Desse encontro surgiu uma experiencia musical que fundia rock com vanguarda , os The Velvet Underground, nome tirado de um livro de ficção do qual Lou Reed era fã.
John Cale assumiu o baixo , Lou Reed, a guitarra e os vocais. Para completar o grupo, foram chamados o guitarrista Sterling Morrison (colega de Reed na faculdade de literatura) e o baterista Angus McLise, que saiu da banda ao alegar, logo após o primeiro show, que era contra a idéia de ganhar dinheiro fazendo arte. No seu lugar entrou a andrógina Maureen “Moe” Tucker, irmã de um amigo de Morrison.
Fortes riffs de guitarra, batidas tribais e a viola eléctrica (uma espécie de violino ainda mais estridente, importado do País de Gales por John Cale) eram o estranho e inédito sustentáculo das canções “Heroin”, “Venus in Furs” e “All Tomorrow’s Parties”. Com esse repertório, os Velvet fizeram uma série de shows durante o ano de 1966, assustando uns espectadores – o grupo chegou a ser expulsodo Café Bizarre, no Greenwich Village – e fascinando outros.
Entre as pessoas que se encantaram estava Andy Warhol, artista plástico que, com a sua pop art, fazia sucesso entre os nova-iorquinos . Andy, que também se aventurava pelo cinema ( Sleep, um filme de quase seis horas ,mostra apenas o poeta John Giorno durante o sono), pretendia fundir a sua arte na música e viu nos Velvet Underground – como eles misturavam a vanguarda com a pop – o canal perfeito para realizar o seu sonho.
Andy Warhol “resolveu” (entre aspas- reza a lenda, que Andy nunca foi capaz de tomar uma decisão sozinho) contratar o grupo. Só que, para ele e seus comparsas, Lou Reed, não tinha presença de palco e cantava como um Bob Dylan isento de qualquer senso de ritmo, era anti-performático para estar à frente de uma banda como aquela.
Tiveram então a idéia de convidar a modelo Christa Paffgen, conhecida como Nico (um anagrama de icon), para assumir o microfone dos Velvet Underground. Nico era uma alemã alta e de voz grave que antes de ser cantora, conheceu todos os buracos da Europa, participou no filme de Federico Fellini (La Dolce Vita, de 1960) e teve um filho do actor francês Alain Delon.
O grupo, obviamente, não ficou animado com a chegada de Nico. Principalmente Lou Reed, que, segundo John Cale, “naquela época estava muito cheio de si e aveludado” e temia ser ofuscado por aquela beldade se intrometia no seu território. Mas receando perder a oportunidade de ser contratado por Andy Warhol, a banda acabou aceitando a presença de Nico com a condição de que ela cantasse em apenas algumas músicas. Foi isso o que aconteceu na tourné seguinte, baptizada por Warhol de Exploding Plastic Inevitable.
Era mais um espectáculo teatral do que um show propriamente dito, Exploding Plastic Inevitable era um festival de bizarrias. O espectáculo consistia numa performance da banda sobre projecções de filmes de Warhol, ao mesmo tempo dançarinos armados com chicotes e seringas serpenteavam pelo palco. Entre uma apresentação e outra, no meio de vaias e aplausos, entraram em estúdio para trabalhar o primeiro álbum.
The Velvet Underground & Nico (1967) - A estréia dso Velvet Underground conta com o nome de Andy Warhol como autor da antológica capa da banana (que no LP original poderia ser descascada, revelando algo fálico e avermelhado) e produtor, porém quem realmente cuidou da sonoridade do disco foi Tom Wilson – conseguiu encaixar a banda no selo Verve, especializado em jazz. Nico acabou cantando em apenas três músicas “Femme Fatale” “I’ll Be Your Mirror”, e na mórbida “All Tomorrow’s Parties” . The Velvet Unederground & Nico foi ignorado pelo público e ficou encostado nas lojas. Chegou ao patamar de disco de ouro apenas nos anos 80, época em que a obra da banda foi redescoberta e transformada em culot por um novo público interessado em novos sons. White Light/ White Heat (1968) sem os vocais de Nico e com Andy Warhol à distância, tornou-se numa das gravações mais extremas, agressivas e ásperas de todos os tempos. uma rápida e suja ode à anfetamina (“White Light/White Heat”), a história sem final feliz do rapaz que se envia de presente para sua namorada (“The Gift”), o caso de um travesti que se submete a uma cirurgia de mudança de sexo (“Lady Godiva’s Operation”), uma canção pop (“Here She Comes Now”) e uma não-música repleta da distorção (“I Heard Her Call My Name”).Cinco faixas estavam no lado A do LP , e apenas uma faixa, ocupa por completo o outro lado do vinil: “Sister Ray”, uma assustadora e adequadamente jam session com 17 minutos e meio de duração. The Velvet Underground (1969) - O terceiro LP não poderia ser mais diferente do anterior. É um disco folk / rock, uma verdadeira calmaria depois da maior de todas as tempestades. A saída de John Cale, mais afeito a maluquices sonoras, fez com que Lou Reed tivesse todo o espaço necessário para o seu ego.
