14/11/2009

António Palolo (1946-2000)

A década de 90 é uma época de ruptura e também de expansão dos campos/limites tradicionais da obra de arte, de busca de novos e diferentes conceitos estéticos. A geração de 90 afirma-se agora contra a geração de 80. A necessidade perante uma procura de mercado por produtos de arte surge com o crescimento de uma classe abastada nos anos 80 em Portugal. Os anos 90 em Portugal serão, então, o paradoxo do binómioExperimentalismo/Convencionalismo. Em exposição no inicio deste ano no Centro de Arte Manuel de Brito(CAMB) - António Palolo e Anos 90, estiveram obras de Paula Rego, Joaquim Rodrigo, Ana Vidigal, Fernando Lemos, Júlio Pomar, Menez, Nikias Skapinakis, Paula Rego, Eduardo Batarda, Pedro Chorão, Ascânio MMM, Graça Morais, Lisa Santos Silva, Ilda David, Urbano, Ana Vidigal, José Loureiro e Miguel Telles da Gama. António Palolo (1946-2000), artista autodidacta nascido em Évora, em 1964 realizou a primeira exposição individual na Galeria 111, em Lisboa, com a qual mantém uma relação de trabalho privilegiada até ao início da década de 80, tem na experimentação a característica mais marcante do seu trabalho, acompanhou os diferentes movimentos artísticos, passando do informalismo para a transvanguarda, pela arte-pop, pelo abstraccionismo geométrico até à arte conceptual. Citando Helena Freitas, “pintor da luz e da cor, António Palolo movimenta-se entre a abstracção e a figuração com a destreza de um absoluto domínio das técnicas da pintura e com a ironia de saber manipular os discursos das conjunturas artísticas”.

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