A edição de livros nacionais no que diz respeito à área da música,em Portugal é muito pobre. Com a excepção de alguns exemplos, não existem edições sérias e empenhadas na análise, estudo e divulgação da música nos seus diversos géneros. Os livros que actualmente existem são, na sua maioria, desenvolvidos sob a forma de biografias,e o novo fenómeno é as editoras endeusarem os seus musicos ou os amigos escreverem sobre os seus amigos musicos, e quando o fazem centram-se unicamente na personagem. Ainda assim há alguns exemplos dignos de registo. O livro (tenho a primeira edição) do Miguel Esteves Cardoso,Escrítica Pop:um quarto da década do rock-80-82 , João Lisboa, histórico jornalista do jornal Expresso, editou em 1998 o livro Provas de Contacto, uma colectânea de (entrevistas e críticas) que nos dá uma visão alargada e bem conseguida sobre a música pop do final do século XX.o O jazz e música improvisada têm tido atenção especial. Neste campo, são nomes fundamentais na musicologia portuguesa Rui Eduardo Paes e Jorge Lima Barreto – e as edições de José Duarte. Rui E.Paes, desde 1985 que documenta as "novas músicas" em ensaios como: Stravinsky Morreu, Ruínas, A Música de Arte no Final do Século, Cyber-Parker, A Orelha Perdida de Van Gogh e Phonomaton. Jorge Lima Barreto é o mais antigo documentador/musicólogo nacional,desde 1967. Licenciado em Historia de Arte , (Universidade do Porto, 1974-78) e é doutorado em Musicologia e Teoria da Comunicação (Universidade Nova de Lisboa, 1995)e em simultâneo com grupo Telectu ou a solo, Barreto editou titulos dedicados às diversas músicas: Revolução do Jazz (1972), Jazz-Off (1973), Rock Trip (1974), Grande Música Negra (1974), Musicónimos (1977), Rock & Droga (1982),Droga de Rock! (1984), Música Minimal Repetitiva (1990), JazzArte (1994), O Siamês Telefax Stradivarius (1995), Música e Mass Media (1996), Musa-Lusa, b-boy (1998) Zapp (2000), Os Musíadas (no prelo) e JazzArte 2 (no prelo).. Já os comprei e li a maioria destes livros. Recomendo.Obrigatório.
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