03/01/2009

BRION GYSIN

Outono de 1982, Brixton, Londres,Brion Gysin, o eterno cúmplice de William Burroughs, renova os seus métodos de actuação ao recitar textos organizados por:Tessa, membro das Slits,Steve, dos Rip, Rig and Panic,Gile, dos Penguin Café Orchestra,e com a colaboração de Ramuntcho Matta na guitarra.Ramuntcho, muito no estilo de Brion, chamou a esta sessão WHITE FUNK.
A maioria dos textos foram escritos aquando dos seus encontros com Burroughs, por altura da invenção da técnica do cut-up. A influência que Brion Gysin teve na música contemporânea poderá nunca ser devidamente avaliada, em particular quando apresentou a Brian Jones, dos Rolling Stones, a música dos pastores de Joujouka.
Musicalmente, a escolha de instrumentos tradicionais reflecte o desejo de não incluir maquinas no processo (porque, como Burroughs dizia, "nós próprios somos máquinas").
Foi ele quem cunhou os procedimentos de “cut-up” que viriam a ser celebrizados por William S. Burroughs e foi ele também quem inventou a “dream machine”, um dispositivo alucinogénico que pretendia substituir a ingestão de ácidos. Não menos importante, foi Brion Gysin o ocidental que primeiro descobriu a música de transe da aldeia de Jajouka, Marrocos, e a deu a ouvir a Brian Jones, o fundador dos Rolling Stones que uma década mais tarde a recolheu e apresentou em disco, e a Ornette Coleman, tendo este último, aliás, convidado o clã Attar a tocar consigo em estúdio e nalguns palcos americanos e europeus. Poeta, romancista, pintor, escultor e músico.
Brion Gysin«Live in London 1982». Conceptual Art ,Experimental, Sound Collagel.

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