28/10/2013

R.I.P. LOU REED + Marianne Faithfull

Singer Marianne Faithfull said: "He was a great friend, musician, songwriter and band leader. One of the most intelligent musicians I've ever known and a great guitarist. His songs will live for ever....Perfect Day, Sweet Jane... In my opinion he was a genius. I will miss him terribly."

27/10/2013

R.I.P. LOU REED + JOHN CALE

Lou Reed with John Cale (at the piano), rehearsing together at a New York City music studio. The pair had a tense relationship, but collaborated on several occasions throughout the years. 1975

R.I.P. LOU REED + LAURIE ANDERSON

Lou Reed and Laurie Anderson photographed together in 2011. Reed and performance artist Anderson got together in 1995. They married in a low-key ceremony in 2008, and collaborated on numerous projects

R.I.P. LOU REED + MICK ROCK

Lou Reed and Mick Rock sign copies of their book Transformer at a New York City book store on October 3, 2013.

R.I.P. LOU REED + BONO, 2002

Lou Reed and Bono at a gala where the U2 frontman was honoured with a Humanitarian Laureate Award in 2002.

R.I.P. - LOU REED + NICK CAVE+ JARVIS COCKER

Nick Cave, Jarvis Cocker and Lou Reed sing at a concert in honour of Leonard Cohen in Dublin on October 9, 2006.

R.I.P. LOU REED - 1973

Lou on stage in 1973. His second solo album Transformer - produced by David Bowie and Mick Ronson - was released the year before, and proved to be a major breakthrough, featuring some of Reed's best

R.I.P. LOU REED + BOWIE

David Bowie (Official) - R.I.P. LOU REED

It is with great sadness that we report the death of Lou Reed who died today aged 71. (March 2, 1942 – October 27, 2013)

David Bowie said of his old friend: “He was a master.”

LOU REED + METALLICA

James Hetfield (esq.) e Lars Ulrich (dir.), integrantes da banda Metallica, posam com Lou Reed em New York

LOU REED + LAURIE ANDERSON+ BONO

Ali Hewson, Lou Reed, Bono e Laurie Anderson durante Semana de Moda de Nova York

THE VELVET UNDERGROUND


R.I.P. LOU REED + FOTOS EM PORTUGAL


R.I.P. LOU REED - AS REAÇÇÕES

Lou Reed morreu: a reação de John Cale e outros músicos



Músico faleceu aos 71 anos. O seu antigo companheiro nos Velvet Underground partilha o seu pesar.

A notícia foi publicada em primeira mão pela revista “Rolling Stone”, e confirmada mais tarde pelo agente do músico no Reino Unido ao jornal inglês “The Guardian”.

Sobre a morte de Lou Reed, muitos músicos já se manifestaram e continuarão a manifestar-se, nas redes sociais.

John Cale, companheiro de Reed nos Velvet Underground, escreveu: "O mundo perdeu um belo escritor de canções e poeta. Eu perdi o meu amigo da escola".

Entretanto, outras figuras públicas, da música à literatura, passando pelo cinema, já escreveram sobre a morte de Lou Reed no Twitter.

"Adoro tanto o Lou Reed. Sempre", escreveu Flea, dos Red Hot Chili Peppers. Lee Ranaldo, dos Sonic Youth, chamou à lenda dos Velvet Underground "insubstituível", ao passo que Ana Matronic, dos Scissor Sisters, considera que o mundo é "significativamente menos cool" sem Reed.

Iggy Pop, The Who, Peaches, Ryan Adams, Pixies, Nile Rodgers, Pat Carney (Black Keys), Miley Cyrus; os atores Julianne Moore, Elijah Wood, Ricky Gervais e também o escritor Irvine Welch, que agradece a Lou Reed a "oferta" de "Perfect Day" ao filme Trainspotting (baseado num livro da sua autoria), são outras das celebridades que já lamentaram a morte do artista.

 Recentemente, Reed tinha ajudado a promover um livro de fotos de Mick Rock que registrou ele e outras lendas da música. O guitarrista nasceu em março de 1942, em Nova York, mas cresceu em Long Island, nos Estados Unidos.

Aprendeu a tocar guitarra ouvindo o rádio e teve uma adolescência conturbada por causa de sua orientação sexual. Lou era bissexual e foi submetido a tratamentos traumáticos por causa disso. Estudou jornalismo, cinema e artes cênicas.