O disco The Velvet Underground, intitulado – provavelmente não por acaso – como se fosse um trabalho de estréia, é um confessionário no qual Reed tenta se redimir de todos os “pecados” cometidos nos discos anteriores. São versos contemplativos (“Candy Says”) e esperançosos (“Beginning to See the Light”), com direito a uma oração (“Jesus”) e uma singela canção de amor (“Pale Blue Eyes”). Até mesmo a mais experimental “The Murder Mistery” – que se tivesse sido registada em White Light/White Heat certamente soaria barulhentíssima – é polida e comportada.
Além disso, duas vozes diferentes são ouvidas: o novo baixista Doug Yule canta “Candy Says” com a suavidade e Moe Tucker fecha o disco exibindo o seu timbre infantil em “After Hours”. O álbum foi lançado originalmente com uma remix chamada the closet mix, que pretendia fazer com que o disco soasse como se tivesse sido gravado dentro de um armário (!?). A versão actualmente disponível em CD, misturada anos mais tarde, traz um som – para o bem ou para o mal – muito menos nebuloso que o original.
Loaded (1971) - Após ser demitido da Verve, onde gravaram os primeiros três álbuns, os Velvet Underground entram na Atlantic Records com o objectivo de fazer um disco limpo – tanto no som quanto nas letras – e repleto de hits em potencial- o trabalho divide opiniões: uns o consideram como o mais bem realizado da banda, enquanto outros o tem como uma tentativa de “rendição ao sistema”. Será uma mistura de ambas.
Lou Reed estava a fim de se tornar uma estrela e usou os Velvet Underground para testar sua capacidade de fazer sucesso – tanto que deixou o grupo antes mesmo do álbum chegar às lojas. A banda que toca em Loaded não é exactamente os Velvet Underground. O baixista Doug Yule canta em quase metade das canções (“Who Loves the Sun”, “New Age”, “Lonesome Cowboy Bill” e “Oh! Sweet Nuthin’”) e a baterista Moe Tucker, cujas batidas eram marca regisrada da banda, estava grávida e foi substituída pelo irmão de Doug, Billy Yule.
Moe Tucker, Sterling Morrison, Doug Yule, Lou Reed
Mas o reconhecimento popular começava a ser esboçado a partir do marcante riff inicial de “Sweet Jane” e do hino “Rock & Roll”, duas canções que logo se tornariam das mais pedidas no repertório a solo de Reed. Loaded foi reeditado, em meados dos anos 90.
Squeeze (1973) - Quando Lou Reed saiu dos Velvet, em 1970, não imaginava o poder que esse nome evocaria mais tarde. Tanto que nem ligou em deixar o grupo em poder do seu membro mais novo e menos prestigiado, Doug Yule. Após alguns shows ainda contando com a presença de Sterling Morrison e Moe Tucker (recentemente lançados na caixa Final VU, de tiragem limitada), Yule ficou sozinho e chamou o baterista Ian Paice, dos Deep Purple, e o guitarrista Willie “Loco” Alexander para mais uma tourné.
