10/11/2007

Rolling Stone

A revista Rolling Stone cumpriu ontem 40 anos,Ralph J. GLEASON e JANN S. WENNER foram os fundadores. Em 1967, Jann Wenner identificava-se mais com a emergente cultura hippie do que com a vida académica que levava em Berkeley. Inconformado, contraiu um empréstimo com a família da sua futura mulher, Jane, no valor de 7500 dólares. Com a colaboração de Ralph J. Gleason, fundou a Rolling Stone, revista que acabou por influenciar não só o futuro das publicações culturais até hoje mas também toda a cultura pop. Ontem, a Rolling Stone comemorou 40 anos.A 9 de Novembro de 1967, o primeiro número da revista surgia com John Lennon na primeira página (enquanto protagonista do filme How I Won The War) e tentava fazer valer os seus propósitos, utilizando métodos de carimbo mais jornalístico que a concorrência, que dava maior protagonismo à realidade política e social. Da caricatura do serial killer Charles Manson à fotografia de John Lennon nu, junto a Yoko Ono, com autoria de Annie Leibovitz (foto tirada na véspera da morte do ex-Beatle), chegando à capa que comemorou o número mil (reinterpretação de Sargeant Pepper's..., dos Beatles), no ano passado, a Rolling Stone é exemplo iconográfico tomado como modelo. O próprio Jann Wenner definiu a sua criação como uma publicação que versa "não só sobre música mas sobre tudo o que esta expressão abrange, da imagem à atitude".No início da década de 70, o quotidiano norte-americano passou para as páginas da revista. Hunter S. Thompson foi um dos colaboradores que mais marcou a personalidade da Rolling Stone enquanto entidade de convicção liberal. O jornalista publicaria mesmo Fear and Loathing in Las Vegas nas suas páginas e ali escreveria até à sua morte. O realizador Cameron Crowe foi também um dos seus mais famosos colaboradores, ele que recordou primeiras experiências a bordo da Rolling Stone com o filme Quase Famosos (1996).Hoje, a Rolling Stone é vista como "instituição cultural", entidade internacional que, partindo da realidade social, política e cultural dos EUA, acaba por expressar (ao mesmo tempo que influencia) todos os mercados que toca. Ainda que tenha sido acusada de corporativista (sobretudo durante os anos 80) e pouco arrojada na altura de arriscar nomes para o futuro, nenhum outro título da imprensa pop contemporânea possui o seu estatuto de altar com o poder de consagrar quem por ele passa.

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