23/05/2009

SIMPLE MINDS

Quem não se lembra dos primeiros albums dos Simple Minds? Eu lembro-me muito bem é da primeira parte deles (a entrada com as vassouras )no velhinho Pavilhão Infante Sagres, no Porto ,quando abriram o excelente concerto de Peter Gabriel (entrou pelo meio do publíco, e eu atrás dele).Grafitti Soul assinala três décadas de carreira dos Simple Minds que regressam para a semana com o novo álbum. Entrevista a Jim Kerr: Este álbum transmite uma mensagem positiva? Num sentido e este é um álbum energético e acho que essa energia é positiva. Noutros álbuns tinham influências muito politicas. Neste não tiveram essa preocupação? Os nossos álbuns políticos foram há uns anos e foram bons. As canções falavam dos temas da actualidade da altura. Os temas nunca mudam, mas achamos que já fizemos a nossa parte politica. Não digo que nunca o faríamos de novo, porque o que fazemos pode ser feito um ano depois, mas toda a natureza da política mudou entretanto. Mas continuam preocupados com o que se passa mas não o reflectem na vossa música? Claro que nos preocupamos com o mundo e com as asneiras que os governos têm feito! Penso que foi importante reflecti-lo na nossa música quando o fizemos e que é importante não dizermos sempre as mesmas coisas, em todos os discos. Foi uma opção comercial ter apenas 8 temas? O álbum tem uns temas bónus e acaba por ter 10, mas acho que na nossa geração quando se ouve um álbum o que se vê em 8 temas, vê-se em 10 ou em 40 minutos. Por isso qual é o objectivo. Ninguém faz um grande álbum de 14 ou 15 canções. Fica desfocado. Alem disso o que interessa é mesmo a qualidade e não a quantidade. Por isso todas as canções deste álbum são importantes. É impossível escolher uma? São todas brilhantes! Eu consigo escolher, e gosto da canção que abre o disco. Chama-se Moscow Underground, que é irónico. Viajo por toda o mundo e ironicamente não fui ainda a Moscovo. A ideia da canção veio de um postal que me mandaram e tinha uma mensagem atrás que me inspirou. Em algumas formas, acho que todas as canções são como pequenos postais separados mas de alguma forma ligados uns aos outros. Pegando noutro tema, o que o inspirou na música Kiss and Fly? Essa é boa! Estava num aeroporto em França e há uma frase à porta que eu sempre quis usar numa música Kiss and Fly. O que significa é que eles não gostam que as pessoas estacionem à porta. Em França eles são muito românticos e então deixam as pessoas estacionarem uns minutos para despedir antes de voar. Achei querido e fez-me rir. Mas isso também diz muito sobre a minha vida, sempre a passar, a viajar.

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