Com isso, além de já ser considerado por muita gente como “o idiota que substituiu John Cale”, Doug Yule passou a ser visto também como “o que sujou a reputação dos Velvet Underground”. Só que a culpa, no fim das contas, nem foi dele. Esse trabalho foi concebido como um álbum solo, mas a gravadora obrigou que fosse lançado com o nome da sua ex-banda. Ouvido longe da sombra de Lou Reed, sem o mesmo brilho, lembra um pouco o de Loaded. Squeeze nunca saiu em CD e os poucos LPs até hoje disponíveis são disputados pelos coleccionadores.
1969: Velvet Underground Live (1974) - Não existe registo de nenhum concerto dos Velvet Underground que conte com John Cale e a agressividade sonora dos anos de 1967 e 1968, mas este LP duplo (posteriormente dividido em dois CDs independentes) gravado em 1969 nas cidades de Dallas e San Fancisco mostra um irrepreensível show de rock.
Inclui novos arranjos – mais suaves para “I’m Waiting for My Man” e “Heroin”, além de uma versão de “New Age” com letra completamente diferente da que apareceria em Loaded.
Live at the Max’s Kansas City (1972) - Disco ao vivo gravado em 1970 de forma amadora por um fã presente na platéia do lendário bar de Nova York. Mesmo sem ter uma boa qualidade de som, é essencial por ser uma das últimas apresentações da banda – apesar de contar com as mãos pesadas de Billy Yule empunhando as baquetas. É interessante ouvir Lou Reed cantando “After Hours” e dizendo, depois de escutar um pedido do público, que não toca mais “Heroin”. Ele mudaria de idéia mais tarde.
VU (1985) - Lançado no princípio do revival dos Velvet Underground que perdura até hoje, VU foi o primeiro mergulho no baú de raridades de Lou Reed e companhia. O disco é uma colectânea composta basicamente por faixas que fariam parte do quarto LP, abortado quando os Velvet rompeu com a Verve/MGM.
“I Can’t Stand It” e “Foggy Notion” são algumas das músicas mais exuberantes do grupo, enquanto “Ocean” talvez seja o primeiro exemplar de dream pop da história e “I’m Sticking With You” é mais uma canção com Moe Tucker ao microfone. As duas únicas faixas de 1968, “Stephanie Says” e “Temptation Inside Your Heart”, contam ainda com a presença de John Cale, não destoam nem um pouco das outras e permitem que VU seja um álbum surpreendentemente coeso.
Another View (1986) - A segunda incursão da MGM na arca perdida dso Velvet resultou num disco um pouco menos interessante que seu predecessor.
Live MCMXCIII (1993) - a banda reuniu-se em 1993 e realizou uma tourné pela Europa. Os shows devem ter sido realmente arrepiantes para quem estava na platéia dessa apresentação em Paris – afinal, era Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison e Moe Tucker juntos no mesmo palco. Em disco, porém, as coisas não funcionam tão bem assim. O som é óptimo e o grupo aparenta estar muito bem ensaiado, mas talvez seja exactamente esse o problema: não é um disco dos Velvet Underground inspirado e espontâneo. A banda pretendia levar a tourné para os EUA e, quem sabe, trabalhar num novo disco de estúdio, mas novo desentendimento entre Reed e Cale fez com que todos os planos fossem por água abaixo.
Peel Slowly and See (1995) - caixa com cinco CDs contendo, na íntegra, todos os quatro álbuns oficiais de estúdio e mais um disco com demos de 1965.
Le Bataclan ’72 (2004) - Há décadas rodando entre os coleccionadores como um bootleg , apresentação única que reuniu em França Lou Reed, John Cale e Nico após o fim dos Velvet Underground finalmente é lançado de forma oficial (e luxuosa). É basicamente um “acústico”.
LOU REED gravou o primeiro álbum solo (contou com a participação de Rick Wakeman e Steve Howe) logo após a ruptura dos Velvet, mas não teve uma boa aceitação por parte da crítica e não conseguiu sair da obscuridade.
Porém o seu admirador David Bowie , produzindo o fundamental Transformer – onde estão os clássicos “Walk on the Wild Side”, “Vicious”, “Satellite of Love” e “Perfect Day” . O passo seguinte foi o belo e introspectivo Berlin (1973), tido por boa parte dos fãs como o seu melhor disco.