"Muito triste. Mas, hey, Lou, você sempre andará pelo lado selvagem. Sempre um dia perfeito."
Salman Rushdie
escritor, pelo Twitter

"Descanse em paz, Lou Reed e obrigado. Você foi minha inspiração nos anos 1970, porque sem você não haveria punk rock."
Billy Idol
músico, pelo Twitter

"Um dia triste na música. Descanse em paz, Lou."
Josh Groban
cantor, pelo Twitter

"Descanse em paz, Lou Reed. Caminhe pelo lado pacífico."
Perfil oficial da banda The Who no Twitter

"Muito triste por saber da morte de Lou Reed. É um grande choque."
Kim Gordon
vocalista e baixista da banda Sonic Youth, pelo Twitter

"Adeus, Lou Reed. Você me deu força e me ajudou quando eu fraquejei."
Carl Barat
ex-guitarrista dos Libertines, pelo Twitter

"Notícias terríveis. Foi um grande e singular poeta"
John Cusack
ator, pelo Twitter

"Triste por saber da morte de Lou Reed. Que estrela! Descanse em paz e obrigado por nos ceder 'Perfect Day' para 'Trainspotting'"
Irvine Welsh
escritor, pelo Twitter


R.I.P. LOU REED

Em março, Laurie Anderson, mulher do músico, falou sobre a condição de saúde do marido. "É tão sério quanto parece. Ele estava morrendo. Você não quer isso como diversão", afirmou.

"Não acho que ele vá se recuperar totalmente disso, mas certamente ele estará fazendo as coisas dele em breve", completou.


Vida e carreira
Lewis Allan Reed nasceu no dia 2 de Março de 1942 no bairro do Brooklyn em Nova York mas cresceu na região de Long Island. De família de origem judaica, Reed aprendeu a tocar guitarra ouvindo rádio ainda na década de 1950 quando estava no colegial. Foi nessa época que ele sofreu uma de suas experiência mais traumáticas e que seria tema de canções ao longo de sua carreira: bissexual assumido, os pais de Lou Reed submeteram o filho a um tratamento de choque para tentar supostamente curá-lo.

 Após deixar o colégio e casa do pais, Reed foi para a Universidade de Syracuse e cursou jornalismo. Nesta época ele passou a apresentar um programa de rádio que tocava predomionantemente  doo wop, rhythm and blues e jazz. O gosto por esse estilo musical definiria muitas das técnicas de guitarra desenvolvidas por Reed ao longo de sua vida. Em 1964 ele se formou e logo iniciou sua carreira artística.


The Velvet Underground
Após um curto período trabalhando como compositor da Pickwick Records, uma pequena gravadora de Nova York, Reed foi apresentado a John Cale, um músico galês que acabara de se mudar para Manhattan com a intenção de aprender música clássica. Cale ficou impressionado com uma música composta por Reed em que ele tinha afinado todas as cordas da guitarra na mesma nota.


A amizade com Cale fez com que dividissem uma casa em Manhattan e inciassem um processo criativo que seria responsável por uma das bandas mais importates para a origem do punk rock nos Estados Unidos: o Velvet Underground. Ao lado do guitarrista Sterling Morrison e da baterista Maureen Tucker, Reed e Cale montaram um das mais instáveis e influentes bandas de rock de todos os tempos.


O grupo não demorou a chamar a atenção do artista plástico Andy Warhol que quase imediatamente colocou o Velvet Underground como uma das atrações do  Exploding Plastic Inevitable, uma série de eventos multimídia organizados pelo artista de origem polonesa. O contato com Warhol deu novas dimensões à criatividade de Reed que começou cada vez mais mostrar um perfil artístico multifacetado. 

O contato, entretanto, nem sempre foi harmônico: para o disco de estreia, Warhol insistiu que a banda gravasse com a ex-modelo alemã e cantora Nico. Para expressar sua objeção a banda batizou o disco de The Velvet Underground & Nico para expressar que a vocalista era apenas uma convidada.


Apesar da resistência, Reed escreveu a maioria das canções do álbum pensando na voz de Nico e os dois chegaram a ter um breve relacionamento amoroso (mais tarde ela teria um outro pequeno affair com Cale). O disco, cuja capa ficou famosa por trazer uma obra de Warhol que representa uma banana, estreou apenas na 171ª posição da sparadas. Hoje, porém, o disco é considerado um dos registros mais importantes da música. A revista Rolling Stone classificou o álbum como o 13º mais influente do rock.


As composições completamente vanguardistas para os padrões da época, tratando de temas como drogas (I'm Waiting For The Man e Heroin), sadomasoquismo (Venus In Furs), prostitutas (There She Goes Again), e até ocultismo (The Black Angel's Death Song) contribuiram para que as vendas do LP fossem pífias. Já no ano seguinte, a banda lançou White Light/White Heat. Após esse álbum, mais barulhento, John Cale, responsável pelos experimentalismos musicais, saiu da banda, que passou a ter Lou Reed, de maior apelo artístico e poético, como único líder.


