26/07/2010

STEVE WILSON - PORCUPINE TREE

Steven Wilson está sempre ocupado com os PORCUPINE TREE e vários outras bandas e projectos a solo. Ainda assim ele arranja tempo para ser o expoente em som surround entre os músicos.

Após ter misturado todo o catálogo dos KING CRIMSON, Steven Wilson sugere os 20 melhores álbums de rock/pop/prog para o surround 5.1.

KATE BUSH: “Hounds of Love”

É dificil escolher entre este trabalho, "The Dreaming", e seu trabalho mais recente, "Aerial". Mais ou menos como Peter Gabriel em seu quarto album (veja abaixo), Kate Bush sempre esteve interessada em combinar o antigo com o novo. "Hounds of Love" é um perfeito candidado para o surround 5.1 porque é um álbum de muitas cores, incluindo samples, coros masculinos e músicos de gêneros muito distantes, desde música clássica (o guitarrista John Williams), jazz (baixista Eberhard Weber), e postpunk (o baixista do Killing Joke, Paul Raven). Os arranjos vocais complexos e detalhes na produção que Bush sempre primou, também fazem com que esse álbum seja ideal para mistura em multicanais.

ELECTRIC LIGHT ORCHESTRA: “Out of the Blue”

Jeff Lynne aborda cada música com uma visão única para criar um mundo sonoro diferente- vocoder, coros, cordas barrocas, guitarra acústica, efeitos sonoros.

PETER GABRIEL: Peter Gabriel

Apesar de ser um dos álbuns mais antigos que faz uso da tecnologia de samples, ele ainda é um exemplo definitivo de como usar samples de uma forma criativa. E a combinação da tecnologia de ponta (na época) com os instrumentos de world music (tambores, palmas e instrumentos simples e antigos usados pela humanidade a séculos para fazer música) faz com que esse álbum seja muito mais fascinante em 5.1. A parte final de "The Rhythm of the Heat", onde os tambores africanos entram com muita presença, é um dos momentos mais dramáticos num album pop.

MARVIN GAYE: “What's Going On”

Um dos álbuns mais espirituais, e maravilhosos já feitos, e seu som quase sinfônico o faz uma escolha perfeita para 5.1.

JAPAN: “Tin Drum”

Para o seu último album (antes da reunião Rain Tree Crow), os Japan dispensaram quase totalmente as guitarras e construiram uma forma requintada de pop inteligente, usando uma abordagem totalmente nova em ritmos combinados com teclados programados meticulosamente.

JETHRO TULL: “Thick as a Brick”

Possivelmente o álbum definitivo de uma faixa só. O fluxo de riffs memoráveis e melodias impecáveis e a interação que parece ser uma performance ao vivo, no estúdio, é o auge da música progressiva.


LED ZEPPELIN: “Led Zeppelin IV”

Imagine o som da bateria no começo de "When the Levee Breaks" em 3-D.


MASSIVE ATTACK: “Mezzanine”

Um obscuro e intenso clássico moderno - uma viagem para dentro do sound design e ritmo. Por outro lado, talvez iria perder um pouco do seu poder opressivo. Há apenas uma maneira de descobrir!


MY BLOODY VALENTINE: “Loveless”

Um álbum com guitarras tão densas que o transformam em pura textura. A música já é tão imersa em stéreo que eu só posso começar a imaginar como seria estar dentro daquele esmagador e alucinante som ao invés de ficar simplesmente à frente dele.


NINE INCH NAILS: “The Fragile”

De várias maneiras diferentes, a música do Nine Inch Nails é a mais apropriada de todas para o surround. Muitos dos álbuns que soam melhor em 5.1 são os que não são restritos à necessidade de ser reproduzido ao vivo (em um show). Trent Reznor usa dispositivos modernos de gravação digital como ferramentas experimentais, e "The Fragile" é um álbum duplo que transborda aventura sónica. Mesmo tendo feito o álbum anterior, "The Downward Spiral", em 5.1, por alguma razão Trent ainda tem que lançar uma mistura em 5.1 desta sua obra prima.


