20/12/2008

YOKO ONO NO JAPÃO

Música. 28.º aniversário da morte do ex-Beatle assinalado num concerto. O concerto, no Budokan, recolhe receitas para escolas na Ásia e África No Verão de 1966 os Beatles actuaram no Budokan, uma das mais célebres salas de Tóquio, no Japão. Foram cinco noites consecutivas, sempre de casa cheia, cada concerto dos fab four não durando mais que 30 minutos... A cidade acolheu os músicos a rigor, com um verdadeiro aparato de agentes da polícia a proteger o grupo não apenas do entusiasmo dos fãs, mas também de forças nacionalistas que tinham ameaçado protestos e eventuais acções contra os concertos, acreditando que a actuação de um grupo pop estrangeiro afectaria tom sagrado de uma sala criada para o judo e outras artes marciais. Sem incidentes, os concertos fizeram história. E a assinalar os 28 anos da morte de John Lennon, o mesmo Budokan foi a sala escolhida por Yoko Ono para homenagear o ex-Beatle. Os concertos de 1966 nunca foram esquecidos pelos Beatles, em particular por John Lennon, que os lembrava como uma memória agradável. Em entrevista à BBC, em Tóquio, Yoko Ono lembrou que, durante as actuações, os Beatles sentiam alguma perplexidade e mesmo preo- cupação, "porque as pessoas ficavam muito caladas, pelo que talvez não estivessem a gostar". No fim do concerto, o organizador explicou-lhes então que os japoneses eram muito educados, e não queriam gritar. Apenas aplaudir... O casamento com a japonesa Yoko Ono aproximou John Lennon mais ainda do Japão que, com alguma regularidade, visitou de então em diante. A sua memória é regularmente evocada num país que tem inclusivamente um museu a si dedicado, em Saitama. Ao assinalar o 28.º aniversário da trágica noite de 8 de Dezembro de 1980, em que Mark Chapman matou John Lennon a tiro, Yoko Ono fez questão de regressar à sala na qual os Beatles viveram os históricos concertos de 1966. Aos 75 anos de idade, a viúva do músico justificou a escolha da cidade como uma chamada dos seus antepassados. Mas também pela boa relação que Lennon tinha com o Japão, que a própria julga ter a ver com a calma das gentes locais, com a qual se entendia bem o homem tímido que, descreve, era o ex-Beatle.

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