No ano seguinte, veio o 3º álbum, chamado simplesmente de The Velvet Underground que explora um som mais acústico e introspectivo que trouxe faixas como Candy Says, What Goes On, Beginning To See The Light. O derradeiro trabalho com Lou Reed ainda na banda foi Loaded, que conta com três das músicas mais famosas do Velvet Uunderground: Who Loves The Sun, Sweet Jane e Rock and Roll.



Carreira solo
Lou Reed deixou a banda logo em seguida e só voltaria a encontrar seus ex-companheiros de banda em 1993 quando o Velvet Underground se reuniou para a gravação de um disco ao vivo. A saída do Velvet Underground quase significou o abandono da vida artística. Logo após deixar a banda, Reed passou a trabalhar na empresa de contabilidade de seu pai.


Entretanto, um ano depois Reed assinou um contrato com a RCA e embarcou para Londres onde gravou seu primeiro disco solo. Apesar da pequena receptividade, ainda que nomes como  Steve Howe e Rick Wakeman tenham participado das gravações, a ida a Londres seria determinante para a carreira de Reed.


Na capital britânica ele se encontrou com Danid Bowie e Mick Ronson. A dupla produziu um segundo álbum solo de Reed em 1972. Com o lançamento de Transformers, Reed foi apresentado a um novo público no Reino Unido com a faixa que seria a de maior sucesso em toda a sua carreira solo: Walk on the Wild Side é uma bem humorada e afetuosa homenagem a algumas das pessoas que passaram pela Factory, o QG criativo do Velvet Underground.


Ainda que Transformers tenha mostrado o potencial comercial da música de Reed, uma discussão entre ele e Bowie encerrou a parceria. Com isso, Lou Reed se voltaria cada vez mais para o lado mais sombrio da industria musical e pautaria sua carreira nessa linha ao longo das décadas de 70 e 80.


A reconciliação com Bowie não demorou, mas a dupla só voltou a trabalhar junta no final da década de 90 no show de 50 anos do camaleão britânico no Madison Square Garden em Nova York no ano de 1997. A parceria em estúdio seria retomada apenas em 2003 quando Reed lançou o álbum The Raven.


A partir do ano 2000, Reed passou a fazer uma série de participações e parcerias. Foi assim que ele cantou a faixa Some Kind Of Nature no terceiro álbum do Gorillaz, Plastic Beach. Mas a colaboração mais noticiada aconteceu há apenas dois anos. Em novembro de 2011 foi lançado o disco Lulu, uma parceria entre Metallica e Lou Reed baseada em duas peças do alemão Frank Wedekind.


Em sua última turnê, que passou pela Europa em 2012, Lou Reed fazia um apanhado de sua trajetória do início da carreira até o lançamento do álbum com o Metallica. Não à toa a turnê se chamava From VU to LULU.

R.I.P. LOU REED

Lou Reed em 2010, numa passagem pelo Estoril, em Lisboa.

O músico, compositor e guitarrista norte-americano Lou Reed morreu, este domingo, aos 71 anos, desconhecendo-se a causa concreta, noticiou a revista "Rolling Stone".
Lou Reed, fundador da banda de culto Velvet Underground e que agora atuava a solo, marcou meio século do rock.

Foi considerado um dos melhores guitarristas de sempre pela "Rolling Stone", alcançando a 81ª posição no ranking.

Casado com a artista Laurie Anderson, Lou Reed tinha sido submetido a um transplante de fígado, em maio.

Foi com a mulher que esteve pela última vez em Portugal, a convite do produtor Paulo Branco, para expor as suas fotografias e apresentar o documentário "Red Shirley", com o qual se estreou como realizador, no Estoril Film Festival, em novembro de 2010. Além da exposição de fotografias, intitulada "Romanticism", Lou Reed deu, na ocasião, uma aula de cinema, fotografia e artes marciais na ocasião.

O último concerto de Lou Reed, que atuou pela primeira vez em Portugal em 1980, recua a julho de 2008, no Campo Pequeno, em Lisboa. Antes, o ex-Velvet Underground, banda que deixou em 1970, tinha atuado em 1992 e 1998 (durante a Expo98) e em 2000.

Em 2011, o músico fez um álbum de parceria com o grupo de heavy metal Metallica, intitulado "Lulu".


O guitarrista Zé Pedro, dos Xutos&Pontapés, considera que Lou Reed, que morreu, este domingo, aos 71 anos, foi um artista "enorme" e "fora do comum", que pôs Nova Iorque no mapa do rock.

