Durante uns bons anos Mayo Thompson que é os the Red Krayola, independentemente de quem o acompanha foi uma figura de culto ,nome levemente reconhecivel da maioria .Gente que mesmo sem termos ouvido ,colocávamos ao lado dos United States of America,Captain Beefheart,Silver Apples, Fugs ou, 13 th Floor Elevators,ou seja das luminarias de um psicadelismo negro,criando uma nova categoria maldita, a dos que recusaram a bitola por padrões incipientes como melodia. Felizmente o tempo veio dar-lhe razão,as obras vão sendo reeditadas e Mayo faz juz a uma boa parte da reputação. Desde 1967 com «parable arable land » dedicou-se a criar todo um genero, todo um mundo.O primeiro disco era tão psicadélico num instante quanto no seguinte se atirava ao ruido e tudo isto com uma parafernalia de instrumentos. O segundo «god bless red krayola »trazia outras perolas,menos violento,centrado em pequenas faixas.Coisas que Mayo continuou a fazer em inumeros discos,e com passagem pelos Pere Ubu pelo meio. Avançando para «introduction »com John Mc Entire, poucas vezes Mayo escreveu tão normais canções, acaba por funcionar como um resumo alargado do que é o indie-rock.Por vezes assemelha-se aos Silver Jews,outras a baladas funerais de Dany Cohen,os riffs tem código genético de uns Slint,no fim há sinos soando a festins orgiásticos de Julian Cope.Num universo de melodias ,distorção ,mais refrão e na espantosa canção «vexations »só com duas guitarras Mayo canta «life ,oh,life,where did we go wrong ?»
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