"O espetáculo dos Heróis do Mar, previsto para o dia 30 de novembro
de 2013, no Pavilhão Atlântico (em Lisboa), está cancelado", afirma em
comunicado a Uguru.
A empresa de António Cunha responsabiliza a produtora Take Off por
"incumprimento grave do contrato, que inviabilizou toda a preparação
que estava em curso, bem como o referido concerto".
À Lusa, António Cunha afirmou-se "surpreendido" com a situação,
"após negociações que levaram três meses", e acrescentou que irá
remeter o assunto para o seu setor jurídico.
No mesmo comunicado lê-se que "a Uguru e os Heróis do Mar lamentam
toda esta situação e o inconveniente causado, não só às pessoas que já
tinham adquirido o seu bilhete, bem como a todos os fans que
diariamente têm demonstrado ao grupo o seu entusiamo com esta
iniciativa".
A realização do concerto, que reunia a banda na maior sala de
concertos da capital, após 23 anos de ausência dos palcos e dos
estúdios, foi confirmada no dia 27 de março, à Lusa, pelo músico Pedro
Ayres Magalhães.
Os Heróis do Mar, que reuniram Rui Pregal da Cunha (voz), Pedro
Ayres Magalhães (guitarra baixo), Paulo Pedro Gonçalves (guitarra),
Carlos Maria Trindade (teclados) e Tó Zé Almeida (bateria), formaram-se
em 1981.
Lançaram quatro álbuns e um mini-EP, tendo constituído uma das
bandas da pop portuguesa com mais êxitos no mercado, até à separação,
em 1990.
A internet é hoje em dia o reflexo daquilo que somos para o bem e para o mal. Eu criei este blogue com o objectivo de falar sobre a cultura pop - musica, cinema, livros, fotografia, dança... porque gosto de partilhar a minha paixão, o meu conhecimento a todos. O meu amor pela música é intenso, bem como a minha curiosidade pelo novo. Como não sou um expert em nada, sei um pouco de tudo, e um pouco de nada, o gosto ultrapassa as minhas dificuldades. Todos morremos sem saber para que nascemos.
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14/04/2013
01/04/2013
HEROIS DO MAR 23 ANOS DEPOIS
Heróis do Mar marcam concerto para 30 de novembro. O último concerto da banda foi há 23 anos.
Formada em março de 1981, a banda portuguesa volta a juntar-se ao fim de 23 anos e com a sua formação original, que inclui o baixista Pedro Ayres Magalhães, o vocalista Rui Pregal da Cunha, o guitarrista Pedro Paulo Gonçalves, o teclista Carlos Maria Trindade e o baterista Tozé Almeida.
De acordo com a revista «Blitz», o tempo de celebração daquela que é considerada uma das bandas portuguesas mais marcantes da década de 80 começa, no entanto, já no próximo mês, com um encontro em palco, dia 19, no Ritz Clube. Manuel Fúria, ex-Golpes, irá interpretar na integra «A Mãe», o segundo álbum dos Heróis do Mar, com a colaboração de Rui Pregal da Cunha. Um concerto integrado a programação Indie by Night do festival Indie Lisboa.
Os bilhetes para o Pavilhão Atlântico custam entre 25 e 45 euros e serão postos à venda a 1 de abril.
Formada em março de 1981, a banda portuguesa volta a juntar-se ao fim de 23 anos e com a sua formação original, que inclui o baixista Pedro Ayres Magalhães, o vocalista Rui Pregal da Cunha, o guitarrista Pedro Paulo Gonçalves, o teclista Carlos Maria Trindade e o baterista Tozé Almeida.
De acordo com a revista «Blitz», o tempo de celebração daquela que é considerada uma das bandas portuguesas mais marcantes da década de 80 começa, no entanto, já no próximo mês, com um encontro em palco, dia 19, no Ritz Clube. Manuel Fúria, ex-Golpes, irá interpretar na integra «A Mãe», o segundo álbum dos Heróis do Mar, com a colaboração de Rui Pregal da Cunha. Um concerto integrado a programação Indie by Night do festival Indie Lisboa.
Os bilhetes para o Pavilhão Atlântico custam entre 25 e 45 euros e serão postos à venda a 1 de abril.
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27/11/2011
Heróis do Mar
Um “sarilho institucional” marcou, há 30 anos, o início da carreira dos Heróis do Mar, mas com “Amor” e “Paixão” o grupo acabou por cair nas graças de um país onde “tudo era tabu”.
Em 1981, cinco jovens portugueses formaram uma banda pop-rock e adoptaram um visual de estilo militar onde figurava a cruz de Cristo. As letras das músicas que cantavam glorificavam a pátria.