 "Vi o Lou Reed pela primeira vez em 1977, em França, e fiquei fascinadíssimo com o concerto dele", disse o músico à Agência Lusa, acrescentando que o ex-Velvet Underground "meteu Nova Iorque no mapa" do rock, causando "um grande impacto com os seus primeiros discos". Entre os álbuns que "marcaram uma geração", Zé Pedro aponta Transformer, de 1972, mas também "Rock'n'Roll Animal", um disco ao vivo lançado em 1974.

Zé Pedro, que assistiu a dois concertos de Lou Reed em Portugal, no pavilhão do Dramático de Cascais e na Casa da Música, no Porto, teve também oportunidade de "confraternizar um bocadinho" com o nova-iorquino nesta ocasião. "Senti-me muito privilegiado e orgulhoso", sublinhou o guitarrista, afirmando que nesse dia Lou Reed não deu mostras do mau feitio de que tinha fama.

Zé Pedro destacou ainda o papel de Lou Reed como ativista de causas sociais, nomeadamente por ter "dado a cara pelos Alcoólicos Anónimos".

R.I.P. LOU REED - DISCOGRAFIA

Lou Reed (1972)
Transformer (1972)
Berlin (1973)
Rock'n'Roll Animal (1974)
Sally Can't Dance (1974)
Metal Machine Music (1975)
Coney Island Baby (1976)
Rock And Roll Heart (1976)
The Blue Mask (1982)
New Sensations (1984)
New York (1989)
Songs for Drella (s.m. John Cale, 1990)
Magic And Loss (1992)
Set the Twilight Reeling (1996)
Ecstasy (2000)
The Raven (2003)
Hudson River Wind Meditations (2007)
Lulu (s.m. Metallica; 2011)

R.I.P. LOU REED

Lou Reed: um espírito livre

Com os Velvet Underground ou a solo, pela música e atitude, influenciou as últimas décadas da música rock.

Era uma cidade: Nova Iorque, principalmente à noite. Era uma imagem: a do músico não-alinhado. Era o rock enquanto lugar capaz de cantar a viscosidade de existir. Era um espírito livre.

Haverá álbuns dos Beatles, Rolling Stones, Bob Dylan, Leonard Cohen, Neil Young ou Doors, que figurarão para sempre na lista dos melhores de sempre para a generalidade dos mortais.

Mas para uma parcela significativa dos melómanos do rock e para parte considerável da música das últimas décadas, o grupo mais influente de sempre dá pelo nome de Velvet Underground.

Ao seu leme, Lou Reed. Sem eles não teria havido David Bowie, Stooges, Can, Roxy Music, Sex Pistols, Clash, Patti Smith, Joy Division, Sonic Youth, My Bloody Valentine, Strokes ou Arcade Fire. Ou seja, parte dos nomes que personificaram as mais expressivas transformações do rock nas últimas décadas.

Até na imagem e na postura marcaram os tempos que se seguiram, todos de negro, óculos escuros, atitude distante, personificando o rock das margens, sem compromissos, a não ser os artísticos.

Lou Reed era o principal compositor, a voz mais importante e a guitarra dos Velvet Underground, que marcaram a Nova Iorque boémia e artística dos anos 1960. Eram estranhos para a época. Andy Warhol, que os viria a apadrinhar, e os cúmplices mundanos da Factory percebiam-nos. O grande público nem por isso.
Neles quase tudo era obscuro, radical e desencantado.

Eram o outro lado do All you need is love do período hippie. Cantavam o submundo, o não enunciado, as paranóias, o desejo, a morte, colocando em causa os modelos normativos dessa época.

Através de Lou Reed o vocabulário lírico do rock & roll expandiu-se até territórios até aí inexplorados – sexo, drogas ou depressão, tudo exposto com híper realismo ou honestidade profunda.

Mesmo que Lou Reed não tivesse lançado posteriormente nenhum trabalho a solo, apenas os quatro álbuns de estúdio com os Velvet Underground já lhe garantiriam o epíteto de visionário.

Tinha fama de ser difícil. A sua relação com o outro fundador do grupo, John Cale, foi conflituosa. Mas a maior parte dos que com ele conviveram de perto preferem enaltecer-lhe a frontalidade.

A sua discografia a solo inclui álbuns conceptuais (Berlin ou Magic and Loss), experimentais (Metal Machine Music), colaborações magníficas (Songs For Drella, com Cale, em homenagem a Warhol) ou inesperadas (Lulu) e uma série de álbuns entusiasmantes (New York, Ecstasy ou The Raven).

Esteve por diversas vezes em Portugal desde a década de 1980. Em 2008 encheu o Campo Pequeno para apresentar na íntegra Berlin de 1973. Ao longo dos anos vimos-lhe de tudo: concertos magníficos, medianos e falhados. Nessa noite foi brilhante.

