A escritora está a lançar o seu primeiro romance, Gonzos e Parafusos, editado pela Leya Brasil, e conseguiu que Rubem Fonseca, o Prémio Camões 2003, conhecido por não dar entrevistas (pelo menos no Brasil) nem se deixar fotografar a não ser pelo filho, saísse da sua “toca” no Rio de Janeiro.
Há quem diga que o escritor saiu da sua “reclusão senil”, que “apareceu no meio dos mortais, que “deixou a caverna para alimentar instalação humana”, que “paga mico por Paula Parisot”.
A artista plástica e escritora Paula Parisot realizou uma performance durante sete dias e sete noites na Livraria da Vila da Fradique, para marcar o lançamento do seu livro. O evento começou quinta-feira, 11 e vai até dia 17 de Março.
Será como muita gente julga, uma simples jogada de marketing?
Paula Parisot precisou de ser alimentada durante os sete dias e seis noites que esteve a viver dentro de um cubículo transparente, instalado na Livraria para encarnar Isabela, uma rapariga meio-doida que delira com borboletas e com gatos que falam,a personagem principal do seu romance.
Ela alimentou-se apenas uma vez por dia, com comida levada por sete pessoas diferentes, do seu círculo familiar e amigos: seu marido, seus pais, seus sogros, uma amiga e um dos dias por seu padrinho e mentor, o escritor Rubem Fonseca.
Paula conheceu o escritor brasileiro quando publicou o seu primeiro livro de contos, A Dama da Solidão,e dedicou-o ao “mestre” para sempre.
Não falará com ninguém nos sete dias, nem sairá da loja quando esta fechar suas portas à noite.
A cada dia, Paula escreveu notas num caderno, que entregou ao editor do livro. A ideia de Paula é vivenciar na performance o último capítulo do livro, sobre a Baronesa Elizabeth Bachofen-Echt, retratada pelo pintor Klimt, no seu mais famoso quadro. Toda a performance tem a ver com o livro.
“Qual é o limite? Quem diz qual é o limite? Vou fazer uma viagem”, diz Paula no vídeo que está na Internet e mostra o que se passou no primeiro dia da sua performance
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