Isso foi o suficiente para que Paulo Pedro Gonçalves (guitarra), Carlos Maria Trindade (teclas), Tozé Almeida (bateria), Pedro Ayres Magalhães (baixo) e Rui Pregal da Cunha (voz) fossem acusados de um nacionalismo exacerbado.
Mas eles só queriam ser “um grupo de teatro musical”, numa época “bastante diferente em que tudo era tabu e o que não fosse o programa do sistema político era vilipendiado”, disse Pedro Ayres Magalhães em entrevista à agência Lusa.
“O que estávamos a fazer não tinha nada de especial. Queríamos ser um grupo de teatro musical. Queríamos representar e essa representação não era entendida pela cultura da época senão dentro de um teatro”, recordou.
Rui Pregal da Cunha acredita que se fosse hoje não aconteceria o mesmo.
“As pessoas hoje são mais ‘blasé’. Os portugueses eram muito infantis na altura. Uns gajos assim vestidos no ‘Passeio dos Alegres’ [programa de televisão] fazia-lhes muita confusão”, disse à Lusa.
Os músicos recordam o tempo em que “não se podia tocar guitarras eléctricas, porque eram instrumentos americanos” e “era mau beber Coca-Cola, porque era contra a sociedade portuguesa”.
“Nós queríamos ter impacto e fazer uma coisa importante para nós, para a nossa geração e para o nosso país. Estávamos a afrontar limites e a reclamar o direito de tocar guitarra eléctrica, mas não tocar música americana, de beber Coca-Cola mas também beber Sumol, de dançar, ter sentimentos. Tudo isso estava relegado para dentro das paredes das casas”, referiu Pedro Ayres Magalhães.
O “sarilho institucional”, como lhe chama o músico, aconteceu com a saída do primeiro álbum, mas “depois de uns concertos em Paris” já havia uma “vaga de reconciliação” e o grupo “tornou-se popular”.
“O que é importante dizermos é que triunfámos do ponto de vista da música, que era o nosso objectivo”, sublinha Pedro Ayres Magalhães.
O primeiro disco acabou por ser “mais ignorado”, mas logo a seguir “o ‘Amor’ foi um êxito discográfico e de rádio”.
O tema, a par com “Paixão” e “Só Gosto de Ti”, é dos mais conhecidos da banda, que ao longo de dez anos deixou registados 50 originais agora reunidos e reeditados na caixa “Heróis do Mar 1981-1989”.
O tempo que a banda durou foi curto, mas foi “um triunfo fantástico” a muitos níveis. “Artístico, poético e de como passámos os dias na flor da nossa idade a fazermos o que queríamos. Produzimos imensos discos, dedicámo-nos à imagem, à fotografia, à poesia, à leitura e à comunicação. Era o nosso objectivo e conseguimos transcender e estabelecer uma carreira”, referiu.
Os músicos recordam com visível satisfação os muitos concertos que deram por todo o país, “uns cem por ano”, e os discos que editaram. Na memória ficou um espetáculo em São João da Madeira num 10 de junho com uma plateia de três ou quatro mil jovens, todos homens, vestidos com blusões de napa e com os capacetes das motas enfiados no braço.
“Foi um concerto em grande, com muitas luzes e a cruz de Cristo que acendia e apagava. Todos a olhar para nós a ouvir a música e sem saberem para que servia”, recordaram.
Atualmente, será “muito difícil” voltarem a juntar-se em palco. “Passaram muitos anos e as condições em Portugal têm vindo a degradar-se a olhos vistos. Para regressarmos era preciso um tipo de suporte que não encontramos”, afirmou Pedro Ayres Magalhães, referindo-se à produção de espetáculos.
“Nós os cinco não temos meios para reconstruir os Heróis do Mar e o ‘showbizz’ também não. Portanto, é altamente improvável [a reunião em palco]”, acrescentou.
Em 2011, se tivessem 18 anos, como em 1981, garantem que teriam “os mesmos argumentos, contra o domínio da sociedade portuguesa pela cultura anglo-saxónica”.
Hoje em dia, defende Rui Pregal da Cunha, “há toda uma geração [de músicos] que anda pelos mesmos caminhos, depois de um interregno nos anos 1990”, e dá como exemplos Os Golpes ou Samuel Úria.
A discografia completa dos Heróis do Mar é editada pela EMI e Pedro Ayres Magalhães garante que não ficou nem um inédito guardado.
Em 1981, cinco jovens portugueses formaram uma banda pop-rock e adoptaram um visual de estilo militar onde figurava a cruz de Cristo. As letras das músicas que cantavam glorificavam a pátria.
Isso foi o suficiente para que Paulo Pedro Gonçalves (guitarra), Carlos Maria Trindade (teclas), Tozé Almeida (bateria), Pedro Ayres Magalhães (baixo) e Rui Pregal da Cunha (voz) fossem acusados de um nacionalismo exacerbado.