Metal Machine Music (1975), onde há muito barulho e nenhuma canção o disco, considerado como lixo atómico por muitos e como obra-prima por poucos, deixou bem claro que Reed, assim como Bowie, estava disposto a experimentar formatos diferentes a cada investida. Tanto que Coney Island Baby (1976) chegou às lojas, seguido pelo cru Street Hassle (1978) e o jazzístico The Bells (1979).
Depois de atravessar a década de 80, quando enfrentou sérios problemas com as drogas e lançou New Sensations (1984), Mistrial (1986) e New York (1989) – três discos com um rock convencional , Lou Reed reuniu-se com John Cale para o excelente Songs for Drella, uma homenagem póstuma a Andy Warhol.
No total, a discografia a solo de Lou Reed conta com vinte discos de estúdio e oito ao vivo, além de um batalhão de colectâneas e lançamentos não-oficiais. Trabalhos mais recentes foram o energético Ecstasy (2000) e The Raven (2003), uma espécie de ópera-rock adaptada do poema de Edgard Allan Poe.
JOHN CALE produziu uma carreira solo, desde cedo alternando LPs mais pop e convencionais (como Vintage Violence, de 1970) com discos experimentais (Church of Anthrax, 1971). A função em que mais se destacou, porém, foi a de produtor. Assim que saiu dos Velvet Underground produziu, em 1968, o fundamental álbum de estréia dos Stooges, banda que revelou Iggy Pop.
Cale foi ainda o responsável por outras obras importantes entre elas o primeiro disco de Jonathan Richman and the Modern Lovers (1973) e Horses (1975), de Patti Smith. Além disso, ao longo dos anos, colaborou com artistas como Brian Eno, Nick Drake, Squeeze, Siouxsie & the Banshees, Happy Mondays e Super Furry Animals. Em 1998, compôs a banda sonora para um balet em homenagem a Nico, lançada no CD Dance Music.
Hobo Sapiens (2003), marcou o fim de mais de sete anos de espera por um disco de novas canções – o último havia sido o acessível Walking on Locusts, de 1996.
STERLING MORRISON continuou quieto em seu canto após deixar os Velvet Underground. Virou professor universitário e não lançou nenhum trabalho solo, aparecendo apenas como convidado em alguns discos de amigos (John Cale, Moe Tucker) e, a partir do final da década de 70, fazendo parte de uma banda de bar chamada The Bizarros. Em 1994, participou do segundo disco dos Luna , no qual tocou guitarra em algumas faixas. Morreu no ano seguinte, após passar muito tempo lutando contra um cancro.
Maureen "Moe" Tucker ( na foto com Bono e The Edge dos U2) estritamente autodidacta, Moe desenhou em Bo Diddley e no africano Olatunji as suas influências, saiu da banda e desapareceu pelos subúrbios americanos, casou criando os seus filhos com o salário mínimo que recebia ao trabalhar como caixa num Wal-Mart, mudou-se para Phoenix, onde viveu por 8 anos, e em 1984, mudou-se para Douglas, Geórgia, onde ainda vive. Moe inaugurou a idéia da mulher-como-instrumentista na consciência colectiva no rock n 'roll. Com a popularidade ds Velvet Underground crescendo enormemente a partir dos anos 80, o dinheiro arrecadado com direitos autorais ,Tucker foi redescoberta por uma nova geração de rockers alternativos, entre eles Jad Fair (Half Japanese) e Kim Gordon (Sonic Youth), que a incentivaram a voltar à música.
Felizmente, ela foi capaz de sobreviver e sustentar a família como um músico. Em 1989, encerra esse trabalho para fazer uma tourné pela Europa, passou a tocar guitarra e gravou cinco discos, com destaque para Life in Exile After Abdication (1989) e I Spent a Week There the Other Night (1991). Depois lançou um EP com covers de Phil Spector, um single com regravações das duas músicas que cantava nos Velvet (“After Hours” e “I’m Stick With You"e um album ao vivo registado na tourné pelos EUA. Sterling juntou-se á banda de Moe em 1992 e fizeram 3 ou 4 tours juntos (uma nos Estados Unidos) com Morrison na guitarra, John Sluggett (Half Japanese ) no baixo, Sonny Vincent na guitarra e o ex-Violent Femme Victor DeLorenzo na bateria. Nestes dias, Moe re-explora o seu amor com a bateria tocando na Geórgia com os indie-rockers Magnet, e os experimentalistas Kropotkins .