Berlin é um conjunto de canções sobre violência, amargura e desolação, mas ao longo dessa noite Lou Reed foi equilibrando intensidade com dimensão lúdica, intimismo e grandiosidade.

Ao longo dos anos havia desafiado normas e nas últimas décadas havia-se transformado em modelo. Isso incomodava-o. Talvez por isso os seus concertos fossem sempre inquietantes e densos.

Não havia lugar para meios-termos. Quando se ia vê-lo não se ia à procura do reconhecimento. Nunca se sabia o que esperar. Essa inquietação permanente nunca a perdeu ao longo da vida.

R.I.P. LOU REED + THE VELVET UNDERGROUND

ESTA FOTO NUNCA TINHA VISTO.
Sterling Morrison, who died in 1995, was an original member of The Velvet Underground. A guitarist, Morrison graduated from Division Avenue High School in 1960 and then attended Syracuse University. Maureen "Moe" Tucker, who graduated from Levittown Memorial High School in 1962, was the group's drummer. Her brother Jim was Division class of 1960. In the photo (left to right) are Morrison, Tucker, Lou Reed and Doug Yule.

According to Wikipedia, "The Velvet Underground was an American rock band formed in New York City. First active from 1965 to 1973, their best-known members were Lou Reed and John Cale, who both went on to find success as solo artists. Although never commercially successful while together, the band is often cited by many critics as one of the most important and influential groups of the 1960s. The Velvet Underground was managed by Andy Warhol." Check Google for additional information.

R.I.P. LOU REED

Morreu Lou Reed, o poeta do rock.

Compositor, cantor, guitarrista, líder dos Velvet Underground, Lou Reed, um dos mais inventivos e influentes criadores da música popular americana da segunda metade do século XX, morreu este domingo aos 71 anos em Long Island. As causas da morte ainda não foram divulgadas, mas é provável que não sejam alheias ao transplante de fígado a que o músico nova-iorquino se submeteu em Maio.

Os últimos 50 anos de música rock seriam algo bastante diferente sem ele, algo que só poderia dizer-se com idêntica propriedade de um conjunto muito restrito de músicos. No final dos anos 1960, com os Velvet Underground, Lou Reed, diz o seu obituário na revista Rolling Stone, “casou beleza e barulho, ao mesmo tempo que trazia toda uma nova honestidade lírica ao rock’n rol”.

Nascido em Brooklyn em 1942, Reed começou a compor canções no final do liceu, mas o percurso que o tornaria um ícone do rock só se inicia verdadeiramente quando conhece John Cale, um músico de formação clássica, natural do País de Gales, que chegara a Nova Iorque em 1963. Com Cale, Lou Reed funda a banda The Primitives, que tem algum sucesso em 1964 com o tema The Ostrich, uma paródia à música de dança.

Os The Primitives são depois rebaptizados The Warlocks. E quando se juntam ao grupo o guitarrista Sterling Morrison e o percussionista Angus Maclise, nasceu não apenas uma nova banda, mas, na opinião de alguns críticos, a melhor banda de rock de todos os tempos: os Velvet Underground. O grupo não teve grande sucesso comercial nos anos sessenta, mas alguém já observou que muitos dos jovens que ouviram o seu álbum de estreia em 1967, The Velvet Underground & Nico, correram a criar as suas próprias bandas.

Quase não há um tema nesse primeiro álbum, produzido por Andy Warhol, que não seja hoje um clássico da música pop, de I’m Waiting for the Man e Venus in Furs a All Tomorrow’s Parties ou aos sete minutos de Heroin. O grupo durou pouco (Cale saiu logo em 1968), mas a sua influência perdura até hoje.

Com o fim dos Velvet em 1970, Reed parte para o Reino Unido, onde grava um disco com músicos dos Yes. Mas é o com o disco seguinte, Transformer, produzido por David Bowie, que se torna uma estrela incontestável do firmamento rock. O tema Walk On the Wild Side torna-se um sucesso, mas o disco inclui outras canções justamente célebres, como Perfect Day ou Vicious.

Nas décadas seguintes, Lou Reed vai sempre inovando, e muitas vezes driblando as expectativas dos seus fãs, num trajecto que inclui álbuns como Berlin (1973), o experimentalista Metal Machine Music (1975), Blue Mask (1982), New Sensations (1984), New York (1989) ou o recente Hudson River Wind Meditations, de 2007.