Mas eles só queriam ser “um grupo de teatro musical”, numa época “bastante diferente em que tudo era tabu e o que não fosse o programa do sistema político era vilipendiado”, disse Pedro Ayres Magalhães em entrevista à agência Lusa.
“O que estávamos a fazer não tinha nada de especial. Queríamos ser um grupo de teatro musical. Queríamos representar e essa representação não era entendida pela cultura da época senão dentro de um teatro”, recordou.
Rui Pregal da Cunha acredita que se fosse hoje não aconteceria o mesmo.
“As pessoas hoje são mais ‘blasé’. Os portugueses eram muito infantis na altura. Uns gajos assim vestidos no ‘Passeio dos Alegres’ [programa de televisão] fazia-lhes muita confusão”, disse à Lusa.
Os músicos recordam o tempo em que “não se podia tocar guitarras eléctricas, porque eram instrumentos americanos” e “era mau beber Coca-Cola, porque era contra a sociedade portuguesa”.
“Nós queríamos ter impacto e fazer uma coisa importante para nós, para a nossa geração e para o nosso país. Estávamos a afrontar limites e a reclamar o direito de tocar guitarra eléctrica, mas não tocar música americana, de beber Coca-Cola mas também beber Sumol, de dançar, ter sentimentos. Tudo isso estava relegado para dentro das paredes das casas”, referiu Pedro Ayres Magalhães.
O “sarilho institucional”, como lhe chama o músico, aconteceu com a saída do primeiro álbum, mas “depois de uns concertos em Paris” já havia uma “vaga de reconciliação” e o grupo “tornou-se popular”.
“O que é importante dizermos é que triunfámos do ponto de vista da música, que era o nosso objectivo”, sublinha Pedro Ayres Magalhães.
O primeiro disco acabou por ser “mais ignorado”, mas logo a seguir “o ‘Amor’ foi um êxito discográfico e de rádio”.
O tema, a par com “Paixão” e “Só Gosto de Ti”, é dos mais conhecidos da banda, que ao longo de dez anos deixou registados 50 originais agora reunidos e reeditados na caixa “Heróis do Mar 1981-1989”.
O tempo que a banda durou foi curto, mas foi “um triunfo fantástico” a muitos níveis. “Artístico, poético e de como passámos os dias na flor da nossa idade a fazermos o que queríamos. Produzimos imensos discos, dedicámo-nos à imagem, à fotografia, à poesia, à leitura e à comunicação. Era o nosso objectivo e conseguimos transcender e estabelecer uma carreira”, referiu.
Os músicos recordam com visível satisfação os muitos concertos que deram por todo o país, “uns cem por ano”, e os discos que editaram. Na memória ficou um espetáculo em São João da Madeira num 10 de junho com uma plateia de três ou quatro mil jovens, todos homens, vestidos com blusões de napa e com os capacetes das motas enfiados no braço.
“Foi um concerto em grande, com muitas luzes e a cruz de Cristo que acendia e apagava. Todos a olhar para nós a ouvir a música e sem saberem para que servia”, recordaram.
Atualmente, será “muito difícil” voltarem a juntar-se em palco. “Passaram muitos anos e as condições em Portugal têm vindo a degradar-se a olhos vistos. Para regressarmos era preciso um tipo de suporte que não encontramos”, afirmou Pedro Ayres Magalhães, referindo-se à produção de espetáculos.
“Nós os cinco não temos meios para reconstruir os Heróis do Mar e o ‘showbizz’ também não. Portanto, é altamente improvável [a reunião em palco]”, acrescentou.
Em 2011, se tivessem 18 anos, como em 1981, garantem que teriam “os mesmos argumentos, contra o domínio da sociedade portuguesa pela cultura anglo-saxónica”.
Hoje em dia, defende Rui Pregal da Cunha, “há toda uma geração [de músicos] que anda pelos mesmos caminhos, depois de um interregno nos anos 1990”, e dá como exemplos Os Golpes ou Samuel Úria.
A discografia completa dos Heróis do Mar é editada pela EMI e Pedro Ayres Magalhães garante que não ficou nem um inédito guardado.
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16/01/2011
HEROIS DO MAR
Os Heróis do Mar foram uma banda de pop-rock portuguesa formada em Março de 1981 por: Paulo Pedro Gonçalves (guitarra), Carlos Maria Trindade (teclas), Tozé Almeida (bateria), Pedro Ayres Magalhães (baixo) e Rui Pregal da Cunha (voz).
