27/12/2008

Bill T. Jones/Arnie Zane Dance Company

Bill T. Jones um pedaço da história da América.

Bill T. Jones, e Arnie Zane fundaram a the Bill T. Jones/Arnie Zane Dance Company,em 1982 New York City. Arnie Zane nasçeu em 1947, morreu aos 39 anos, 30 Março de 1988.

Alguns de nós nunca sentimos que podíamos fazer outra coisa [além de agir politicamente]. Quando Arnie e eu fizémos 'Blauvelt Mountain' em Berlim, em 1981, ganhámos o prémio da critica alemã porque, e estou a citar, 'mostrávamos a divisão entre brancos e negros na América'. Basta ver o quão construtivista e o quão modernista a peça é! Achávamos que estávamos a pegar nas convenções da 'contact improvisation', a codificá-las e a criar um trabalho que reflectisse uma visão muito nossa do que tinham sido as vanguardas dos últimos 20 ou 30 anos. Mas o que o público viu foi um negro e um branco a dançar juntos. Houve críticos que se referiram a mim como o 'bailarino-macaco" voltei a ler isso há pouco tempo, diz qualquer coisa como: 'o incrível bailarino-macaco e o seu improvável companheiro'. Eles nem sabiam como ver o que estavam a ver! O que viam era raça. Também houve uma realizadora, uma mulher inteligente, que disse que tínhamos feito um incrível dueto homoerótico. Nessa altura eu nem sabia o que queria dizer homoerótico. Achávamos que estávamos a fazer o que toda a gente fazia nas vanguardas dançar com quem queríamos mas o que esta mulher viu foi dois homens em contacto íntimo: tinha que ser um dueto homoerótico. Nós nunca pudemos ter uma posição neutra no mundo. Quem é que nos estava a ver? Quem escrevia sobre nós? Quem éramos? O que o 11 de Setembro fez foi obrigar [os americanos] a pagar juros pelo que fizemos para ser uma nação rica e poderosa, fez-nos pagar juros pelas conspirações de direita que acreditaram que podiam redefinir as fronteiras do Médio Oriente de acordo com as sua necessidades. Depois fez uma data de gente [artistas] pensar de maneira diferente. Eu, na verdade, tenho é sempre que lutar para fazer trabalhos que sejam neutros porque as pessoas estão sempre a pensar onde estará a minha mensagem. Às vezes a minha mensagem é apenas forma e beleza, as pessoas é que têm dificuldade em vê-lo."

Duas peças uma no Porto outra em Lisboa em 2007, mostraramm Bill T. Jones em dois momentos distintos. Entre "Blauvelt Mountain" e "Blind Date" passaram mais de 20 anos.

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