O showbusiness é uma invenção norte-americana. E muito do que existe hoje se deve a um homem: Bill Graham. Esse nome pode dizer pouco mas ele esteve no meio de tudo o que importa sobre o rock da década de 1960 até 1991, quando morreu num acidente de helicóptero. É o que mostra a biografia de Bill Graham : Minha vida dentro e fora do rock, iniciada por ele e finalizada por Robert Greenfield, ex-editor da revista Rolling Stone e autor de vários livros, entre eles Uma temporada no inferno com os Rolling Stones – Exile on main st..
Publicada há quatro anos nos Estados Unidos, a biografia ganha agora edição pela Barracuda. Só o facto de Bill Graham (na foto à direita) ter sobrevivido já faz dele um personagem fora do comum. Judeu de origem russa nascido na Alemanha, fugiu quando criança da perseguição nazi (parte da sua família morreu ou foi enviada para campos de concentração). Ele foi parar, ainda criança, em Nova York, onde acabou adoptado. Cresceu como um norte-americano, lutou na Guerra da Coréia, mais tarde conseguiu a cidadania americana. Na década de 1960, foi para São Francisco e viu nascer o movimento flower power. Com um faro para os negócios, não tardou a profissionalizar-se numa área em que todos pareciam viver cheios de ácidos - trips.
Como empresário de rock, Graham conviveu com todo mundo : Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Doors, Led Zeppelin, Rolling Stones, Grateful Dead, Carlos Santana, The Who (o prefácio é assinado pelo guitarrista Pete Townshend). Graham também esteve envolvido em eventos históricos, como os festivais Woodstock e Live Aid. O calhamaço de quase 600 páginas tem depoimentos do próprio Bill Graham e de pessoas que conviveram com ele, como Eric Clapton, Peter Gabriel, Jerry Garcia e Keith Richards. Leitura obrigatória para quem se interessa por rock – divertida por vezes e esclarecedora por outras –, apresenta uma visão apaixonada e romântica de um meio em que, hoje em dia, tais palavras não fazem o menor sentido.
Publicada há quatro anos nos Estados Unidos, a biografia ganha agora edição pela Barracuda. Só o facto de Bill Graham (na foto à direita) ter sobrevivido já faz dele um personagem fora do comum. Judeu de origem russa nascido na Alemanha, fugiu quando criança da perseguição nazi (parte da sua família morreu ou foi enviada para campos de concentração). Ele foi parar, ainda criança, em Nova York, onde acabou adoptado. Cresceu como um norte-americano, lutou na Guerra da Coréia, mais tarde conseguiu a cidadania americana. Na década de 1960, foi para São Francisco e viu nascer o movimento flower power. Com um faro para os negócios, não tardou a profissionalizar-se numa área em que todos pareciam viver cheios de ácidos - trips.
Como empresário de rock, Graham conviveu com todo mundo : Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Doors, Led Zeppelin, Rolling Stones, Grateful Dead, Carlos Santana, The Who (o prefácio é assinado pelo guitarrista Pete Townshend). Graham também esteve envolvido em eventos históricos, como os festivais Woodstock e Live Aid. O calhamaço de quase 600 páginas tem depoimentos do próprio Bill Graham e de pessoas que conviveram com ele, como Eric Clapton, Peter Gabriel, Jerry Garcia e Keith Richards. Leitura obrigatória para quem se interessa por rock – divertida por vezes e esclarecedora por outras –, apresenta uma visão apaixonada e romântica de um meio em que, hoje em dia, tais palavras não fazem o menor sentido.
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