O grupo é formado em Março de 1981, todos os elementos já tinham experiência musical em virtude de vários projectos realizados anteriormente. A escolha do nome, foi tirado do primeiro verso do hino nacional português, A Portuguesa. Também o visual inicial da banda, caracterizado como algo neo-militarista, e as letras, que reflectiam, inicialmente e até certo ponto, a glorificação de um Portugal passado, não agradaram a muita gente.
Aquando do lançamento do álbum de estreia, no Outono de 1981, a memória do Estado Novo estava ainda muito fresca e por essa razão a polémica instalou-se em torno do grupo, sendo inclusivamente acusado de fascista e neonazi. Os membros da banda afirmaram mesmo que eram proibidos de actuar a sul do rio Tejo.
Em 1982, lançam o single Amor, que se torna um grande êxito, chegando a obter mesmo o disco de platina. Em 1983, o grupo lança o álbum Mãe, o qual é bem recebido pela crítica, mas não tão bem recebido pelo público. O Single Paixão, torna-se um sucesso de rádio. O mini-LP lançado em 1984 intitulado O Rapto, apenas o single Só Gosto de Ti, conseguiu ter algum êxito. Em 1985, o single A Alegria, resulta num sucesso de rádio.
O Visual neo-militarista deu lugar a um visual mais ousado, menos polémico, mas mesmo assim ainda demasiado arrojado para a época, com muito cabedal e calças de ganga rasgadas.
Os cinco músicos começaram a empenhar-se em projectos a solo, Pedro Ayres Magalhães assumiu a direcção da editora Fundação Atlântica, produzindo discos de Né Ladeiras, de Anamar e dos Delfins, e formou os Madredeus.
Os Heróis do Mar colaboraram no último disco de António Variações "Dar e Receber", no qual Magalhães e Trindade foram responsáveis pela produção e pelos arranjos.
Em 1986 é lançado o álbum Macau, que renovou o fôlego e o vigor do grupo.
Em 1990, o grupo separa-se devido a conflitos internos. No entanto todos os elementos continuaram a dedicar-se à música, com excepção de Tozé Almeida, que acabou por se dedicar à produção de programas televisivos, publicidade e alguns telediscos.
A história da banda é revisitada no documentário "Brava Dança", de Jorge Pereirinha Pires e José Pinheiro. O documentário, diz a revista Blitz, "propõe ainda uma reflexão sobre Portugal e a música do pós-25 de Abril".
O grupo é formado em Março de 1981, todos os elementos já tinham experiência musical em virtude de vários projectos realizados anteriormente. A escolha do nome, foi tirado do primeiro verso do hino nacional português, A Portuguesa. Também o visual inicial da banda, caracterizado como algo neo-militarista, e as letras, que reflectiam, inicialmente e até certo ponto, a glorificação de um Portugal passado, não agradaram a muita gente.
Aquando do lançamento do álbum de estreia, no Outono de 1981, a memória do Estado Novo estava ainda muito fresca e por essa razão a polémica instalou-se em torno do grupo, sendo inclusivamente acusado de fascista e neonazi. Os membros da banda afirmaram mesmo que eram proibidos de actuar a sul do rio Tejo.
Em 1982, lançam o single Amor, que se torna um grande êxito, chegando a obter mesmo o disco de platina. Em 1983, o grupo lança o álbum Mãe, o qual é bem recebido pela crítica, mas não tão bem recebido pelo público. O Single Paixão, torna-se um sucesso de rádio. O mini-LP lançado em 1984 intitulado O Rapto, apenas o single Só Gosto de Ti, conseguiu ter algum êxito. Em 1985, o single A Alegria, resulta num sucesso de rádio.
O Visual neo-militarista deu lugar a um visual mais ousado, menos polémico, mas mesmo assim ainda demasiado arrojado para a época, com muito cabedal e calças de ganga rasgadas.
Os cinco músicos começaram a empenhar-se em projectos a solo, Pedro Ayres Magalhães assumiu a direcção da editora Fundação Atlântica, produzindo discos de Né Ladeiras, de Anamar e dos Delfins, e formou os Madredeus.
Os Heróis do Mar colaboraram no último disco de António Variações "Dar e Receber", no qual Magalhães e Trindade foram responsáveis pela produção e pelos arranjos.
Em 1986 é lançado o álbum Macau, que renovou o fôlego e o vigor do grupo.
Em 1990, o grupo separa-se devido a conflitos internos. No entanto todos os elementos continuaram a dedicar-se à música, com excepção de Tozé Almeida, que acabou por se dedicar à produção de programas televisivos, publicidade e alguns telediscos.
A história da banda é revisitada no documentário "Brava Dança", de Jorge Pereirinha Pires e José Pinheiro. O documentário, diz a revista Blitz, "propõe ainda uma reflexão sobre Portugal e a música do pós-25 de Abril".
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