NICO, ainda em 1967, gravou Chelsea Girl, um belo e estranho disco onde sua voz nada discreta aparece contrastando com singelos arranjos orquestrais. O repertório é formado por canções de seus ex-colegas de banda e outros artistas de peso como Bob Dylan, Tim Hardin e Jackson Browne.
Os três álbuns seguintes, os densos e góticos The Marble Index (1969), Desertshore (1970) e The End (1974), foram produzidos por John Cale e baseados em canções próprias de Nico, que se revelou uma grande compositora de letras intimistas. Assim como Lou Reed, afogou-se em drogas pesadas durante o fim dos anos 70 e boa parte dos 80, época em que lançou os menos celebrados Drama of Exile (1981) e Camera Obscura (1985).
Em 1988, supostamente livre das drogas, sofreu um acidente de bicicleta durante uma visita à Ilha de Ibiza, Espanha, e foi encontrada morta, vítima de uma hemorragia cerebral.
DOUG YULE, após comandar, até 1973, uns Velvet Underground sem nenhum membro original, foi, por mais incrível que pareça, músico de apoio de Lou Reed durante meados da década de 70, chegando a tocar baixo no álbum Sally Can’t Dance. Participou da banda de carreira curta American Flyer e depois ficou por décadas sem dar a cara – provavelmente temendo ser atacado por um bando de fãs de Reed e Cale que o acusassem de oportunista.
Reapareceu em 2002, com o disco Live In Seattle, gravação de um show em que toca várias músicas próprias e um punhado de versões dso Velvet (“Candy Says”, “Beginning to See the Light”, “What Goes On” e “Sweet Jane”).
Os Velvet Underground tem um papel incontestável na história: criaram o rock moderno. A banda abriu caminho para que, no fim dos anos 60 e 70, surgissem nomes como Stooges e MC5 – o chamado protopunk, e os Ramones e os Sex Pistols buscaram fôlego para fundar o punk.
Da new wave ao gótico, ao chamado de alternativo bebeu, de alguma forma, do álcool dos Velvet Underground. Ainda nos anos 70, “Femme Fatale” apareceu no clássico dos Big Star “Third/Sister Lovers” e David Bowie executava uma versão muito pessoal de “White Light/White Heat”.
Na Grã-Bretanha, os Joy Division emularam o lado mais sombrio da banda, enquanto os Jesus & Mary Chain foi fundo na idéia das melodias bonitas em arranjos distorcidos. Os Echo & the Bunnymen costumava tocar “Run Run Run” e “Foggy Notion” nos seus shows; os New Order “Sister Ray”.
Nos primeiros anos da década de 80 surgiu nos EUA um movimento rotulado pela crítica musical como jangle pop, que consistia na retomada de sons “malditos” dos anos 60. Duas bandas desse estilo costumam agradar aos admiradores dos Velvet Underground: The Feelies e The Dream Syndicate.
Os R.E.M. também surgiu nesse meio e gravaram logo no começo de sua carreira, covers de “Pale Blue Eyes”, “Femme Fatale” e “There She Goes Again”. Depois vieram os Pixies, Galaxie 500, Pavement...
Os Nirvana gravaram“Here She Comes Now” no mesmo tributo aos Velvet em que “European Son” foi tocada pelos ingleses Ride.
Os escoceses do Belle and Sebastian, que às vezes tocam “What Goes On” ao vivo, parecem ter baseado toda a sua obra no clima da canção “She’s My Best Friend” e, assim como existe gente que chama aos Oasis uma cópia dos Bealtes, os Strokes foram considerados como um clone moderno dos Velvet. Outras bandas com influencias dos Velvet- - Hefner - Yo La Tengo - Spaceman 3 - Radiohead - Grandaddy - The Smiths - David Bowie - Pavement/Stephen Malkmus - Spiritualized - Supergrass - Billy Bragg - Jeff Buckley - Doves - Elbow - Electric Soft Parade Este espírito continua vivo pelo meio musical, fazendo com que, não sem razão, todas as novas bandas interessantes venham logo a ser comparadas aos Velvet Underground.
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