No início dos anos 80, a auto-estima dos portugueses andava pelas ruas da amargura. Um pouco como por estes dias, com a agravante de, naquela época, não existirem nem Figos nem Cristianos Ronaldos que salvassem a Pátria.Até que surgiram os Heróis do Mar com um ideário que partia da cartilha do Colégio Militar, a que juntavam a música pop up to date , coreografias à Dexy's Midnight Runners e fatiotas ora marciais ora inspiradas na vanguarda da moda. Um cocktail explosivo que gerou reacções agrestes junto da imprensa, capazes de gerar uma célebre polémica entre Miguel Esteves Cardoso e António Duarte nas páginas do semanário Se7e.
A atitude guerreira, disposta a celebrar os feitos da Nação, caía mal na intelectualidade esquerdista que associava a direita, em termos musicais, ao faduncho e ao culto atávico da saudade. Esse era o tempo da organização terrorista FP-25 de Abril e também dos Heróis do Mar, que viriam a editar o seu primeiro álbum, um marco na música pop portuguesa, no final de 1981. Apresentaram-no pela primeira vez, ao vivo, no Rock Rendez-Vous, em Lisboa, no dia em que passava mais um aniversário do 25 de Novembro, data em que terminou o Processo Revolucionário Em Curso. Não há coincidências, diria uma escritora light , e o certo é que as hostes se agitaram correndo o rumor de que Jaime Neves, o comando que levou por diante o contra-golpe, haveria de irromper pela sala da Rua da Beneficência adentro. Era mesmo boato. Semanas mais tarde, os Heróis do Mar seriam considerados pela revista britânica The Face a melhor banda da Europa continental.
A atitude guerreira, disposta a celebrar os feitos da Nação, caía mal na intelectualidade esquerdista que associava a direita, em termos musicais, ao faduncho e ao culto atávico da saudade. Esse era o tempo da organização terrorista FP-25 de Abril e também dos Heróis do Mar, que viriam a editar o seu primeiro álbum, um marco na música pop portuguesa, no final de 1981. Apresentaram-no pela primeira vez, ao vivo, no Rock Rendez-Vous, em Lisboa, no dia em que passava mais um aniversário do 25 de Novembro, data em que terminou o Processo Revolucionário Em Curso. Não há coincidências, diria uma escritora light , e o certo é que as hostes se agitaram correndo o rumor de que Jaime Neves, o comando que levou por diante o contra-golpe, haveria de irromper pela sala da Rua da Beneficência adentro. Era mesmo boato. Semanas mais tarde, os Heróis do Mar seriam considerados pela revista britânica The Face a melhor banda da Europa continental.
"In Blitz"
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