01/06/2009

Exposição Niki de Saint Phalle

Niki de Saint Phalle: Joie de Vivre, exposição em Évora no Fórum Eugénio de Almeida. Nesta exposição inédita em Portugal, mostram-se 13 esculturas e 30 serigrafias, litografias e gravuras de um dos mais emblemáticos nomes da Pop Art e do Nouveau Réalisme, nunca antes objecto de uma exposição individual em Portugal. Alegria, vigor e uma energia quase telúrica emanam destas obras como uma respiração. São peças vivas, que exaltam o Amor, a Liberdade e a Mulher. Que falam das transformações interiores e dos labirintos do inconsciente. E também do bem e do mal, do riso, da ternura, do medo… O universo de Niki de Saint Phalle, construído a partir das suas paixões e inquietações, é feito de linhas e formas sinuosas, iluminado por cores explosivas e transbordante de humor.Esta exposição contém obras da fase tardia de criação de St. Phalle da sua fase mais conhecida, como o símbolo as Nanas. Niki de St. Phalle teve uma relação muito problemática com os homens, talvez por ter sido violada pelo pai, um coração partido, um ódio aos homens que em geral ela descreve em algumas obras violentas.Na época mais leve e alegre das Nanas é como se St. Phalle tivesse deixado sair todo o seu ódio,e os seus traumas. Niki de Saint Phalle foi escultora, pintora, arquitecta, modelo fotográfico, actriz, teatróloga, cenógrafa, estilista e designer. Fez parte do grupo dos novos realistas, criado em França na década de 60 do séc. XX, e foi, segundo a crítica especializada, a intermediária entre os movimentos avant garde americano e francês.
Escultora, escritora, cenógrafa e realizadora de naturalidade francesa, Marie-Agnès Fal de Saint-Phalle, nascida em Neuilly-sur-Seine e falecida em San Diego, passou os primeiros vinte anos da sua vida nos Estados Unidos. No seu regresso à Europa, o seu reconhecimento público foi conseguido pela criação da série Tirs (1960-61), através da qual ficou associada ao movimento do Nouveau Réalisme. As suas esculturas são feitas com os chamados objects trouvés e brinquedos de plástico, e os temas mais favorecidos são os monstros e outras criaturas fantásticas. As séries que executou de seguida demonstravam uma certa preocupação com a representação da mulher, como a série "Noivas", e "Nanas", mulheres gordas e coloridas, em poliester. Na segunda metade da década de 60, Saint-Phalle dedicou-se quase exclusivamente às esculturas monumentais, por vezes dirigidas às crianças. Produziu ainda numerosas ilustrações para livros, cenários de ballet e realizou filmes. Em 1986 publicou Aids, You Can't Catch it Holding, uma combinação de texto e imagens. Em 1993 foi-lhe consagrada uma grande exposição individual no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris e em 1998 participou na Bienal de Veneza. O carácter espectacular e vistoso das suas esculturas tem muito em comum com a Arte Pop. As suas obras mais tardias como "A Fonte de Igor S travinski" em Paris, e o "Jardim dos Tarots" na Toscania, ou os "Meta-Tinguely" em homenagem ao seu marido, misturam poesia e humor, espírito de jogo e angústia.

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