
A outra China moderna.Há arte contemporânea na China. Ao lado da Cidade Proibida e da Grande Muralha, a arte contemporânea chinesa já ocupa o primeiro lugar nos preços. De grupos paralelos na sociedade - e potencialmente perigosos - os artistas da primeira, segunda e terceira gerações desde a Reforma, são hoje uma face da China modernA. A divulgação já chegou à rua, os taxistas de Pequim já não vacilam ao ouvir o nome “Dashanzi” como acontecia em 2003 quando o espaço abria as primeiras galerias de arte independente em Pequim.
Hoje um total de cerca de 300 galerias, estúdios e lojas dividem-se entre 30 mil metros quadrados na antiga 798, a companhia pública de Electrónica, construída nos anos 50 com a ajuda financeira da União Soviética e da Alemanha de Leste na concepção da arquitectura das fábricas.
No festival de Dashanzi, o fotógrafo Yu Na, em colaboração com uma antiga prostituta apresenta dez trabalhos em que ela pousa sempre nua com um conjunto de empresários. Baseado numa história verídica, esta exibição é acompanhada do diário dela, escrito à mão e ampliado ao lado das fotos, onde conta a sua história desde pequena e como era feito todo o trabalho nos clubes e hotéis por onde passou. A jovem descreve com realismo que tipo de clientes recebia falando do estatuto que estes têm na sociedade.
O tema da prostituição através deste sistema reflecte a cultura chinesa, agora mais do que nunca, extremamente tensa entre seu profundo apego à tradição e à cada vez mais estreito contacto com europeus ou culturas ocidentais -E.U.A. .O modelo de todas as suas fotografias é uma mulher de beleza embaraçosa no catálogo que descreve a sua vida: nascida numa pequena cidade a trabalhar como uma garçonete e depois como uma prostituta para ganhar algum dinheiro.
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