17/10/2009

Governo das Maldivas debaixo de água

Facto da semana....
Uma ideia criativa e inovadora, uma mensagem alertando um problema sério e real para os governadores do mundo. O governo das Maldivas debaixo de água para alertar contra as alterações climáticas. A subida do nível do mar preocupa o país. O Presidente Mohamed Nasheed, vestido com equipamento de mergulho completo, tomou os seus assentos com uma mesa no fundo do mar, na lagoa Girifushi, Norte da capital Male, uma ilha normalmente usado para treinamento militar. Está previsto que os ministros autografem os fatos de imersão e os ponham à venda num leilão no site protectmaldives.com, destinando-se a receita à protecção dos recifes de corais. Para a reunião debaixo de água, o governo instalou uma mesa em forma de ferradura no fundo do mar e os ministros puderam conversar com a ajuda de quadros brancos e de linguagem gestual. Durante 30 minutos, a uma profundidade de seis metros o Presidente e os ministros substituíram o fato e gravata por equipamento de mergulho, dos 14, três não participaram, dois por condições médicas, enquanto o terceiro está actualmente na Europa. Todos os ministros tiveram formação de mergulho, desta forma, chamaram a atenção para a subida do nível médio dos oceanos e a necessidade de redução das emissões de gases com efeito de estufa. Era divertido ver os nossos governantes ..... gostava de ver o Sócrates ao lado de Cavaco....quem é que retirava primeiro a máscara ao outro ????. Um conselho de ministros subaquático. Podia até ser brincadeira, se a reunião não fosse nas Maldivas, um dos países mais ameaçados pela subida do nível do mar e uma das vozes mais activas na campanha para uma acção global no combate às alterações climáticas. A maioria das ilhas, um paraíso turístico, com recifes de coral e praias de areias brancas, fica a menos de um metro acima do nível do mar, e os cientistas advertiram que pode ser inabitável em menos de 100 anos. A água salgada invade já terrenos que até há poucos anos permaneciam ferteis. Durante meia hora, o Presidente e os ministros substituíram o fato e gravata, e assinaram uma declaração pedindo para que sejam definidas metas ambiciosas na redução dos gases com efeito de estufa. Dezenas de soldados das Maldivas guardava o evento , mas os invasores só foram garoupas e outros peixes.

Nasheed já tinha anunciado planos para um fundo para comprar uma nova pátria para o seu povo, 1.192 ilhas de coral estão submersos, prometeu fazer das Maldivas, com uma população de 350.000, o carbono do mundo o primeiro país neutro dentro de uma década.

A decisão será tomada na distante e fria Copenhaga, que em Dezembro acolhe a Cimeira do Clima – uma oportunidade que as Maldivas não querem ver desperdiçada. Se não houver um consenso mundial “vamos todos morrer”, explicou o Presidente Mohamed Nasheed, numa conferência de imprensa já à tona da água. “E se as Maldivas não puderem ser salvas não creio que haja muito mais hipóteses para o resto do mundo”, acrescentou. Com equipamento completo e na companhia de instrutores de mergulho e seguranças, os governantes desceram até ao fundo da idílica lagoa que, por uma manhã, foi palco da primeira reunião política subaquática de que há memória.

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