18/10/2009

TALKING HEADS

Em 1979, os Talking Heads lançavam o seu terceiro álbum Fear of Music.Anteriormente, David Byrne havia sido inspirado por um tom abertamente humorístico; em Fear of Music, torna-se estranho. Ao mesmo tempo, porém, a música tornou-se mais densa mas atraente.À frente de tudo David Byrne, com sua performance quase robótica, acrescido da sua voz, e da guitarra.O casal Tina Weymouth e Chris Franz dupla com uma química sexual surgiu uma máquina de ritmo. O baixo de Tina é macio conduzindo a dança enquanto Chris trabalha com pulso firme e preciso; um funk minimal rodeia o ambiente. Acrescente-se a guitarra e os teclados de Jerry Harrison, o mesmo que, ao lado de Johnathan Richman e sob a supervisão do ex-Velvet John Cale, gravou as primeiras demos que mais tarde se tornariam o primeiro e clássico disco dos Modern Lovers. O primeiro disco, dos Talking Heads’77, contou com um hit perfeito,o clássico: Psycho Killer. O segundo, More Songs About Food and Buildings associava-os com Brian Eno. Nasceu Fear of Music. Centralizando sua tese sociológica no medo, David Byrne explicava com detalhes um mero capítulo de algo que as pessoas não tinham certeza que sequer existia. Era um disco conceptual sobre o medo sem sequer citar o medo. As canções encerram conceitos definitivos sobre assuntos diversos e todos eles são encarados com estranheza,e com diferenciação.Gravado no apartamento de Chris e Tina, em Long Island (Nova York), Fear of Music começa com uma musica de ritmos africanos. I Zimbra com letra do poeta nonsense Hugo Ball não quer dizer nada, pelo menos que se saiba: “Gadji Beri Bimba Clandridi/ Lauli Lonn Cadori Gadjam/ A Bim Beri Glassala Glandride/ E Glassala Tuffm I Zimbra”. O ritmo tenso e repetitivo, funk sombrio e negro, mais do que em qualquer outro disco dos Talking Heads. A seguir a Fear Of Music saiu a obra prima Remain in Light.

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