 

26/10/2013

MUSIKKI - VIRAL- SENSORIAL FIT

MUSIKKI VENCE PRÉMIO NACIONAL INDÚSTRIAS CRIATIVAS
A plataforma agregadora de música Musikki foi o vencedor da 5ª edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas, ontem anunciado em Lisboa. Lançado em 2012, a empresa de Aveiro permite ao utilizador chegar à bandas só com um clique.

O Musikki, projeto de João Afonso, Juliana Teixeira e Pedro Almeida, foi o grande vencedor do Prémio Nacional de Indústrias Criativas. O agregador musical valeu 25 mil euros aos três jovens empreendedores de Aveiro.

O projeto, mais conhecido como «Google da música» foi escolhido entre seis finalistas, selecionados entre 339 candidaturas apresentadas. Trata-se de um motor de busca que permite, só com um clique, ter acesso a toda a informação relativa a uma banda, desde a agenda de concertos à discografia.

Criada em 2012, a plataforma tem ainda uma aplicação no Facebook, o Musikki Social Player, que permite criar playlists com todas as músicas que os amigos ouvem ou que são partilhadas na página que cada pessoa segue.

Ainda em versão beta, o projeto está a concentrar esforços no mercado ocidental, com foco na América do Norte, Europa Ocidental e América Latina e já soma alguns prémios, nomeadamente do MIT Venture Competition.

O júri reconheceu na startup «o conceito, a sustentabilidade e a dinâmica», pelo que o decidiu premiar. Agora, a equipa de João, Juliana e Pedro vai representar Portugal no concurso mundial Creative Business Cup, que se realiza de 18 a 20 de novembro, em Copenhaga.

Além do prémio principal, o concurso atribui ainda uma menção honrosa ao Story Trail, uma plataforma georreferenciada para smartphones e tablets, que permite «a instituições e espaços interessados criarem e publicarem, autonomamente e de forma simples, aplicações móveis que contam histórias de cada lugar, em formato videoclip».

O Prémio Nacional Indústrias Criativas foi criado em 2008 para promover, apoiar, acompanhar e ajudar a desenvolver projetos criativos e inovadores de origem portuguesa.

2ª edição do Prémio SIM, distingue o :
O Musikki - desenvolveu uma aplicação para o Facebook que permite aos utilizadores gerarem playlists de música baseadas nas partilhas dos amigos e das páginas que o utilizador “gosta”.

A sensorialFIT- um projeto de vestuário interactivo e personalizável,

A VIRAL é uma plataforma online dedicada à cultura, que reúne 3 componentes: uma agenda cultural actual e intuitiva, uma publicação online com conteúdos exclusivos curados por personagens chave da cultura em Portugal e uma ferramenta para a promoção online de eventos, que convida assim ao envolvimento dos próprios agentes culturais numa lógica de rede social.

PORTUGAL FESTIVAL AWARDS 2013

O festival Optimus Alive foi o grande vencedor da noite, angariando seis «galos», incluindo o galardão de melhor festival de grande dimensão. 

O Optimus Alive e a organização, a promotora Everything is New, conquistaram seis prémios na primeira edição dos Portugal Festival Awards, galardões que pretendem distinguir anualmente os melhores festivais de música em Portugal, foi hoje anunciado.

O Optimus Alive, que decorre em julho em Algés, foi eleito o melhor festival urbano, de grande dimensão, e foi premiado pelo cartaz, pelas condições das casas de banho e pelo contributo para o turismo, enquanto a empresa organizadora foi eleita promotora do ano.

Na entrega do último prémio, Álvaro Covões defendeu que «os festivais trazem mais estrangeiros a Portugal do que o futebol, o que é uma grande vitória». «É muito difícil conseguir colocar Portugal no mapa e acho que temos ajudado nisso», afirmou. O diretor da promotora Everything is New subiu mais uma vez ao palco para receber o galardão de Melhor Promotora.

 O Sumol Summer Fest foi considerado o Melhor Festival de Média Dimensão e o Milhões de Festa recebeu a distinção de Melhor Festival de Pequena Dimensão. «Estava a ver que o único festival de Barcelos não ia receber um galo», brincou o responsável pelo festival, quando recebeu o prémio.

Os festivaleiros, responsáveis por escolher os vencedores, consideraram que o Vodafone Paredes de Coura tem o Melhor Campismo e é o Melhor Festival Não Urbano. O Super Bock Super Rock foi distinguido apenas com o título de melhor cabeça de cartaz - Arctic Monkeys. 

Os prémios, criados por dois empreendedores, foram entregues hoje à noite numa cerimónia na Aula Magna, em Lisboa.

A cerimónia de entrega de prémios, apresentada por Diogo Valsassina e Maria Botelho, contou ainda com a atuação de Anarchicks, Memória de Peixe, Noiserv, Samuel Úria e DJ Ride, escolhido o Artista Revelação.

