
Spike Jonze convidou Karen O, dos Yeah Yeah Yeahs, para compor a banda-sonora desta adaptação do livro infantil de Maurice Sendak
O livro infantil publicado em 1963 transformou-se num pequeno clássico da literatura infantil americana. "Where the Wild Things Are" tinha apenas dez frases de texto e contava a sua história - a de Max, um miúdo que se portou mal, vai para a cama sem jantar e viaja até uma terra longínqua povoada por "coisas selvagens" - em 40 páginas. Ninguém, a começar pelo próprio autor, esperava que o livro de Maurice Sendak fosse o êxito que foi.
E o mesmo se pode dizer do filme que Spike Jonze, o realizador de "Queres Ser John Malkovich?" e "Inadaptado", tirou do livro - os rumores que rodeiam "O Sítio das Coisas Selvagens" há dois anos tornam-no num dos mais singulares projectos que uma "major" de Hollywood alguma vez aceitou financiar, e se o filme conseguir recuperar o investimento (que se diz estar na ordem dos cem milhões de dólares) muita gente irá mostrar-se surpreendida (e a Warner vai com certeza dar um grande suspiro de alívio).
Com a bênção de Sendak, Jonze abriu e expandiu a história original com a colaboração do humorista Dave Eggers, convidou Karen O, dos Yeah Yeah Yeahs, para compor a banda-sonora (com o veterano Carter Burwell), foi rodar à Austrália e fez questão de que as "coisas selvagens" não fossem criadas por computador mas interpretadas por actores vestidos com fatos sobredimensionados (construídos pela Jim Henson's Creature Shop).
Para complicar a coisa, o elenco está longe de ter nomes de primeira linha - o único actor humano presente ao longo de todo o filme é o jovem Max Records (cuja interpretação tem sido unanimemente saudada). Catherine Keener tem um pequeno papel como a mãe de Max, e os nomes mais conhecidos dão voz às "coisas selvagens": James "Tony Soprano" Gandolfini, Forest Whitaker, Chris Cooper e Catherine O'Hara.
O Sítio das Coisas Selvagens" chegou às salas americanas há uma semana
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