20/03/2009

WILLIAM GOLDING

Um dos mais perturbadores e aclamados romances da actualidadade. Publicado originalmente em 1954, o Deus das Moscas tornou-se um best-seller em finais da década de 60. William Golding (prémio Nobel da Literatura em 1983) retrata através de um grupo de crianças abandonadas numa ilha deserta um microcosmo dos problemas actuais da sociedade. Na luta pela sobrevivência caminha-se da solidariedade para o barbarismo e do barbarismo para a animalidade. A linha que separa os instintos primordiais do homo sapiens do homem actual e civilizado é rapidamente rompida. À medida que prosseguimos assistimos impávidos à degradação moral do bem e desumanização do homem. Já dizia o autor «o homem produz o mal, como uma abelha produz mel». Sem margem para dúvidas e aquém das múltiplas interpretações que a obra merece, o Deus das Moscas é um romance pessimista! William Golding (1911-1993), romancista inglês, Prémio Nobel em 1983, nasceu na Cornualha e cursou a Universidade de Oxford, dedicando-se ao estudo da Literatura inglesa. Professor, abandonou a profissão durante a II Grande Guerra, tendo servido na Royal Navy. Depois da Guerra, Golding deu-se à escrita. 0 seu primeiro romance, em 1954, O Deus das Moscas (filme de Peter Brook em 1963), foi um sucesso, tendo a crítica internacional considerado a obra como uma das maiores do século XX. Depois deste seu primeiro título (traduzido em todo o mundo culto), Golding escreveu ainda Os Herdeiros (1955), Pincher Martin (1956), Borboleta de Latão (1958) e Queda Livre (1959). Outras obras: Rites of Passage (1980), Close Quarters (1987) e Fire Down Below (1989). Escreveu também vários ensaios - e o seu último romance, The Double Tongue, foi publicado postumamente em 1995. Em 88, foi elevado ao grau de Cavaleiro, juntando ao seu nome o título de Sir.

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