sex” foi simultâneo ao começo dos Sex Pistols – eram consumidores da loja, que na época tinha o nome provisório de “Too Fast to Live Too Young to Die“
Era muito provável você ouvi-lo chamar de charlatão. Esse era o tipo de reacção que McLaren parecia dar, cheio de alegria eufórico, para tentar ganhar a atenção ou elogios.
Com os Sex Pistols, de que foi o ideólogo, há um antes e um depois na vida de Malcolm McLaren. Antes dos Sex Pistols, o empresário inglês foi manager dos New York Dolls e acompanhou o nascimento do movimento punk em Nova Iorque. Depois dos Sex Pistols, Malcom McLaren ligou-se aos Adam & The Ants e engendrou a criação dos Bow Wow Wow.
McLaren (com as mãos nos bolsos) presente na assinatura dos Sex Pistols com a A&M, em 1977.
A curta vida dos Sex Pistols (1976-78) foi o auge da sua atitude controversa. Como manager, incentivava a banda de Johnny Rotten a causar danos em lojas. Esteve por trás da ideia de assinar o contrato com a editora A&;M em frente ao Palácio de Buckingham. Magicou a actuação dos Sex Pistols num barco do rio Tamisa durante as Bodas de Prata do reinado da Rainha Isabel II. Preferiu que os Sex Pistols fizessem a digressão americana nos estados mais conservadores do sul, com fim idealizado na capital dos hippies, São Francisco. E já com a banda a metade, levou os Sex Pistols a gravarem no Rio de Janeiro com o maior fugitivo da história da justiça britânica, Ronnie Biggs - gravações que estão registadas no documentário de Julien Temple "The Great Rock 'n' Roll Swindle" (estreado em 1980).
Vinte anos depois, o outro documentário de Julien Temple sobre os Sex Pistols, "The Filth and the Fury", conta a versão da banda, em especial do vocalista John Lydon, que é arrasadora para com o tipo de influência que Malcolm McLaren tinha na banda.
McLaren alcançou a fama como agente dos Sex Pistols, mas este aluno de Artes que abandonou os estudos também ficou conhecido pela polémica loja de roupas -pro visual punk-fetiche, que abriu na londrina King's Road com a sua então namorada, Vivienne Westwood, em 1971.
Ligado ao mundo da moda, McLaren foi sócio e esteve casado com a estilista Vivienne Westwood na década de 70. Fruto desta relação nasceu Joseph Corré. Foi com as roupas criadas pela sua [na altura] esposa que o artista vestiu os Sex Pistols, sendo até apontado como o homem que «fabricou» ideológica e visualmente a banda.
A loja mudou de nome e ramo várias vezes, estando aberta como SEX, World's End e Seditionaries, antes de o casal se separar.
O jornalista de música Jon Savage, que escreveu "England's Dreaming", uma história dos Sex Pistols e da era punk, disse que "sem Malcolm McLaren não teria havido qualquer punk britânico".
Ele foi, acrescentou, "um dos raros indivíduos que teve um grande impacto na vida social e cultural da nação".
A criação dos Sex Pistols pelo Malcolm foi um misto de estratégia, de estética e de marketing que transformou John Lydon em Johnny Rotten e quem engendrou aparições como as da banda de "God Save The Queen" a bordo de um barco no Rio Tamisa, frente às Houses of Parliament, aventura abortada pela polícia britânica.
Apesar de os Sex Pistols se terem separado depois de sair o seu único álbum, "Never Mind the Bollocks", de 1977, os seus cânticos bizarros, roucos e rebeldes inspiraram muitas bandas posteriormente.
O seu baixista, Sid Vicious, morreu de uma dose excessiva de heroína em 1979, depois de ter sido acusado de assassinar a namorada, Nancy Spungen, em Nova Iorque, em 1978.
A carreira de McLaren na música foi mais do que gerir os Sex Pistols: Já na década de 80, o ex-empresário musical britânico decidiu investir na sua própria carreira como músico, teve uma carreira a solo, e canções marcantes no hip-hop.
Produziu vários álbuns e assinou vários hits em nome próprio, como “Madame Butterfly”, que em 1984 chegou ao top 20 no Reino Unido, 'Buffalo Gals', e 'Double Dutch'.
«Duck Rock» foi o seu álbum de estreia, do qual se destacava o tema «Buffalo Gals», também trabalhou na música electrónica, pop, na ópera, e com house music em 1989, no álbum Waltz Darling. O seu último trabalho, Shallow: Musical Paintings, é do ano passado.
Além da música e da moda, McLaren também esteve no jornalismo e na produção de filmes, trabalhando com realizadores como Quentin Tarantino e Steven Spielberg.
A banda sonora que compôs para a recente colecção Outono/Inverno 2010-20111 para Dries Van Noten mostra outro exemplo da sua fusão intelectual, combinando punk vocal dos Mekons e o hitchcockiano "Love Suite" a música elegante de Bernard Herrmann para "Vertigo", Swiss yodeling, The Raincoats, sons ambiente do Roxy c. 1977, e batidas do Burundi. Infelizmente, ele não estava a sentir-se bem, para poder saboreá-lo em pessoa.
Refrescante, perverso, tinha a capacidade de nos levar imediatamente no seu mundo exuberante.Era um demónio eloquente, perito em fazer ligações aleatórias para criar uma imagem do tipo que recebe o medieval e o pós-moderno no mesmo quadro.
Seu fascínio permanente com a cultura de rua, certamente introduziu um público mais amplo, abriu a porta ao hip-hop, double dutch, sampling, e ao voguing (um ano antes de Madonna).
Malcolm McLaren, de guarda aos Sex Pistols. Da esquerda para a direita: Steve Jones, Jim Fetter, Paul Cook e Ronald Biggs
Corre, que é o filho resultante da relação com Westwood, continua a tradição familiar de misturar choque com sucesso, ao ser um dos fundadores da cadeia de lingerie Agent Provocateur.
O filho de McLaren acrescentou que este desejava ser incinerado no cemitério de Highgate, a norte de Londres, perto do local onde nascera.
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