O PRIMAVERA SOUND COMO É O MELHOR ( nas fotos, e um dos... ah! mas não é para a canalhada, que nem ouvir musica sabe) É PARA ESTRANGEIROS QUE GOSTAM E SABEM APRECIAR BOA MUSICA.
PARECE-ME QUE NÃO FOI NOMEADO !!!

É O PORTUGAL QUE TEMOS E MERECEMOS !

OPTIMUS PRIMAVERA SOUND 2014
Passes Gerais Optimus Primavera Sound 2014: 70€ - ESGOTADOS!
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DOC LISBOA 2013

O Doclisboa'13, cumpre este ano a sua 11ª edição e tem inicio marcado para 24 de Outubro, prolongado-se até ao dia 03 de Novembro.

Depois de ter inaugurado em 2012 a secção Passagens, com instalações de Chantal Akerman e Pedro Costa, este ano o Doclisboa traz a Lisboa obras de Rainer W. Fassbinder, Hartmut Bitomsky, Elizabeth Price (Prémio Turner 2012) e Camille Henrot (Leão de Prata na Bienal de Veneza 2013).

«The Stone Roses: Made of Stone», de Shane Meadows, no Doclisboa'13.

 Em 2012 deu-se uma ressurreição que ninguém julgava possível, quando a lendária banda Stone Roses regressou aos palcos. Com um acesso inédito a imagens de arquivo, «The Stone Roses: Made of Stone» é uma viagem pelo mundo da música e pela vida de uma das bandas mais influentes da história da música britânica.

Da autoria de um dos melhores cineastas britânicos da actualidade, Shane Meadows dá ao filme o seu estilo, humor e profundidade emocional, revelando materiais exclusivos da emblemática banda pop inglesa e registando a banda em trabalho e no seu quotidiano durante os ensaios para o muito antecipado regresso, que culminou em três triunfantes espectáculos de boas vindas no Heaton Park, em Manchester, perante 200 mil fãs ao rubro.

«The Stone Roses: Made of Stone» estará também disponível em DVD a partir de 15 de Novembro.

 Hélio Oiticica
César Oiticica Filho | 94' / Brasil / 2012
Retratos

Um filme sobre o tio do realizador, Hélio Oiticica (1937-1980), um dos artistas brasileiros mais importantes do séc. XX, iniciador do movimento cultural Tropicalismo, associado a músicos como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Renunciando a narração e a análises de especialistas, o filme permite a Oiticica ser ele mesmo a contar a sua vida e a explicar a sua arte.

O filme será antecedido pelo video clip Free Pussy Riot! Pokazatelnyy Protsess: Istoriya Pussy Riot / Pussy Riot: A Punk Prayer.
Mike Lerner, Maxim Pozdorovkin | 86' / Reino Unido, Rússia / 2013 Heart Beat.

Três jovens mulheres encaram sete anos de prisão, na Rússia, por uma performance satírica, numa catedral de Moscovo. Enquanto Nadia, Masha e Katia defendem as suas convicções, numa jaula, dentro do tribunal, os membros das Pussy Riot ainda em liberdade planeiam novas performances de guerrilha.

O Doclisboa propõe repensar o Documentário nas suas implicações e potencialidades: o cinema apresenta-se aqui como uma prática que permite encontrar novos modos de pensar e agir no mundo, assumindo desta forma uma liberdade que supõe uma íntima implicação entre o artístico e o político. O que procuramos é dar a ver filmes que eventualmente nos ajudarão a compreender o mundo em que vivemos e a encontrar nele possíveis forças de mudança.

R.I.P. GYPIE MAYO

A Bath guitarist, Gypie Mayo, que passou por bandas como Dr. Feelgood e Yardbirds, morreu aos 62 anos, em decorrência de uma doença não revelada.

O músico substituiu Wilko Johnson nos Dr. Feelgood de 1977 a 1981, antes de ir trabalhar com os Yardbirds entre 1996 e 2004.

Johnson divulgou a notícia da morte de Mayo na sua página no Facebook esta quarta-feira (23). «Descanse em paz», escreveu para o colega.

Gypie, cujo nome real é John Phillip Cawthra, trabalhou numa gráfica durante três anos antes de se juntar à banda de blues White Mule, em 1969, tornou-se apaixonado pela guitarra depois de ouvir, Apache by The Shadows.

Depois do fim do grupo, tocou em diversas bandas menos famosas até chegar aos Dr. Feelgood, em quatro anos, gravou seis álbuns incluindo, Be Seeing You, Private Practice, and As It Happens.

