
Wilco, o grupo, o mito, estreia-se em Portugal em Maio. Banda que revolve as raízes da música americana desde a segunda metade dos anos 1990, banda que, liderada pelo atormentado Jeff Tweedy, um Townes Van Zandt movida a electricidade e anfetaminas, se tornou fenómeno indie com a edição de "Yankee Hotel Foxtrot", em 2002, são um dos maiores tesouros da música popular urbana da última década. Actuam, dia 30 de Maio, no Theatro Circo, em Braga. A 31, descem até Lisboa, ao Coliseu dos Recreios.
Formados em 1994 das cinzas dos Uncle Tupelo, precursores do chamado "alt-country", partiram da vasta paisagem da tradição americana e, pelo caminho, foram incorporando no seu seio uma série de referências exteriores. Os ritmos propulsores do kraut-rock, a ambição dos Television ou as novas potencialidades da electrónica - que exploraram em "Yankee Hotel Foxtrot" ou em "A Ghost Is Born", antes de regressarem progressivamente às origens.
De certa forma, e apesar da personalidade que lhe confere, por exemplo, o talento de um baterista como Glenn Kotche, são banda de um homem, Jeff Tweedy, da sua visão musical e dos demónios que, durante anos, a alimentaram.
"Sky Blue Sky", editado em 2007, é o último álbum da banda e aquele que apresentarão em Braga e Lisboa. Tendo em conta a relevância do momento, será mero pormenor. Celebrar-se-á um dos mais discretos (em exposição mediática), consistentes e inventivos monumentos musicais americanos dos últimos tempos.
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