Chega ao mercado de DVD a primeira adaptação do romance '1984' ao formato de um espectáculo musical, com a assinatura do maestro e compositor Lorin Maazel. Ao mesmo tempo surge nas livrarias portuguesas o romance 'A Quinta dos Animais', também de Orwell, em nova tradução.Poucos livros de ficção científica tiveram um impacte na cultura popular do século XX como 1984, o último romance de George Orwell, originalmente publicado em 1949. Retrato aterrador de vidas sob o jugo de um regime totalitário que mantinha os seus cidadãos "informados" por constantes comunicados de propaganda e, ao mesmo tempo, subjugados por sistemas de vigilância permanentes, 1984 foi tomado como referência para filmes, canções e até mesmo um formato de reality show televisivo, adoptando este o nome que Orwell criou para o líder do seu mundo distópico: o Big Brother...Em 1974, David Bowie tentou criar uma primeira abordagem musical ao mundo e personagens do 1984 de Orwell. Porém, desencantada com a primeira adaptação do romance ao cinema (em 1956, com realização de Michael Anderson), a viúva do escritor não autorizou a adaptação. Apesar de ter já algumas canções escritas, o musical ficou na gaveta. Mas da ideia nasceria o álbum Diamong Dogs .Em 2005, coube ao maestro e compositor Lorin Maazel o desafio de transformar o romance de Orwell num espectáculo musical. Com li-breto de J. D. McClatchy e Thomas Meehan, 1984 (a ópera) estreou--se em Londres, na Royal Opera House, em Maio de 2005. Maazel, que contava já 75 anos (e 50 de carreira) quando aceitou finalmente o desafio de compor 1984, confessou, na altura, que escrever uma ópera era o último dos seus pensamentos, justificando assim os anos que levou a dar o sim. A produção, que contou com o trabalho de encenação de Robert Lepage, atingiu valores significativos. O próprio compositor chegou mesmo a criar uma pequena empresa, através da qual financiou parte do projecto, contribuindo com parte do orçamento. Agora, 1984 chega a DVD em imagens captadas em Covent Garden em 2005, num filme realizado por Brian Large. Como extra, uma contextualização da história.
Diário Noticias
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