Entre os sucessos que ajudou a compor está «Milk and Alcohol», um dos clássicos dos Dr. Feelgood.

Gypie Mayo & The Monumentals - Recorded Live! in, 2009, Lee Brilleaux Memorial Concert Oysterfleet ...
Gypie Mayo & The Monumentals - Everything Or Nothing written By Alan Glen. Recorded Live! - Friday 8th May 2009 Lee Brilleaux Memorial Concert Oysterfleet ...
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Gypie Mayo & The Monumentals - Everything Or Nothing written By Alan Glen. Recorded Live! - Friday 8th May 2009 Lee Brilleaux Memorial Concert Oysterfleet ...
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Gypie Mayo & The Monumentals - Everything Or Nothing written By Alan Glen. Recorded Live! - Friday 8th May 2009 Lee Brilleaux Memorial Concert Oysterfleet ...
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WILKO JOHNSON - DR. FEELGOOD

Wilko Johnson, está bem, mesmo com um câncer terminal no pâncreas. 
Ele recusa quimioterapia e planeou shows para este ano, e organizou uma pequena série de datas de turnê pelo Reino Unido como um meio de dizer adeus aos fãs, 'Não me incomodo com a morte'. 

O musico compositor e ocasionalmente ator, Inglês, tocou na banda Dr Feelgood nos anos 70, e atua na série 'Game of thrones', viu com espanto o aumento de interesse em sua turnê de despedida anunciada por ele em janeiro, junto com a notícia da doença.

 O seu empresário anunciou em janeiro no Facebook: "Estou triste em anunciar que Wilko foi recentemente diagnosticado com câncer terminal no pâncreas. Ele optou por não receber nenhuma quimioterapia. Ele está atualmente de bom humor, não está sofrendo nenhum efeito físico [do câncer] e pode esperar aproveitar ao menos alguns meses de saúde e atividades razoáveis."

 “Por que não pensamos nisso 20 anos atrás?”, Johnson brinca em entrevista à agência Reuters, em sua casa na Inglaterra. É o tipo de piada, acompanhada de uma risada diabólica, que faz falar sobre a morte parecer mais fácil do que o esperado.

 Aos 65 anos, Johnson diz com alegria a descoberta de que provavelmente vai morrer num ano não foi tão negativa. “Faz você se sentir tão vivo”, diz. “Apenas andar pelas ruas, tudo parece intenso de verdade. Todas as coisas pequenas para as quais você olha te dão um tipo de consciência infantil.”

 Depois de voltar de uma turnê no Japão , Wilko planeia gravar um novo álbum de estúdio, e também lançar um DVD ao vivo da turnê pelo Reino Unido de 2012.
Ele também está planeando uma pequena turnê da França.
Além de iconic e pioneiro
dos Dr. Feelgood e do som pré -punk, British R&B nos meados dos anos setenta, em 1980 mudou-se como o guitarrista de Ian Dury and Blockheads.

Hoje, a própria banda de Johnson inclui membros dos Blockheads - Norman Watt- Roy (na guitarra ) e Dylan Howe (bateria) .
Em 2009, Johnson teve em destaque no filme Oil City Confidential de
Julien Temple uma fascinante longa-metragem documentário sobre o Dr. Feelgood . O filme recebeu vários prêmios, incluindo o MOJO Vision Award at the MOJO Honours List 2010.

Dr. Feelgood originalmente formados em 1971 como uma banda de pub rock britânico de Canvey Island, Essex. O seu nome deriva de uma gíria para heroína ou por um médico que estava disposto a prescrever drogas.  



Também é uma referência para uma gravação de 1962, "Dr. Feel-Good" do pianista / cantor de blues americano Willie Perryman (nickname"Piano Red"), que Perryman havia gravado originalmente com o nome de Dr. Feelgood &  The Interns.
Característico som britânico de R & B, Dr. Feelgood foi centrado no estilo entrecortado da guitarra de Wilko Johnson. A banda original também inclui o cantor Lee Brilleaux , e a seção rítmica John B. Sparks ( aka " Sparko " ) na guitarra e John Martin (aka " The Big Figure " ) na bateria .
Dr. Feelgood ficaram muito conhecidos pelaa energia das suas altas performances ao vivo - eu vi ao vivo, e também Wilko Johnson a solo
.

 Seus álbuns de estúdio Down by the Jetty ( 1974) e Malpractice (1975) provou serem extremamente populares. Em 1976, o álbum ao vivo,  Stupidity chegou a No.1 no Official UK Album Chart .  

Quando a banda lançou o seu quarto álbum, Sneakin Suspicion " (1977) , Johnson deixou a banda para seguir uma carreira a solo.

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