Desde os primeiros dias os Sonic Youth explorou e mapeou territórios culturais desconhecidos através da sua actividade como grupo e como a soma dos quatro músicos, artistas plásticos e empresários culturais, cada um com as suas conexões específicas com a cena cultural internacional . A exposição mostra as colaborações da banda com artistas plásticos, cineastas, estilistas e músicos, bem como uma selecção de outras obras seleccionadas pelo grupo.
Aquí podemos confrontar com obras de 150 artistas americanos e europeus que a solo adornaram as capas de vinil, o pintaram a propósito de shows, que influenciaram a vida e obra dos Sonic Youth. Quadros/gravações/colagens/ fotos em casa de Thurston Moore, Kim Gordon, Lee Ranaldo, instalações deles e dos seus amigos-artistas plásticos, audiovisuais, poesías de Allen Ginsberg, fotos da camaleónica Cindy Sherman, memorias de Lydia Lunch, obras das bandas no wave – The Lounge Lizards, DNA, Glenn Branca e dos gurus do conceptualismo como John Cage.
Finalmente, num pavilhão especialmente concebido para a exposição de Dan Graham, a obra completa dso Sonic Youth áudio, gravações ao vivo dos anos 1970 e início de 1980, gravado por bandas de Graham, e vídeos raros ds Sonic Youth e bandas da época.
A exposição começa com uma grande variedade de apetrechos dos Sonic Youth, que ilustra sua extensa e diversificada obra e as colaborações com outros artistas, introduzindo temas explorados em profundidade em outras sessões da amostra. Entre os materiais expostos estão diferentes modelos de capas de álbuns dos Sonic Youth, uma selecção de panfletos, zines, cartazes, textos dos membros da banda, e fotografias do grupo de artistas como James Welling, Sofia Coppola e Richard Kern.
Antes de criar o grupo, tanto Kim Gordon como Lee Ranaldo formaram-se como artistas plasticos, mas a chegada a Nova Iorque, em finais dos anos setenta começou a tocar em diferentes grupos em vez de se focar exclusivamente na produção de arte visual. Este foi também o caso de muitos dos seus amigos, como Glenn Branca, Robert Longo e Richard Prince.
Naquela época, Gordon movimentava-se simultâneamente em colaborações esporádicas com algumas galerias de arte de Nova York, e com os seus próprios projectos de curadoria, além de escrever regularmente ensaios sobre arte e música para revistas como Artforum.
O artista Dan Graham foi uma figura chave nesta constelação de artistas / músicos, muitas vezes sobrecarregado com o seu gravador, nada menos o portátil, enquanto participava em shows de grupos de punk rock e new wave, para gravar as suas apresentações, muitas vezes realizadas em galerias arte, os chamados "lofts art".
Até então as artes plásticas e a música parecia basear-se na mesma energia, e natural fusão entre as duas disciplinas, palpável, naqueles dias, formaram a base de actividades multidisciplinares dos Sonic Youth, 30 anos de uma banda que marcou um antes e depois do rock, independente e rótulos ( "independente", "alternativo" ...). Thurston Moore, Kim Gordon, Lee Ranaldo e Steve Shelley.
No principio, Thurston Moore, um fã de punk rock em Connecticut, mais tarde afirmaria que se mudara para Nova York para formar uma banda com Sid Vicious, actuou no centro de Manhattan com sua banda The Coachmen enquanto Lee Ranaldo fazia o mesmo com a sua banda, The Fluks, e tocou regularmente com o grupo de guitarras de Glenn Branca.
En 1981, depois de diversas mudanças de formação e nome do grupo, Moore organizou na sala White Columns um festival de música experimental onde a sua nova banda, Sonic Youth, também actuaria.
Sonic Youth tocaram no início dos anos oitenta, pela primeira vez nos Estados Unidos, na Costa Oeste, onde o grupo fez amizade com vários músicos e artistas. A costa oeste nos anos sessenta foi um importante ponto de partida para o trabalho criativo de muitos artistas da região, como Mike Kelley, Todd Haynes, Dave Markey, Marnie Weber, Raymond Pettibon e Jamie Cameron, que na produção reflecte o contraste entre o mundo do glamour de Hollywood, com figuras radicais como Charles Manson e o agressivo punk hardcore californiano do início dos anos oitenta.
Fruto da colaboração entre Sonic Youth, Roland Groenenboom, Christophe Wavelet, director artistico do LIFE de Saint-Nazaire, e Corinne Diserens, directora do Museïon de Bolzano.
Centro de Arte Dos de Mayo, Mostoles, Madrid, Espanha
SONIC YOUTH etc. : SENSATIONAL FIX
Inaugoração: 2 FEB. 20:00 H.
Comissario: ROLAND GROENENBOOM
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