Havia um “HOPE” gigante no vídeo projectado no fundo do palco do Hard Club.
À frente dele, desse "Hope" gigante, os Godspeed You! Black Emperor; à
frente deles, uma multidão levada pelo vendaval eléctrico que sai do
palco, à procura de uma esperança qualquer naquela música
pós-apocalíptica de guitarras, cordas e duas baterias. Esperança em
tempos de falta dela, eis a proposta dos canadianos,
A segunda edição do Amplifest terminou no Porto 28 Outubro,com o arranque
da digressão europeia dos Godspeed You! Black Emperor, uma das bandas
mais influentes dos últimos 15 anos, de acordo com a organização do
evento.
Colectivo variável com regulares flutuações,conta hoje nove elementos (entre eles, os
fundadores Efrim Menuck, Mike Moya e Mauro Pezzente), os Godspeed You!
Black Emperor deixaram no passado clássicos como Slow Riot for New Zerø Kanada (1999) ou Lift Your Skinny Fists Like Antennas To Heaven (2000), álbuns de micro sinfonias rock em que a ausência de palavra cantada não era impeditiva de um papel político assumido
regressaram de um hiato de sete anos em 2010 e anunciaram há semanas o
lançamento do primeiro registo desde 2002, "Allellujah! Don`t Bend!
Ascend".
A digressão europeia tem colocado a banda nas primeiras páginas de
jornais, como o francês Libération, à semelhança do que já havia
acontecido nos primeiros anos de vida, quando chegaram a ser manchete do
popular britânico New Musical Express.
Em 2002, autorizaram pela primeira vez a utilização de uma peça original
na banda sonora de um filme, no caso "28 Dias Depois" de Danny Boyle,
que disse, citado na altura pelo The Guardian: "Não queria acreditar
quando os ouvi. Era compulsivo, um crescendo compulsivo de música. Estes
tipos são a sério, em termos de impulso orquestral primário,
estabelecendo a ligação entre a cultura moderna com os princípios
orquestrais".


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