PINK FLOYD: “Animals”

Dizem que os Pink Floyd tiveram problemas na gravação deste álbum pois estava estreando o seu novíssimo estúdio, lutando para alcançar a expressividade musical dos álbuns anteriores. Enquanto isso, o sentimento que pairava no ar estava mudando, da "exaustão mundial" daqueles primeiros albuns, para o estilo enfurecido de Roger Waters (que seria mais visível em "The Wall"). Mas apesar de tudo isso, acredito que este album é uma das mais incisivas e maravilhosas realizações na música. Seria especialmente inspirador ouvir a parte do meio de "Dogs" em surround, com as duas ondas de sintetizadores "brilhantes", loopings de bateria e uivos caninos electronicamente gravados.


PRINCE: “Sign o' the Times”

Um verdadeiro álbum solo, no sentido que quase tudo é feito pelo próprio Prince. Rock, gospel, funk, hip-hop, soul: Remisturar tudo em surround seria uma oportunidade de destacar os muitos elementos que Prince controlou para montar cada música.


RADIOHEAD: “OK Computer”

Levando a arquitectura e mestria do formato do álbum para o fim do século 20, Radiohead adoptou a marca registada dos Pink Floyd - se alienando da vida moderna - e redefinindo ela para a geração post'Brit-rock. Fazendo isso, a banda criou um dos álbuns mais épico de todos os tempos. A versatilidade do guitarrista/multi-instrumentista Jonny Greenwood, especialmente, transformou este álbum em não só um set de músicas impecáveis, mas também em um álbum colorido e com diversos arranjos, de pedaços "chamberlike" para "angsty rock". "Ok Computer" é uma referência, e eu me surpreendo com o facto da banda nunca ter abraçado o 5.1 para complementar a extraordinária ambição de sua música.

RUSH: “Moving Pictures”

Uma das minhas bandas favoritas no seu auge. “Moving Pictures” é algo raro: um álbum de 40 minutos sem uma nota desperdiçada ou momento fraco. Este álbum foi feito com relativa economia (mais barato) se comparado a alguns outros álbuns desta lista, mesmo assim a interacção entre os 3 extraordinários músicos (e a integração de sintetizadores, com bom gosto) seria o máximo em 5.1.


TALK TALK: “Laughing Stock”

Tem a sensibilidade de um óptimo álbum de jazz - instrumentos gravados com tanta claridade, detalhes e meticulosidade para exaltar cada característica da música, que as falhas, os rangidos, os barulhos e chiados se tornam parte da textura do som. Um álbum como este - que quase te coloca dentro do estúdio e que cada som é perfeitamente considerado e localizado no contexto geral - serial ideal para o surround.


THE WHO: “Quadrophenia”

Tendo feito a fantástica mistura 5.1 do álbum "Tommy", Pete Townshend começou a remisturar esse álbum também, mas ficou entediado e desistiu. Isso é uma pena. Como o definitivo álbum de opera rock - e para mim, o auge da composição, arranjo e produção de Townshend - “Quadrophenia” é o álbum que eu gostaria de ouvir em surround mais do que qualquer outro.

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XTC: “Skylarking”

Produzido por Todd Rundgren, um dos proeminentes vocais e arranjadores do nosso tempo, Skylarking foi tanto uma obra prima de Todd como dos XTC. O primeiro momento inicial para a mistura em 5.1 seria a espantosa abertura de "Summer's Cauldron"/"Grass", onde você pode até sentir a qualidade balsâmica de um longo verão quente na Inglaterra (e nos nóo temos muitos desses). Uma grande oportunidade para alguns "surround panning" (quando o som vai de uma faixa para outra) com o zumbido das abelhas também.


YES: “Close to the Edge”

Outro auge da música progressiva, com ênfase igual na musicalidade, melodia e letras (quantas bandas de progressivo moderno erram na musicalidade?). Uma vez eu ouvi a mistura 5.1 do álbum anterior, "Fragile", mas não fiquei impressionado.

FRANK ZAPPA: “Joe's Garage, Acts I, II & III”

Zappa experimentou o som quadrifónico e tenho certeza que teria se tornado um dos melhores advogados do 5.1, sendo uma pessoa que sempre abraçou rapidamente novos desenvolvimentos em gravação de som. "Joe'ss Garage" é talvez a última manifestação do seu trabalho: musicalidade extraordinária, letras complexas aliadas a grandes melodias, solos de guitarra maravilhosos e letras engraçadas. Também brilhantemente gravado, e soaria incrivel em surround.

ABBA: “Arrival”

Talvez o melhor álbum, talvez a melhor produção/composição de pop dos anos 70.

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