21/04/2008

BLACK ANGELS-B52-SIMON JOYNER-ENO/BYRNE-REVIEWS




Já ouviram falar dos Comsat Angels??Na mitica discoteca de Matosinhos/Leça (existe á mais de 50 anos)chamada BATÔ,o reconhecido Dj Chibanga quando passava Comsat Angels, Blancmange, The The,Pylon, the Sound, Clash,B52,The Call Chameleons.........toda agente regressava á pista para dançar/ouvir sim porque era o unico sitio que passava musica alternativa(isto á 25 anos atrás!!!)Foi reditada a obra completa de uma das mais obscuras e importantes bandas do post-punk.Em «Rip It Up and Start Again:post-punk 1978-1984»como deven saber é a enciclopedia,a obra dereferencia publicada po Simon Reynolds,não lhes dedica uma linha.É preciso ir ao site «faber.co.uk»para nos anexos que Reynolds aí decidiu na secção «post-punk esoterica» se descobrir uma palavra aos Comsat Angels,enquanto rivais dos Gang of Four.Reynolds que tem sempre razão,falhou o alvo porque que distingiu a banda de Sheffield ,cujo nome foi retirado de um conto de J.G.Ballard,não fica por aqui«on the beach» do primeiro album alude ao livro homonimo de Nevil Shutle,e o titulo da colecção de sessões para a BBC «time considered as a helix...» provem de uma short-story de Samuel R. Delany - (estas correcções foram escritas por João lisboa)A banda com a sua singularidade,pouco comparavel a qualquer outra da época assegurou-lhes um lugar cativo de culto mas tambem os lançou na obscuridade.«waiting for a miracle«1980 e «sleep no more»1981 merecem ser colocados a par de «unknown pleasures»dos Joy Division,«heaven up here/porcupine» dos Echo and Bunnymen,«jeopardy«the Sound,«the correct use of soap»Magazine e de «entertainment» dos Gang of Four no quadro de honra do post-punk Britanico. Areedicção conta ainda com o ainda bom album «fiction» e a recuperação de 79-84 para o p+rograma de John Peel.Depois fora da Polydor é menos interessante,a musica dos Comsat Angels vivia do jogo/tensão entre a bateria tribal á (Maureen Tucker) de Mik Glaisher, a intensidade da guitarra de Steve Fellows,os teclados quase »krautrock" de Andy peake e o baixo d eKevin Bacon alem da intensidadwe das letras psicóticas de Fellows.A descobrirem.





Nos principios dos anos 80, quando comecei a ter algum dinheiro disponível para comprar musica, um album que me marcou foi «My life in the bush of gosths »,não sabia o que tinha em mãos, nem o que estava a ouvir. Em 1979 na mesma altura em que Holger Czukay e os Can se entregavam ás suas «ethnic forgeris» os Talking Heads tinham acabado a digressão de « Fear of Music».Biryne e Brian Eno encontraram-se para ouvir discos daquilo que ainda ninguem chamara «world music». Os antecedentes que Eno reivindica nos textos do "booklet" que acompanha a reedição de « My life......»(acrescentado de um filme de Bruce Conner), eram Cage, Pierre Schaffer, Steve Reich, Stockhausen, musica Africana ,Árabe,funk, Dub, e o Roots -Reggae. Inventaram o «sampling» sobre ritmos densos minimais, vozes étnicas pregadores radiofonicos «foud vocals» acabando por lhe dar o titulo de um romance do Nigereano Amos Tutuola, que nenhum deles havia lido. Um classico absoluto.Imprescindivel.

Juntos Novamente. Quase três décadas desde que trabalharam juntos nos Talking Heads, e 27 anos depois do lançamento original de «My Life in a Bush de Ghosts,». Após realizar com Paul Simon a 9 de Abril o evento na Brooklyn Academy of Music ,Byrne disse ao NME, "os actuais planos incluem "acabamento de um registo com Brian Eno, um músico que eu trabalho já á 30 anos. Nós fizemos um conjunto de canções que será editado brevemente".

O Daily Swarm relata que a nova colaboração Byrne/Eno sairá via Nonesuch antes do final de 2008. Entretanto, Byrne está ocupado e preocupado com a hipoteca crise económica dos E.U. e Eno está á trabalhar com os U2, e também colaborou no próximo álbum dos Coldplay.


Os Islands vão percorrer toda a América do Norte em tourné nesta primavera e verão ,Nick Thorburn e co. ,estarão na estrada para apoiar o "sophomore" próximo álbum da banda« Arm's Way».



Não é defender os "outsiders" como sendo os puristas e os independentes na musica popular urbana, mas á algo que chama a atenção em Simon Joyner.Tem 40anos começou a gravar discos em 1993,para pequenas editoras,sem querer saber se serão 10 ou 20 mil tipos a comprar-lhe os discos,não faz digressões e raramente dá concertos.Qualquer coisa relacionado com não comprometer a sua arte com não corromper a sua inspiração pela banalização do acto criativo, pormenores... Joyner gravou até agora 7 albums, um EP, um disco de versões de obscuros cantores folk, e estrelas-Phil Ochs, Kris Kristoferson,. o album «beatiful losers» reúne 21 canções editadas entre 1994-1999. Descobre-se Conor Oberst, seu conterraneo de Omaha, Neil Young, Skipe Spence(de quem eu tenho uma obra-prima na minha colecção de cds),alguem que Devendra Banhart terá ouvido na sua formação, e Donovan. Há algo de especial em Simon,não só por dar boas entrevistas, mas por ter um discurso inteligente, e conhecimento da obra de Dylan,Woody Guthrie,Beatles,Pavement ou dos Velvet Underground.O espirito eremita os versos das canções "you´re a fearful man/your eyes dance along the landscape/looking for the best place to roam" ou "this is a not songs/this is one those vivid dreams/this is not a song/but the music´s just the same" os elogios,só vem aumentar o culto em volta da sua personagem.



Os B52 sempre foram uma banda simpática,lembram-me memorias passadas, experiencias, tardes em que nos reuníamos em casa de colegas para ouvir musica , falar, revelar as nossas bandas favoritas......bons tempos,(hoje está a desaparecer). Os B52 regressam 16 anos depois de um grande período de inactividade, mas nunca deixando de dar concertos. Com um novo trabalho de originais lançaram «Funplex». Os dois primeiros discos de originais foram muito estimulantes numa banda que nunca tiveram muitos seguidores,com uma atitude descomplexa, muito humor ,visual "kitsch" e de sonoridades pop/new wave/electronica dançavel, misturada pelas guitarras "funky" de Fred Schneider, e das vozes sexy cativante da dupla- Kate Pierson e Cindy Wilson. Não vêm reinventar nada mas é sempre bem vindo o regresso dos estimulantes B52.

Desde as suas primeiras notas, o humor foi definido: deliciosamente escuro e lascivo eles fazem o tipo de música, em que o termo psychedelic nasceu para os descrever.O vocalista Alex Maas lembra o trágico "frontman" Jeffrey Lee Pierce, dos Gun Club mas ao vivo ele consegue transmitir uma presença mais próxima de Jim Morrison. Simultaneamente introvertidos mas com "verve", tem um timbre vocal semelhante a Richard Ashcroft. Som, fluido erupção em wah-wah', ruído, guitarras de reminiscentes de uns Spacemen 3, Loop, groove dos Queen of Stone Age, rebeldia de Brian J. Massacre, 60s psychedelics, muitas vezes comparados aos Velvet.

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