A internet é hoje em dia o reflexo daquilo que somos para o bem e para o mal. Eu criei este blogue com o objectivo de falar sobre a cultura pop - musica, cinema, livros, fotografia, dança... porque gosto de partilhar a minha paixão, o meu conhecimento a todos. O meu amor pela música é intenso, bem como a minha curiosidade pelo novo. Como não sou um expert em nada, sei um pouco de tudo, e um pouco de nada, o gosto ultrapassa as minhas dificuldades. Todos morremos sem saber para que nascemos.
18/07/2009
FRANK ZAPPA
Frank Zappa, era um génio como todos sabem, um dos maiores nomes da música do século XX. Zappa era um cidadão interessado e preocupado pelo mundo em que vivia e um crítico feroz do american way of life e dos políticos norte-americanos. Na pouca informaçaõ que chegava aportugal nos anos 70/80,os lobbies da imprensa que não simpatizava com ele e com a sua musica dificultava-lhe a vida, deturpando muito do que fazia, empolava certos episódios de forma a fazê-lo aparecer como um excêntrico, coisa que nunca foi.
Ao anunciar o nascimento do seu terceiro filho,Zappa informou que seu nome, Ahmet Rodan, era uma homenagem a um monstro do cinema japonês que tem como dieta consumir jatos 707.
Frank Zappa tem como um dos fãs conhecidos o criador dos Simpsons, Matt Groening. Na Checoslovaquia, a música "Plastic People", do álbum "Absolutely Free", transformou-se, no fim dos anos 60, num hino contra a opressão do antigo regime ditatorial.
Uma das maiores lendas sobre Frank Zappa refere-se ao suposto facto de que num dos seus shows teria comido merda em palco. A lenda foi tão espalhada que Zappa na sua autobiografia, The Real Frank Zappa Book, fala sobre ela: "Eu nunca comi merda no palco, e o mais próximo que cheguei de comer merda em algum lugar foi no Buffet do Holiday Inn em Fayetteville, Carolina do Norte em 1978."
Os problemas estenderem-se às editoras (num dos casos, ficou patente imaginação e o talento de Zappa, que para se livrar de um contrato indesejado, e obrigado a cumprir um número de álbuns, conseguiu gravar 3 LP’s em pouco mais de 24 horas.
As suas composições eram complexas,misturava influências de Stravinski e Stockhausen, com rock e jazz, e os músicos que o acompanhavam tinham sempre de serem perfeccionistas,tanto como ele.Mesmo os Mothers of Invention, o seu primeiro grupo, tinham já essas estruturas complexas, que o levou mesmo a gravar com a Orquestra Filarmónica de Londres.
Depois de Freak Out, o imperdivel e primeiro álbum duplo da história do rock, surgiram álbuns que figuram em qualquer enciclopédia como Absolutely Free, We are only in it for the Money (uma sagaz crítica ao Sgt. Peppers, dos Beatles, Joes Garage, o sétimo álbum Hot Rats, marca uma mudança considerável na carreira de Zappa, que estava numa situação financeira delicada. Diz a lenda que,numa passagem pela Reprise Records (que hoje pertence ao grupo Time-Warner), Zappa presenciou Duke Ellington, um dos maiores músicos da história do jazz,pediu um adiantamento de meros 10 dólares para os executivos da Reprise e não ser atendido.
Esse facto chocou de tal maneira o guitarrista que ele tomou uma decisão radical, rompeu definitivamente os seus laços com a editora. Assim, os Mothers Of Invention foram dissolvidos, e Zappa foi à caça de novos músicos para o seu novo grupo. Os escolhidos foram os violinistas Don Harris e Jean-Luc Ponty, o teclista Ian Underwood e o amigo de longa data Don Van Vilet, Captain Beefheart.
O disco "We´re only in it for the Money" teve a capa original censurada a pedido de Paul McCartney, já que era uma referência crítica à capa do magnífico Sgt. Peppers. Alias, o proprio Paul McCartney confessou ter tido influências do álbum "Freak Out" na relização de Sgt. Peppers.
Zappa era um homem de opiniões e interventivo e nada do que ocorria de importante, lhe passava indiferente, sendo um crítico acérrimo de todos os tipos de droga mas era um fumador inveterado, facto que ajudou à sua morte prematura. Tinha uma teoria sobre a sida, doença na altura ainda numa fase inicial (a morte de FZ ocorreu em 1993). Dizia numa entrevista, que estava convicto que a sida teria sido criada em laboratório com o intuito de “atacar” uma determinada faixa da sociedade, no caso os homossexuais, e que por qualquer razão, teria saído fora de controlo.
Num episodio de Miami Vice rodado em 1986 "The Payback", Frank Zappa encarna um narcotrafricante latino chamado Mario Fuente. Os rasgos sicilianos que o músico herdou do seu pai deram-lhe uma notavel credebilidade. Na sua breve aparição Zappa é detido por Sonny Crockett e Ricardo Tubbs devido aos seus negocios com weasel dust (cocaína).
Não foi o único músico em que lhe ofereceram um papel numa serie. Entre a lista de grandes estrelas encontramos Leonard Cohen, Gene Simmons, Ted Nugent, Phil Collins, Miles Davis, James Brown e Willie Nelson.
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